Única Fonte de Salvamento - Vida Nova Cap. XXXIV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 11/02/2016 - 16 min leitura
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Sempre que as Forças Superiores do Universo empreendem a realização de algo que deva importar na alteração do statu quo da humanidade vivente no planeta em que esse algo deva produ­zir-se, aquelas Forças só o empreendem após uma longa prepara­ção espiritual dessa humanidade, tal a atenção que lhes merece a tranqüilidade e o bem-estar do semelhante. Outra não é, por con­seguinte, a atitude das Forças Superiores no caso pertinente a este planeta, em sua preparação para o início das operações transfor­matórias já determinadas.

Todos quantos neste momento planetário se encontram habi­tando corpos humanos na face da Terra, estão sendo prevenidos, despertados e advertidos para que não deixem desabar a montanha para só então se precaverem. Estão sendo advertidos os seres hu­manos, de que maneira? Por algum procedimento ruidoso, violento? Absolutamente. Estão sendo advertidos por meio do convite a todos endereçado pelo meigo Jesus de Nazareth, através dos seus envia­dos ao ambiente terreno, os quais procuram, através das mais puras expressões da linguagem humana, fazê-los cientes de que devem voltar-se sem demora para a única fonte de salvamento que existe para os habitantes da Terra, que é, sem nenhuma dúvida, a gran­diosidade do coração magnânimo do Senhor Jesus. É esta a única fonte de salvamento que existe para as almas presentemente encar­nadas na Terra, quer dela venham a necessitar ou não durante a fase transformatória do planeta.

Se, por algum motivo para nós desconhecido, alguns dos ir­mãos encarnados preferirem subestimar o que aqui lhes deixaram grafado em letras de forma, quantas Entidades Superiores vieram cooperar nesta magna campanha de salvamento dos Espíritos en­carnados, se isso acontecer, só o poderemos lamentar e muito, por­que as palavras constantes deste volume não possuem senão um sentido, ou seja, um único significado: alertar os corações antes que a montanha comece a desabar. Dizendo montanha, numa lingua­gem figurada, estaremos procurando significar o desmoronamento de algo de proporções gigantescas em vésperas de se precipitar sobre bons e maus podendo a todos soterrar, se se encontrarem des­prevenidos. Quero convencer-me, porém,  de  que  o  quanto  foi  dito e repetido  nas páginas deste volume, assim como naqueles redigidos pelo Apóstolo Thomé, já terá sido suficiente para a todos des­pertar.

Assim sendo, volverei aqui o meu pensamento para outro setor da existência espiritual da humanidade de todos os mundos, no desejo que alimento de poder interessar a todos vós, queridos ir­mãos leitores. Referir-me-ei então ao que habitualmente sucede nos planos espirituais, ou seja, nos mundos habitados por Espíritos em suas vilegiaturas no Espaço, entre uma e outra encarnações. Sim, irmãos meus; cada vez que se extingue a vida de um corpo físico na Terra ou em outro mundo qualquer, o Espírito que tal corpo construiu e habitou por vários anos, pode ser considerado em vilegiatura no seu plano espiritual, por maior ou menor lapso de tempo. Pode tratar-se então de um verdadeiro descanso em face do merecimento adquirido pelo Espírito em sua vida terrena, e nesse caso ele desfruta uma autêntica vilegiatura em que são pro­porcionados novos e importantes conhecimentos para seu enrique­cimento espiritual. Há, também, infelizmente em número assás avul­tado, vilegiaturas que recordam até pequenas ou grandes punições, tal haja sido o comportamento do Espírito em sua recente vida terrena. Para uns, os primeiros citados, sucede não raro que esse lapso de tempo lhes pareça demasiado exíguo, tão bela quão rá­pida a vilegiatura decorreu. É que o mundo espiritual é por sua natureza riquíssimo de ensinamentos para aqueles que por seu viver correto na Terra a eles fizeram jus, os quais ali se incorporam aos pelos mesmos já possuídos. Sua incorporação, isto é, a incorpo­ração dos novos ensinamentos aos Espíritos que os mereceram, pas­sa a constituir a fonte de novas e maiores possibilidades em sua próxima reencarnação. Ao passo que, o grande número de Espí­ritos que passaram pela Terra com a preocupação única de colher, mas sem semear, locupletando-se por conseguinte, da experiência e do trabalho alheios enquanto se fartaram dos prazeres materiais, esse grande número de irmãos decepciona-se apenas haja trans­posto a fronteira do novo mundo em que forçosamente ingressou. Não conduzindo ativo útil mas apenas passivo inútil, esses irmãos cedo se arrependem da vida que levaram, porém já estão sem re­médio.

Isto sucede, entretanto, devemos reconhecê-lo com sinceridade, na grande maioria dos casos, em conseqüência da falta de prepon­derância das religiões terrenas sobre o indivíduo. Religiões existem, talvez em maior número do que o necessário, todas elas visando, pelo menos na aparência, à felicidade das almas encarnadas. Seja entretanto por que motivo for, a verdade é que sua religiosidade não consegue atrair as almas para o núcleo, de modo a fazer de cada uma um seguidor fiel dos princípios que pregam.

Sendo os corpos por natureza impermeável às mais belas práticas religiosas, a elas se sujeitando apenas pelo domínio exercido pelos Espíritos so­bre eles, aí encontramos uma das poderosas razões da rebeldia dos homens à prática dos ensinamentos religiosos pregados pelos vários credos e seitas terrenas. Que fazer então? Pouca coisa na aparên­cia, porém muitíssimo na realidade. Partindo do princípio de que só em casos excepcionais a palavra humana consegue interessar verdadeiramente a outro ser humano, teremos que voltar nosso pensamento para outra modalidade de ensinamento ou pregação religiosa. E qual deverá ser ela? — perguntareis. É necessário vol­tarmos o pensamento, nós do Espaço e vós religiosos da Terra, para o ensinamento espiritual, que é o ensinamento a ser ministrado por Entidades espirituais de grande evolução, que, ou se materia­lizarão em vossos templos, ou se manifestarão por intermédio de pessoas convenientemente preparadas para isso.

O que digo não constitui novidade em relação a algumas regiões do Oriente, onde o desenvolvimento espiritual de seus ha­bitantes permite a manifestação visível de Instrutores espirituais que comparecem aos templos em dias e horas certos, com o fim de ministrar ensinamentos espirituais aos ouvintes. Isto acontece há muitos e muitos anos em várias localidades dos países orientais, cujo resultado se reflete no extraordinário progresso espiritual re­gistrado nos Espíritos que ali vivem suas reencarnações. Devo acrescentar que em face da afluência de ouvintes àquelas reuniões, já se experimentou realizá-las ao ar livre na praça pública, o que vem sendo feito com sucesso. Até há pouco tempo existia aí o inconveniente da falta de audição por parte dos ouvintes mais afastados. Com o progresso, entretanto, da eletrônica, esse incon­veniente desapareceu completamente. Torna-se assaz interessante observar o que sucede entre os milhares de ouvintes dessas pales­tras espirituais após o seu encerramento. Observa-se com satisfação o interesse neles despertado pela palavra iluminada do Instru­tor, cujas idéias, transmitidas diretamente aos Espíritos e não aos ouvidos materiais, corpóreos, dos ouvintes, passam a constituir ob­jeto de discussão e estudo durante o intervalo das reuniões, com o melhor aproveitamento para todos, que jamais esquecem o que aprenderam.

Há também, em vários lugares, outra modalidade de reuniões de estudos espirituais. Há organizações constituídas de elementos por assim dizer já iniciados, as quais promovem a materialização da Entidade instrutora pelo espaço de até duas horas, durante cujo lapso de tempo ela prossegue na transmissão verbal de suas aulas do mais alto valor filosófico espiritual para os respectivos membros. Esta é a segunda modalidade de transmissão de ensinamentos espi­rituais aos ouvintes encarnados. É a da manifestação da Entidade por meio de sua materialização visível e audível, porém em recinto fechado.

Há ainda a terceira modalidade, a mais fácil de conseguir cer­tamente em qualquer região do mundo, também de valor inapre­ciável pelos resultados que pode trazer para o aprimoramento espi­ritual dos ouvintes. Refiro-me à modalidade de incorporação do Espírito Instrutor num ser encarnado possuidor do necessário ascen­dente mediúnico. Esta modalidade, igualmente útil pelos ensina­mentos que pode transmitir aos ouvintes de boa vontade, é sem dúvida a que poderá vir a ser utilizada pelas diversas religiões, credos e seitas existentes na Terra, com o maior aproveitamento para todos os ouvintes. Sabemos todos da existência entre os en­carnados e até fazendo parte integrante do corpo de pregadores religiosos, de Espíritos de grande evolução, possuidores, por conse­guinte, de belos ensinamentos a ministrar ao seu auditório. Sucede porém, que inúmeras barreiras se lhes opõem para que eles possam transmitir esses ensinamentos lealmente, sendo uma dessas barrei­ras a constituída pelas limitações da organização a que perten­cem, a impor-lhes restrições e mais restrições, segundo os próprios interesses materiais. Podem raciocinar que o fato de ensinarem o que sabem aos seus adeptos, possa levá-los a se afastar dessas organizações e passarem a dirigir-se diretamente a Deus ou ao Senhor Jesus. Daí as limitações que podem existir em relação ao sistema religioso. Já a modalidade de ensinamentos por via me­diúnica liberta-se deste inconveniente, com a vantagem de oferecer aos ouvintes a mais pura doutrina filosófico-espiritual, como ne­nhum ser encarnado poderá jamais interpretar.

A propósito relatarei um fato verificado em certa região da Terra, do qual resultava uma afluência desusada ao templo em que o mesmo se registrava.

Em certa época do ano comparecia a essa região determinada personalidade religiosa, incumbida de ilu­minar com sua palavra erudita uma pequena, multidão de almas simples que se entregavam à prática dos mais puros deveres para com Deus durante o ano todo. Por ocasião das colheitas, apenas terminado estas e guardado o produto do trabalho santo de suas lavouras, aparecia na região, contratado de antemão, um pregador religioso cuja palavra a todos encantava.

O templo tornava-se pe­queno para conter a quantos desejavam ouvi-lo. Verificava-se en­tretanto, com o pregador, um fenômeno que muito o intrigava, e que apenas confidenciava a um colega de sua maior intimidade, dizia então o pregador ao amigo: Passa-se comigo um fato verdadeiramente extraordinário,  to­das  às  vezes  em  que vou fazer missão em ........(e citava a região). Acontece-me invariavelmente que, ditas as primeiras palavras de saudação aos fiéis presentes, apenas volto a dar conta de mim quan­do o sermão termina. Eu dou-me conta, é certo, de que falei, mas não consigo recordar uma palavra sequer do que disse. Fico ver­dadeiramente intrigado com o fato!...

No ano seguinte ficou combinado irem os dois amigos a reali­zar a missão do primeiro, a fim de que o segundo procurasse es­clarecer o fenômeno. Foram. Iniciado o sermão constatou o amigo ter-se operado uma mudança notável, não apenas na palavra do orador, na maneira de dizer, nas imagens apresentadas, como ainda na sua fisionomia. A oração revestia-se de uma eloqüência desco­nhecida até então no orador pelo seu amigo presente, à qual se prendiam atentamente, empolgados, todos os ouvintes. Terminado o sermão e recolhidos os dois amigos à sua hospedagem, passaram a raciocinar a respeito. Mais uma vez o pregador confessava não ter sido dele o sermão, porquanto não recordava sequer uma pa­lavra do que dissera. Constatava que o fato se verificava apenas naquela localidade, porque nas demais onde pregava tal não acon­tecia.

Em busca de um possível esclarecimento, resolveram os dois fazer uma pesquisa nos registros paroquianos da terra e dirigiram-se ao templo. Aí conseguiram esclarecer o fenômeno. Um velho cura que ali vivera dezenas de anos e muito amara seus paroquianos, um Espírito que alcançara as mais elevadas regiões espirituais por seu merecimento nesse mister, aproveitava o ascendente mediúnico do emissário religioso para proferir os mais belos sermões, muito semelhantes aos que no seu tempo proferia. Os paroquianos, en­cantados, comentavam que daquela maneira só o Padre Eustáquio costumava pregar.

Eis aí, amigos meus, um fato que pode repetir-se indefinida­mente na Terra, com a vinda de Instrutores espirituais a ajudarem vossas almas a progredir. Meditai sobre isto, é o conselho que aqui vos deixa com a bênção do Senhor Jesus, este vosso amigo que se chamou - HENRI JACQSON DURVILLE

 

Not. biogr. — Médico e escritor francês desencarnado neste século. Es­creveu várias obras sobre magnetismo, dedicando-se também ao estudo do pensamento e sua potencialidade. Grande servidor do Senhor Jesus no Alto. Não há registro do seu nome nas enciclopédias.

 

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