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por Nova Ordem de Jesus. 05/03/2016 - 16 min leitura
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Uma nova civilização surgirá na Terra a partir do próximo século. — Será constituída de almas pertencentes ao ciclo terreno como vós próprias. — A tarefa que lhes incumbe realizar. — Ainda a visita das almas juvenis.
Estando atualmente presente no ambiente terreno, onde venho com o objetivo especial de ditar este livro destinado ao esclarecimento das minhas queridas filhas e filhos que me distinguem com sua devoção, eu só desejo que as minhas palavras possam encontrar acolhimento em seus corações. Com este grande desejo ora posto em prática, eu alimento em meu coração a esperança de poder receber a todos no plano em que vivo no Alto, no qual se preparam acomodações condignas para as almas viventes na Terra neste fim de século e também de civilização. Fim de civilização, digo bem, porque em verdade uma nova civilização surgirá na Terra a partir do início do século que se aproxima. A nova civilização que virá ocupar a Terra assim proximamente não será constituída de almas provenientes de outros mundos, como talvez a muitas pessoas possa parecer. Não, as almas que se preparam para descer à Terra, já aqui estiveram seguidamente, e aqui adquiriram os conhecimentos e experiências que muito as elevaram na escala espiritual. São, portanto, almas pertencentes ao ciclo terreno como vós próprias o sois, visto como também aqui tendes vindo seguidamente século após século. Eu não incidirei em erro se vos disser que neste mesmo fim de século se encontram grandes almas encarnadas bastante próximas da partida, pois que lograram dar cumprimento ao programa de trabalho que trouxeram ao reencarnarem. Esta classe de almas não será muito fácil de ser identificada enquanto na Terra, uma vez que a luminosidade que ostentam só pelas Entidades desencarnadas pode ser identificada. Contudo, se prestardes vossa atenção à conduta de numerosas pessoas que aqui vivem, à maneira pela qual se desempenham de suas tarefas e à elevação de suas atitudes em relação ao meio em que vivem, podereis ficar conhecendo algumas destas grandes almas.
A nova civilização que então se aproxima deste vosso pequeno mundo terá uma tarefa bastante difícil quanto elevada a desempenhar, porquanto lhe incumbirá transformar, melhorando-as, as atuais vibrações do meio terreno. Uma nova idéia de solidariedade será instituída na Terra, uma idéia que deverá congregar todas as almas no sentido da solidariedade e do amor aos semelhantes, cessando as atuais divisões sociais em que uma parte usufrui o muito, enquanto a outra sofre as agruras do nada. A nova civilização será, entre outras coisas, a civilização da fraternidade e do amor ao próximo, aquele amor que o meigo Jesus de Nazareth veio pregar no início da era cristã. Provavelmente uma nova divisão geográfica deverá surgir também na Terra ainda no próximo século, para acomodar as populações que hão de vir, cessando de vez as lutas pela conquista de territórios que tanto sangue têm derramado. Partindo do princípio de que a Terra não pertence aos homens, mas à humanidade, servindo de moradia transitória a todas as almas que aqui reencarnam, ninguém ousará tentar expulsar de seus domínios ocasionais os grupos de almas que neles vivem, como tem acontecido em todos os tempos. E sabeis, acaso, qual será o fator máximo desta modificação dos sentimentos humanos? O conhecimento e a prática do intercâmbio espiritual, tão necessária à humanidade. O conhecimento e a prática dos princípios da espiritualidade, presentemente já em franco desenvolvimento, dará aos homens a consciência de sua transitoriedade na Terra, com a certeza dos verdadeiros objetivos de sua vinda periodicamente ao solo terreno. O atraso em que o mundo terreno ainda se encontra, dois mil anos após a vinda do Senhor a pregar a fraternidade e o amor ao próximo, pode ser debitado ao espírito de materialidade que tem imperado na quase totalidade das religiões criadas na Terra. Isto, porém, está prestes a se modificar pela adesão de algumas das mais importantes ao Espiritismo, aceitando e propagando seus elevados princípios, com o que muito se engrandecerão, pela afluência de novos adeptos de todas as classes sociais. Por que, pois, combater-se o Espiritismo e seus elevados princípios, se todas as criaturas humanas são Espíritos, vieram dos planos espirituais e para eles hão de voltar a seu tempo? Nosso Senhor Jesus conhece bem as causas originarias do combate a esta sábia doutrina espiritualista, as quais, entretanto, estão sendo também destruídas pelo esclarecimento das almas. Nosso Senhor alimenta bem fundadas esperanças de que a sua Igreja, aquela que resultou de sua vinda à Terra em corpo humano, seja uma das primeiras organizações religiosas a adotar as práticas espiritistas em seus cânones. Isto acontecerá, aliás, em breves anos, em face dos elementos que estão descendo à Terra, trazendo esse fato inscrito no seu programa de serviço divino. Com os esclarecimentos novos que estão sendo difundidos entre as populações terrenas, a transformação de certos dogmas e princípios religiosos será operada, podemos dizê-lo, do exterior para o interior, se o não for antes de dentro para fora. É que as almas viventes na Terra já neste fim de século conhecem de experiência própria as belezas das práticas espiritualistas em seus próprios lares, onde recebem frequentemente a visita consoladora de suas almas queridas que partiram, sabendo por isso que a morte apenas termina a vida do corpo e jamais das almas. Assim, pois, todas as religiões que persistirem em condenar tais práticas, qualificando-as de vários modos, até mesmo como obra do demônio, apenas se estarão destruindo lentamente em face do afastamento daqueles que lhes davam crédito. Que em épocas passadas isto se fizesse com o objetivo de restringir o quanto possível certas práticas condenáveis porque bastante perigosas, compreende-se; hoje, entretanto, com as luzes difundidas no meio terreno pelos emissários do Senhor, e também pelos belos ensinamentos trazidos aos seus familiares por inúmeras almas que partiram da Terra, será de todo inútil insistir na condenação do Espiritismo, o bom, o são Espiritismo, que tanto consolo está proporcionando às almas encarnadas.
Seria para desejar, inclusive, que as próprias organizações espiritistas meditassem um pouco em torno de algumas reformas em sua estrutura, com o fim de melhor se prepararem para novos e maiores lances em favor do esclarecimento das populações. Nós que do Alto nos preocupamos com o assunto, temos observado por vezes o estacionamento de muitas organizações espiritistas, permanecendo nos mesmos tímidos argumentos dos princípios do século. A estas organizações nós sugeriríamos a idéia de modificarem, por exemplo, os horários dos seus trabalhos doutrinários, passando a praticá-los também à luz do dia em reuniões matinais, em vez de somente à noite. E aqui vai uma idéia concreta do que poderão fazer as organizações espiritistas em horários matinais. Considerando a conveniência de muitas pessoas em frequentarem de preferência a sua organização doutrinaria durante o dia, ou porque não possam ou não desejem sair à noite, estabelecer-se-ia uma reunião pública, por exemplo, das nove às onze horas para difusão dos ensinamentos doutrinários a todas as classes e idades. Nessas reuniões se relatariam fatos esclarecedores acerca da existência do Espírito e sua responsabilidade em todos os atos da vida terrena, objetivando a manter sempre presente na mente dos ouvintes a sua responsabilidade e consequências por todos os atos que praticarem na vida, mas, sobretudo, a idéia de que eles e o próximo fazem parte da mesma família espiritual.
Essas reuniões seriam inteiramente dedicadas ao esclarecimento dos ouvintes, mas isentas do fenômeno. Este só seria praticado, ou em reuniões vesperais dominicais, ou à noite nos dias de semana, o que é preferível. Nestas reuniões noturnas então, operar-se-ia o tratamento espiritual dos assistentes quando necessário, e o desenvolvimento dos ascendentes mediúnicos que se apresentassem. Isto, aliás, é o que constitui na atualidade o programa de trabalho da totalidade das organizações existentes. É um trabalho bom, esse, todos o reconhecemos, pelos enormes benefícios que proporciona aos assistentes em condições de recebê-los. Resta, então, a adoção de um programa dominical na parte da manhã e se possível também à tarde dirigido por mentores devidamente preparados para tocar o âmago das almas presentes. Eis aí, por conseguinte, uma idéia que muito contribuirá para difundir maior compreensão e felicidade entre as almas encarnadas.
A seguir eu direi algo mais acerca da visita daquelas almas juvenis ao meu plano, de quem já vos disse várias coisas. Direi então que os poucos dias que aquelas almas conviveram comigo, as encheram de verdadeira felicidade. Uma linda manhã combinei levá-las ao Templo de orações, que elas muito desejavam conhecer para compararem com aquele que diariamente frequentam no seu plano. A ele nos dirigimos então numa linda manhã, após percorrermos a pé uma curta distância ao longo de um caminho, por assim dizer,repleto de belas florzinhas, exatamente porque brotadas no próprio leito do caminho. As minhas visitas apreciaram sobremaneira este fato, estranhando que tão belas e perfumadas florzinhas brotassem exatamente no caminho que as almas do meu plano percorriam diariamente sem as molestarem. Eu expliquei-lhes então que isso se devia à nossa falta de peso específico, em nada afetando a vida das flores por onde passamos. Já no plano em que viviam as minhas visitas, sendo seu corpo fluídico algo mais denso do que o nosso, aquele fato não poderia existir, as flores sentiriam bastante ao serem pisadas pelas almas passantes. Expondo-lhes este fato, caminhávamos sempre em direção ao Templo, ao qual em breve chegamos. Entramos. O silêncio era completo. Centenas e centenas de almas lá se acomodavam em atitude de grande concentração quando nós ingressamos e nos dirigimos a um local onde eu costumo assistir aos ofícios religiosos que lá se celebram. Eu digo ofícios religiosos, para usar uma linguagem vossa conhecida, dando idéia de que essas ocasiões representam o objetivo principal da ida ao Templo, tanto na Terra como no Espaço. Naquele dia e àquela hora, realizava-se no Templo uma perfeita concentração de almas com o objetivo de emitirem vibrações de saúde, harmonia e felicidade, em favor de todas as almas encarnadas e desencarnadas do ciclo da Terra. Isto nós o fazemos invariavelmente uma vez na semana, pelo bem que então dali se irradia em todas as direções. Este espetáculo constitui a alegria de, quantas almas a ele comparecem, as quais se revezam sempre para que todas possam emprestar ao ato a sua cooperação mental. Faz-se a princípio um completo silêncio durante o qual os pensamentos se unificam, e passados alguns minutos, uma voz suave e terna se eleva, reunindo todas as vibrações das almas presentes conduzindo-as assim unidas na direção determinada. Essa direção consiste na citação, em primeiro lugar, deste plano terreno que é assim, percorrido em todas as direções, segundo a orientação daquela voz suave e terna. Essas vibrações são dirigidas inicialmente às almas necessitadas, sofredoras, às que se encontram nos hospitais, nas casas de saúde ou enfermas em seus lares, levando a todas uma sensível dose de alento espiritual, de saúde e felicidade a envolvê-las. Nossa grande alegria consiste então em poder apreciar o enorme bem que aquelas vibrações proporcionam às almas visadas, muito contribuindo para o seu pronto restabelecimento. Em continuação, aquelas benéficas vibrações da multidão de almas se dirigem aos vários planos espirituais a partir da Terra, em cujos mais próximos elas vão constituir a maior alegria das almas neles estagiárias. Eu vos direi rapidamente que em certo plano próximo à Terra, onde, na inferioridade vibratória das almas estagiárias a noite se lhes afigura permanente, as vibrações recebidas do nosso plano constituem a maior alegria para elas, porque as mesmas se lhes assemelham a um raio de luz solar a penetrar a penumbra em que vivem. Nós nos empenhamos sobremodo em ajudar a iluminação desta categoria de almas assim viventes na penumbra, consequência lógica do seu reduzido adiantamento espiritual. Trata-se de almas que procuraram viver sua existência terrena repleta de fatos nada condizentes com suas necessidades espirituais, atingindo a desencarnação privadas daquela centelha que as deveria conduzir a determinados planos espirituais. Dotadas de sentimentos assaz grosseiros e desinteressadas do seu próprio aperfeiçoamento, uma vez desencarnadas tombam no abismo da ignorância por elas próprias cavado quando no corpo. O assunto é longo e riquíssimo de ensinamentos e eu prometo voltar a ele em futuros capítulos.
Deixo-vos hoje a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria, que eu vos ofereço de todo o coração.
Esta mensagem é parte do livro Corolarium, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Corolarium. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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