Um terremoto atende necessidades de uma população - Elucidário Cap IX

PDF por Nova Ordem de Jesus. 19/01/2016 - 15 min leitura
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Um terremoto atende necessidades de uma população - Perfeição das leis que regem a vida - Movimentos subterrâneos esperados para breve - Novas concepções religiosas e filosóficas - Um fato triste ocorrido em outro mundo - Espíritos transmigrados - Emocionante despedida

O fato passou-se há vários séculos numa região do Oriente, povoada por seres humanos ainda possuidores de algumas taras peculiares aos Espíritos em princípio de evolução. Procedia-se então a modificações necessárias do solo terreno, a fim de o tornar mais apto à produção de alimentos, já insuficientes para atender às necessidades da população. Era necessário, igualmente, atrair à superfície as derivações dos condutos subterrâneos do precioso líquido, indispensável à cultura de vários produtos da terra, bastante ressequida nessa região.

O trabalho empreendido pelos Espíritos de Deus, após o longo período de estudo e preparação no Alto, constava da demolição de algumas elevações existentes na região, importando essa operação na destruição, também, de um regular número de habitantes ali existentes. O trabalho iniciado a certa profundidade, constava de uma espécie de terremoto que abrangesse toda a área planificada, fenômeno este capaz de produzir os efeitos visados. Isto aconteceu então no dia previsto, às primeiras horas, tendo, porém, as Forças Superiores tomado todas as providências necessárias ao socorro das pessoas que viessem a ser atingidas em suas vidas terrenas. E isto assim aconteceu. Foi ouvido pelos habitantes da área atingida um primeiro ruído acompanhado do tremor do solo, o que serviu para que todos deixassem os lares e viessem para o campo, onde o perigo era menor. O fenômeno teve de ser repetido durante dois a três dias, para que o efeito se processasse de modo completo. Ao fim desse curto período de tempo tudo estava feito segundo os planos traçados. Os habitantes da região dirigiram-se ao campo e consta­taram com alegria, que algumas nascentes se apresentavam nas elevações que ficaram intactas, cujo líquido corria abundante sobre a parte atingida pelo tremor ou mesmo terremoto. Nenhuma cratera, nenhum perigo à vista se lhes apresentava, numa área aproximada de mais de duzentas milhas quadradas.

Em face da constatação feita da existência de nascentes de água cristalina onde anteriormente só havia terra seca, os habitantes mais próximos trataram de conduzir o líquido em diversas direções, preparando-lhe represamentos para as suas necessidades. Receosos de novos tremores e desmoronamentos, os habitantes da região mantiveram-se afastados por algum tempo, meses apenas, à espera do que pudesse ainda suceder. E como nada sucedesse em continuação, trataram eles de preparar cada qual a sua área de cultura variada, pois que a estação era chegada para isso.

Nada mais sucedeu desde então naquela região da Terra, onde hoje se ergue um dos maiores e mais prósperos núcleos de populações orientais, graças à transformação ali operada pelas Forças Superiores que dirigem os destinos desta pequena esfera terrestre. Adivinho a vossa natural curiosidade de saber também o que teria acontecido aos habitantes humanos atingidos em suas vidas terrenas pelos efeitos da transformação operada em torno de suas moradias. Alguns deles foram realmente atingidos e partiram de regresso ao seu lar espiritual, onde foram recebidos pelos antigos parentes e amigos, com demonstrações positivas da maior alegria pelo seu regresso. Alguns que se lamentavam de haverem interrompido tão bruscamente a existência terrena que usufruíam, foram conduzidos aonde pudessem verificar, eles próprios, os registros pertinentes à vida de cada um. Aí verificaram estes irmãos a perfeita exatidão dos fatos ocorridos desde sua partida para a Terra, e até a data precisa em que deveriam regressar, inclusive a maneira por que o fizeram. Assim puderam constatar aqueles Espíritos toda a grandeza e per­feição das leis que regem a vida e também a morte em todos os planetas do Universo, em virtude das quais nada acontece por acaso, porque tudo está devidamente previsto e ajustado à vida de cada filho de Deus.

Ora bem; o fato que acabo de narrar, bem sucintamente, servirá para ilustrar um pouco em vossa imaginação, o que vem sendo narrado aos seres humanos acerca do que está para acontecer neste vosso pequeno mundo, dentro de breves anos, meses ou mesmo dias. O fato narrado deve ser tido como miniatura de outros muito mais importantes a se registrarem na Terra com objetivos vários, sendo um deles a necessidade de maiores áreas de produção de alimentos para a nova população deste mundo terreno. Deverá suceder, igual­mente, que movimentos subterrâneos, ocorridos em várias regiões do planeta, operem as transformações do solo onde ocorrerem, a fim de tornarem produtivas muitas áreas até agora inaproveitáveis. Esse fato deverá proporcionar ainda, aos homens da época, a descoberta e aproveitamento de certos minerais riquíssimos em sua utilização, os quais permitirão aos homens várias modificações apreciáveis, tanto no setor dos transportes aéreos como no da própria alimentação.

O próximo século deverá assinalar para a Terra uma notável melhoria em relação a tudo quanto diz respeito à vida dos seres humanos, quando sua imensa maioria será constituída de Espíritos de grande evolução, e que aceitaram uma nova encarnação no solo terreno para operarem as modificações de ordem técnica e científica, semelhante àquelas que existem nos planetas mais adiantados. Mas não apenas esta espécie de modificações será operada pelos Espíritos de Luz, reencarnados na Terra a partir da época atual. Eles são portadores, ainda, de novas concepções religiosas e filosóficas, que muito deverão contribuir para a manutenção da harmonia e da felicidade na Terra, onde passará a pertencer ao passado o uso da violência contra seres humanos, tal como se tem verificado em todos os conflitos armados. Não haverá, a partir de então, esse odiento espectro das guerras a afligir o homem em sua vivência terrena. A paz, a harmonia, o entendimento fraterno, hão de preponderar de futuro entre todos os felizes habitantes do mundo terreno, tal como nos sucede a nós, que temos a ventura de habitar o plano espiritual, onde nossa maior preocupação consiste em podermos contribuir para a felicidade e o bem-estar do nosso próximo.

A seguir eu desejo relatar-vos um fato ocorrido em outro mundo que não este, habitado por Espíritos retirados, a seu tempo, de mundos mais evoluídos, inclusive alguns que viveram nesta pequena esfera terrestre, mas que, tal o desmando moral em que incorreram, não puderam continuar na Terra. Ao desencarnarem aqui, aqueles Espíritos, assim como os de outros planetas, foram conduzidos por seus Guias ao mundo a que me refiro, por ser ele mais compatível com as suas tendências de então. Reunidos no plano de vida ou mundo físico em referência, alguns milhares de Espíritos destinados a nele recomeçarem os seus esforços evolutivos, houve ali uma espécie de festividade, assistida por todos os antigos Guias espirituais de cada um, antes que tivesse lugar o seu nascimento nesse plano.

A festividade em referência foi realizada com o objetivo dos Guias espirituais apresentarem as suas despedidas aos respectivos guiados, entregando-os então aos cuidados das novas Entidades que deles cuidariam a partir daquele momento. O que eu pude registrar naquela festa de saudade e despedida, devo dizer-vos que me emocionou profundamente, pois que a assisti como convidado especial, em companhia de numerosas outras Entidades do meu plano de vida.

Reunidos os Espíritos degredados, é bem o termo, muitos deles, entretanto, que na sua inconsciência e degradação moral não conseguiam entender o verdadeiro sentido da reunião, foi-lhes dirigida a saudação de despedida pela Entidade chefe que, se bem me posso recordar, assim se pronunciou:

 “Filhos queridos, que aqui vos encontrais no limiar de uma nova vida! Meu coração sente-se como que despedaçado, ao ter de vos dirigir estas palavras de despedida, uma vez que hoje nos separaremos talvez para todo o sempre. Não valeram as nossas advertências quando vos encontráveis encarnados no mundo de onde procedeis, nem tampouco aquelas que vos foram feitas em Espírito, ao regressardes vezes seguidas ao plano espiritual a que pertencíeis. Infeliz­mente, meus queridos, a tentação do mal em vós, foi sempre mais forte que a do bem, e vós preferistes sempre incorrer na infração das leis do amor, a enveredar pelo caminho luminoso que conduz à bem-aventurança. Não fostes, porém, condenados, sem que vos fossem concedidas novas e numerosas oportunidades de vos emendardes, e enveredardes decididamente pelo caminho do bem. Ao contrário disso, sempre preferistes ao bem à prática da violência, da injustiça e do mal contra os vossos companheiros de jornada. Os tempos e as oportunidades se esgotaram de todo. Conselhos, apelos e advertências, foram totalmente recusados ou mal ouvidos. Eis que a vossa permanência nos vossos mundos se tornou de todo impossível, meus queridos. Foi necessário afastar-vos de lá, para a tranqüilidade dos irmãos nossos que neles vivem e se esforçam por se tornarem bons filhos de Deus. Viestes então para este plano físico, onde outros irmãos, ainda menos evoluídos do que vós, aqui se encontram vivendo, lutando e sofrendo, à medida em que vão apurando suas melhores qualidades. Aqui encontrareis condições de vida bem mais dolorosas do que aquelas que deixastes em vossos mundos. Tereis de as suportar, da mesma maneira que a futura jóia suporta o processo da lapidação. A lei que nesta esfera ainda predomina, e à qual todos os viventes terão de se submeter, é a lei do mais forte. Tereis por isto de medir vossas forças físicas constantemente, para alcançardes as várias coisas de que precisais, a começar pelo alimento do vosso corpo. Recordais-vos do que fazem os animais nos mundos que deixastes para trás? Eles abandonam os filhos à própria sorte com apenas dias de nascidos. Pois assim vos sucederá como habitantes desta esfera. Tereis de disputar o vosso alimento, a vossa habitação, a vossa tranqüilidade,  e outras coisas de que carecerdes. Eu vos sugiro então, meus queridos, que useis a vossa própria inteligência neste plano, esforçando-vos por implantar nele melhores condições de vida. Sugiro-vos a aplicação neste plano, dos conhecimentos técnicos que muitos de vós possuem, no sentido de poderdes contribuir para o aceleramento do seu progresso. Cada detalhe da vida neste plano deve ser melhorado, aprimorado, refinado mesmo, para que o merecimento dele decorrente se transforme em luminosidade para os vossos Espíritos. Desejo dizer-vos ao coração, que, embora tendo sido recrutados entre os maus dos vossos respectivos planetas, podeis tornar-vos sábios neste plano, usando a faculdade criadora que possuís, para implantar melhoramentos de várias categorias, os quais acarretarão para vós o reconhecimento dos vossos novos companheiros de jornada.”

Fez-se uma pausa, durante a qual a maioria daqueles irmãos demonstrou entender a nova situação em que se encontravam, deixando correr o pranto de um possível arrependimento tardio. Os­tentavam numerosos desses irmãos visíveis sinais decorrentes de práticas criminosas de seu passado ainda recente, conservando em suas mãos não poucos deles, manchas aterradoras do sangue por eles derramados de antigos companheiros de jornada. A Entidade, visivelmente emocionada, concluiu a sua oração de despedida àqueles pobres irmãos, infratores recalcitrantes das leis do amor:

“Encontrareis todos vós, meus queridos, numerosas oportunidades de provar e aplicar ensinamentos que recebestes em vossas vidas passadas. Aplicai-os, pois, certos de que, de cada ato bom que pra­ticardes, um dia a menos tereis para viver nesta nova morada. Pro­curai ensinar aos que aqui vivem, quanto de bom ouvistes, mas não quisestes aplicar nos mundos de onde viestes. Mas, sobretudo, uma última recomendação eu desejo fazer-vos: implantai em vossos corações o santo nome de Deus. Conservai vivo em vossa mente o santo nome de Deus, que é um único em todo o Universo. E com Deus no coração e na mente, meus queridos, tereis vencido a metade das vossas penas. Que Deus vos abençoe e proteja em vossa nova vivência, meus queridos. Adeus.”

A emoção era então generalizada em todos aqueles milhares de Espíritos transmigrados. As palavras da Entidade chefe do grupo de Guias e Protetores antigos daqueles irmãos, haviam calado pro­fundamente  todos os corações. Eu nunca mais poderei apagar da memória acontecimento tão contristador.

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