Um Espetáculo Melancólico - Vida Nova Cap. XLVI

PDF por Nova Ordem de Jesus. 16/02/2016 - 17 min leitura
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Existem fases na vida dos planetas que se encontram dissemi­nados na imensidade do espaço cósmico que não chegam a ser, em certos casos, percebidas sequer pelas humanidades que os habitam. Os planetas como as pessoas vivem uma existência somente conhe­cida das Forças Superiores do Universo, incumbidas de prover as necessidades de cada um através dos milênios de milênios de sua existência. Leis existem a regular a vida de todos os seres viventes, quer se tratem de homens, animais, ou dos próprios planetas, nada ocorrendo à vivência de quem quer que seja que possa acontecer por acaso, visto como tudo na vida está predeterminado com muita antecedência. Se assim não fora poderia vir a dar-se que certos acon­tecimentos não previstos poderiam determinar circunstâncias por­ventura incontroláveis, de conseqüências possivelmente fatais ou perturbadoras da normalidade que deve presidir a existência em to­dos os mundos do Universo.

Tudo na vida universal obedece, por conseguinte, a essa lei imutável e perfeita à qual freqüentemente nos referimos quando dizemos que não cai uma folha de uma árvore nem um cabelo da vossa cabeça que não obedeça a essa lei. E consiste o fato numa verdade inconteste, demonstrada e provada à saciedade com o nas­cimento, vivência e morte de todos os seres humanos assim como de todos os demais seres animados. Tudo se processa estritamente segundo as leis que regem a vida universal, nada ocorrendo, por con­seguinte, que não esteja em perfeita harmonia com os postulados dessa lei divina que preside e dirige os destinos do Universo.

A circunstância de vos encontrardes todos vós presentemente na Terra vivendo cada um a seu modo esse período infinitesimal da vossa vida infinita, deve ser tomada como um minuto a mais em que permitido vos foi voltar a Terra para um novo impulso ao vosso progresso espiritual, como a única razão de ser, como a única coisa que conta em toda a vossa existência como seres cons­cientes de vós mesmos. E assim sendo, e assim devendo cada um compreender os motivos de sua presença na Terra, é necessário de­dicardes um pouco de atenção ao que deva constituir em verdade a preocupação máxima de cada um, ou seja, a aquisição de novas e maiores luzes para o Espírito, que é a Entidade que vive em cada um de vós, a força que vos levanta cada manhã para iniciardes um novo dia de atividades, a força que produz os movimentos do vosso corpo, a chama que aquece e mantém em perfeito funciona­mento todas as vossas células e órgãos, a fim de que o metabolismo funcione perfeito e ininterruptamente, por indispensável à vida do corpo. Quando algum de vós adoece, resultado é de que algo se processou em desacordo com as leis da vida, seja por ignorância, imprevidência, imprudência ou desleixo do Espírito, a quem incum­be o dever de alimentar e prover as necessidades de sua máquina, a qual deve igualmente ser usada com parcimônia e cuidados em todas as necessidades do Espírito, e jamais de maneira imprudente ou perigosa. Do mau uso que numerosos Espíritos fazem de sua má­quina terrena, e também da maneira pela qual a alimentam, é que resulta o encurtamento do período de sua permanência na carne, retornando ao Espaço prematuramente. Há por conseguinte um de­ver de cada ser humano na preservação de sua saúde física, a fim de poder aproveitar o corpo que as Forças Superiores lhe concede­ram para mais uma etapa no caminho de sua evolução espiritual.

Bem sabemos, todos nós que neste livro nos dirigimos aos nos­sos estimados irmãos encarnados, que o mergulho do Espírito na carne para uma nova existência terrena, consegue obnubilar quase completamente os conhecimentos, idéias e experiências acumuladas em vidas anteriores, os quais se encontram registrados em sua me­mória espiritual. Em face disso, e não existindo geralmente uma modalidade de despertamento dessa memória na Terra, o que se verifica, é a dedicação absoluta dos encarnados aos interesses mate­riais do plano físico, com o abandono total da parte espiritual de sua vinda ao solo terreno. Há, porém, a partir de agora, uma ne­cessidade premente, inadiável, de modificarem os seres humanos esse procedimento que se tornou hábito, para que possam cumprir, ainda que em sua parte mínima, os objetivos reais de sua presente vida terrena. Parta cada qual do princípio de que o que a Terra pertence nela terá de ficar, só aproveitando ao Espírito de cada um, isto é, a si mesmo, aquilo que haja podido construir através de atos e procedimentos verificados no seu campo moral. Por cam­po moral desejo significar tudo quanto a juízo de cada um possa contribuir para a sua elevação perante as Forças Superiores, nada portanto daquilo que possa ter feito no sentido puramente material da vida, como amealhamento de recursos financeiros, a ampliação de sua carga de bens terrenos ou propriedades, riqueza, enfim tudo quanto não possa conduzir em sua bagagem espiritual ao regressar da Terra.

As linhas acima procuram esclarecer um pouco mais os meus estimados irmãos encarnados em face da verdadeira razão de sua estada na Terra, o que fazemos todos nós, emissários do Senhor ao vosso meio, para que possam todos os homens e mulheres do pre­sente momento histórico da humanidade terrena, alcançar em seu próximo regresso ao mundo espiritual aquele foco tão desejado por todos ao mergulharem no seio materno para a presente existên­cia de seres humanos. Tantas vidas perdidas e outras que quase o foram, se acumulam nos arquivos espirituais de cada um dos viven­tes humanos do presente, e que o foram em muitos casos por falta de um esclarecimento oportuno, que as Forças Superiores decidiram empreender esta Cruzada de Esclarecimento por toda a Terra, na tentativa de trazer a cada homem ou mulher deste final de século, todos os elementos de informação capazes de proporcionar a todos um esclarecimento novo e oportuno, sobre o aproveitamento de suas vidas atuais. Tem constituído um espetáculo melancólico para todos nós que vivemos no Alto, assistirmos ao regresso da grande maioria dos Es­píritos que encerram mais uma existência física, inteiramente obum­brados pela ausência de progresso moral ao longo de mais de cin­qüenta, sessenta ou oitenta anos em que permaneceram na carne completamente absorvidos pelas suas preocupações de ordem mate­rial, com desprezo de quanto lhes pudesse propiciar a aquisição de maior luminosidade espiritual. Regressam esses Espíritos ao seu plano no Alto sem uma noção que seja da vida no Além, por ha­verem vivido tão largo período na Terra dedicado exclusivamente aos interesses e prazeres da matéria. Sucede então a cada um destes irmãos ficarem por longo tempo imersos num estado de meditação em torno de sua própria existência como seres espirituais, até que consigam esclarecer suas mentes e readquirir a memória espiritual por eles deixada no Alto ao embarcarem para a Terra. Para elimi­nar estas situações bastante desagradáveis a todos os Espíritos de Deus, é que as Forças Superiores, representadas na Terra pela mag­nanimidade de Nosso Senhor Jesus, determinaram a vinda a este plano de um número talvez incontável de emissários seus, agindo de todas as maneiras junto a vós outros, estimados irmãos terrenos, tentando despertar em cada ser humano o necessário, urgente, ina­diável interesse pela vida no Além, aquela em que todos nós rein­gressamos ao fim de nossas vidas na superfície da Terra.

Este vosso irmão que hoje vos fala, no atendimento a honroso convite do Divino Mestre Jesus, também conta em seu arquivo mi­lenar um sem número de encarnações na Terra, vividas nas mais diversas regiões e circunstâncias. Para que possais fazer uma idéia aproximada da minha vida multimilenar, eu vos direi que apenas consigo recordar aquelas vidas que vivi nos últimos dezoito mil anos, que foi quando iniciei a construção da minha existência es­piritual como ser consciente.

Desde então aqui estive nas mais di­versas circunstâncias como ser humano, vivendo vidas que eu pró­prio me empenho em esquecer, tais os sofrimentos a que fui con­duzido pela ignorância que então predominava em meu pobre Espí­rito. Para que possais avaliar o que representava a vida terrena há vários milênios, será suficiente estabelecer confronto com as con­dições que ainda hoje perduram em muitos lugares onde a civiliza­ção dos vossos dias ainda não chegou, e avaliar o que seria a Terra há dezoito, quinze ou doze milênios decorridos. Devo dizer-vos porém, que de degrau em degrau, de sofrimento em sofrimento, fui galgando os obstáculos da longa caminhada, até ao momento ines­quecível em que me encontrei numa de minhas viagens com o Espírito querido de Jesus de Nazareth, a quem para sempre me liguei como a alma se liga ao corpo, e a quem me ufano de poder servir desde então, em quantos novos mergulhos na carne fui solicitado a realizar.

Devotado assim inteiramente ao serviço do Senhor, aqui estive como simples operário do bem em diversas encarnações procurando levar a palavra de Deus, que é a palavra do amor ao próximo, ao maior número possível de irmãos, colhendo em troca — quanto me pesa dizê-lo! — a incompreensão, a perseguição e a violência física em virtude da qual por duas vezes desencarnei. Sim, meus estima­dos irmãos terrenos; por duas vezes foi meu corpo submetido a toda sorte de violências por ordem de irmãos poderosos que apenas pensavam em termos de interesses puramente materiais e políticos, aos quais minha pregação e exemplos conseguiam prejudicar. Meu Espírito entretanto, ligado muito estreitamente ao meigo Nazareno, sentia-se fortalecido a cada golpe que na Terra eu recebia, utili­zando-o como novo incentivo ao cumprimento de minhas tarefas. Que meus esforços não foram empregados em vão, atesta-o o núme­ro de seguidores que deixei na Terra, vários dos quais arrostaram sofrimentos idênticos no cumprimento da parte que espontaneamen­te assumiram. Todos eles, assim como eu próprio, ao regressarmos ao nosso plano ao termo de cada nova vida na carne, fomos agra­ciados com os mais belos galardões espirituais que podem ser conce­didos aos Espíritos de Deus.

Encontrando-me momentaneamente entre vós no cumprimento de mais uma tarefa de serviço do Senhor, desta vez em Espírito, de­sejo exortar-vos a vos dedicardes também, com toda a força dos vos­sos belos Espíritos, ao serviço de Jesus, na certeza que eu aqui vos deixo de que, assim como me aconteceu a mim, um belo galardão de luzes espirituais no Alto vos aguarda para enriquecimento do vosso diadema.

O serviço do Senhor na Terra pode ser definido muito facil­mente. São considerados integrados nesse serviço todos os irmãos que, a par de seus interesses materiais olham um pouco para aque­les companheiros de jornada menos agraciados em sua presente exis­tência. Aqueles que souberam conjugar o verbo ajudar em relação aos seus semelhantes necessitados, estarão efetivamente integrados no serviço do Senhor. E se, além desse particular, decidirem fa­zer-se arautos dos conselhos que se encontram neste e nos livros de Thomé, ajudando igualmente a difusão de quanto o Senhor mandou escrever na Terra, neste caso a integração de cada um de vós no serviço do Senhor será completa, como completa será também a redenção dos vossos belos Espíritos ao fim da presente existência terrena.

Eis aí, amiguinhos meus, matéria suficiente para justificar minha estada entre vós neste momento. Somada àquelas que outros Instru­tores vos deixaram antes de mim, tereis em mão tudo quanto pode­reis necessitar para a vossa total iluminação. E é isto, em verdade, o objetivo de minha estada entre vós. Aqui me despeço abraçando afetuosamente cada um de vós, meus estimados leitores, e oferecen­do-vos meus modestos serviços no Alto com o nome de - PAULO DE TARSO

 

Not. biogr. — (conclusão do Cap. XXXV) — O trabalho de São Paulo foi imenso na difusão do Cristianismo nascente. Não transcorreu, entretanto, sem grandes dificuldades, enormes tropeços e muito sofrimento. Lugares houve em que adeptos de outras religiões conseguiram levantar o povo con­tra os missionários Paulo e Barnabé, chegando à expulsão de ambos desses lugares por meios violentos. A missão do Apóstolo dos Gentios durou apro­ximadamente quatorze anos, durante os quais ele percorreu repetidamente uma área de milhares de léguas em propaganda da consoladora doutrina de Jesus.

Visitando Roma no ano 66 em companhia do apóstolo Pedro, foram encerrados na prisão Mamertina, sendo Paulo conduzido daí à estrada de Óstia, no lugar denominado “Águas Salvianas”, onde, por ordem de Nero, foi-lhe decepada a cabeça com um golpe de espada, no mesmo dia em que Pedro era crucificado de cabeça para baixo na colina Vaticana.

O Espírito de São Paulo, como ele próprio nos informa neste capítulo, tem estado reencarnado na Terra em várias épocas, depois de seu encontro com o Senhor Jesus. De uma delas temos conhecimento através do livro “Vida de Jesus ditada por Ele mesmo”, cuja segunda parte foi psicografada por intermédio do Dr. Ovídio Rebaudi, a reencarnação mais recente do Es­pírito de Paulo de Tarso, segundo o Sr. H. Olivero, em discurso proferido na noite de 24 de outubro de 1937, na Associação Cristã “Providência”, de Buenos Aires, ao comemorar-se o sexto aniversário da desencarnação daquele culto e elevado Espírito.

O Dr. Ovídio Rebaudi (Paulo de Tarso) nascido no Paraguai, foi médico notável, pesquisador e cientista destacado, tendo sido reitor da Universidade, professor de biologia e química médica, diretor do Laboratório Químico e Bacteriológico de Assunção, e também diretor dos Laboratórios Químicos, Nacional e Municipal de Buenos Aires. Por seus múltiplos trabalhos científicos e seu saber demonstrado em livros e conferên­cias públicas, o Dr. Ovídio Rebaudi era conhecido pelo nome de \"Sábio Pa­raguaio’.

Foi a este grande amigo que Jesus procurou no princípio deste século em Assunção, para ditar a segunda parte daquela obra extraordinária que é “Vida de Jesus ditada por Ele mesmo”, cuja primeira parte havia sido psicogra­fada em Avinhão, França, em fins do século XIX.

Esta mensagem é parte do livro Vida Nova, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Vida Nova. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.

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