Transmigração de Almas - As Forças do Bem - Cap. 29

PDF por Nova Ordem de Jesus. 09/02/2016 - 10 min leitura
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Aqueles, dentre os Espíritos encarnados da atualidade, que tiverem a ventura de percorrer o olhar pelas páginas deste repositório de conselhos fraternos, podem considerar-se a si mesmos criaturas privilegiadas. E isto porque dificilmente se lhes deparará outra oportunidade em toda a sua existência atual.

Os conselhos que neste volume se contêm não foram ditados ao correr da pena, como se usa dizer entre vós em relação aos escritos ligeiros para a imprensa, ou amigos que tudo podem aceitar sem maior exame. Não, amigos meus; estes conselhos que venho transmitindo à Terra, graças à boa-vontade e dedicação do médium, são preparados no Alto, semana após semana, e em seguida submetidos à aprovação do Senhor, para somente após serem grafados no papel para que possam ser divulgados na Terra.

Vê-se, por aí, que se trata efetivamente de aconselhar só o que passa servir aos Espíritos encarnados da hora presente, mostrando-lhes o que de urgente têm a fazer em benefício de sua própria felicidade. Fica assim esclarecido que o mensageiro do Senhor procede com o máximo escrúpulo de consciência, ao transmitir-vos os conselhos que ilustram estas páginas, para edificação dos meus queridos irmãos terrenos.

Existe presentemente nos planos mais próximos à Terra uma inusitada movimentação de desencarnados, em virtude das determinações vindas de mais alto no sentido de proceder-se desde já ao afastamento de quantos tiveram selada em definitivo sua vida na Terra. Trata-se de Espíritos a quem a misericórdia divina concedeu todas as oportunidades possíveis de evolução no solo terreno, e aqui viveram séculos e séculos, até milênios, persistindo porém no agarramento às coisas materiais, e mais que isso, iludindo, traindo, enganando, prejudicando aos seus contemporâneos de todas as maneiras, inteiramente descurados dos seus deveres para com o próximo e para com Deus.

Estes Espíritos vão, assim, aumentar a população humana de outros mundos mais de acordo com sua formação moral, desanuviando ao mesmo tempo o ambiente vibratório interligado à Terra. É doloroso dizê-lo, irmãos meus, mas infelizmente, estes nossos irmãos também, perseveraram em mostrar-se surdos aos conselhos seguidamente recebidos do Alto cada vez que lhes foi permitido reencarnar, do mesmo modo que surdos sempre se mostraram à palavra de quantos da Terra se esforçaram em os conduzir ao caminho do bem e da ordem. E como não pode haver mal que sempre dure, ei-los que estão seguindo nova onda de vida, a fim de adquirirem experiência e elevação moral que só o sofrimento lhes poderá proporcionar.

A movimentação que nesses planos se processa, podeis imaginá-la como se numa praça de proporções imensas se encontrasse enorme multidão aguardando vez de tomar lugar no transporte gigantesco que se aproxima, e no qual todas aquelas almas devem embarcar. Acreditai porém, que na inconsciência de sua inferioridade vibratória, até entoam cânticos que na Terra aprenderam, sentindo-se, assim, menos como almas degradadas do que como turistas em início de excursão. Que Deus se apiede dessas almas e lhes torne menos dura e dolorosa a vida que devem encontrar nos mundos para onde estão seguindo. Peço-vos a vós também, irmãos queridos, uma prece do coração em favor delas, num sentimento de pura fraternidade que muito vos recomendará no coração do Divino Mestre Jesus de Nazareth.

Ora, bem, amigos e irmãos queridos. Analisemos um pouco as razões que terão dado causa a essa verdadeira transmigração de almas, deste para outros planetas de vibração inferior à Terra. Não faltou a essas almas a assistência espiritual dia após dia na Terra, durante os muitos séculos em que aqui reencarnaram. Não lhes faltaram igualmente Protetores Espirituais em todas as suas vidas terrenas, intuindo-as durante o dia e aconselhando-as durante o sono do corpo, na grande tarefa de que eram incumbidos século após século. Ao regressarem ao Espaço, ao término de cada existência terrena, defrontando-se com sua própria consciência, raramente se arrependiam das faltas praticadas, por graves e delituosas que fossem algumas delas. Chegado um simulacro de arrependimento, contudo, nova encarnação lhes era permitida com a promessa de se emendarem de vez, e ingressarem por meio de atos e pensamentos bons no caminho do bem e da verdade que as levaria à sua redenção.

Infelizmente, irmãos e amigos meus, infelizmente, repito, todas as promessas resultaram nulas, aumentando invariavelmente sua carga de prejuízos morais ao fim de cada nova existência na carne. Reunidos, então, os Conselhos Espirituais responsáveis pela vida humana na face da Terra, perante os quais todas aquelas almas tiveram de comparecer de consciência à vista, uma vez que no mundo espiritual não valem sofismas, uma última oportunidade foi concedida a cada alma, para início de sua redenção espiritual. Se é certo que um pequeno número conseguiu passar no crivo, a grande maioria delas demonstrou-se totalmente irrecuperável na Terra, lamentavelmente. Em face de semelhante resultado, contraiu-se o coração de Nosso Senhor, e teve de cumprir-se o desígnio: essas almas estão sendo deslocadas para outros pontos do Universo, mais afins com suas próprias vibrações e um dia... quem poderá dizer quando!... todas elas conseguirão polir suas arestas e alcançar a luz espiritual.

Eis, irmãos queridos, o que de modo algum desejo aconteça a nenhum dos nossas irmãos atualmente encarnados. Minha tarefa consiste precisamente em evitar semelhante destino a quantos aqui se encontram, e será para mim e para o nosso Divino Mestre motivo da maior alegria, se os conselhos aqui grafados puderem contribuir para a salvação de todos.

Já foi dito em capítulo anterior que é erro supor que aquele que ora o faz para agradar a Deus e a Jesus. É erro supor que Deus ou Jesus tenham necessidade da oração dos filhos encarnados, para ostentação de sua maior glória. Esse erro procede de ensinamentos truncados ou mal ministrados de longas eras, e serão em grande parte responsáveis por ele. Não, meus irmãos e amigos; quem ora, o faz exclusivamente para si próprio, para esclarecimento, paz e felicidade de seu Espírito, quando a oração se não destina a beneficiar algum parente, amigo ou irmão terreno necessitado. Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo alegram-se ante a oração sincera dos filhos da Terra como do Espaço, por verem que a fé se implantou no coração de cada um deles e os conduzirá à redenção espiritual, isto é, à sua própria iluminação. A oração tem o mérito de produzir vibrações magnéticas que se projetam no campo mental daquele que ora, produzindo aí os efeitos da lavanderia nas peças impregnadas de corpúsculos nelas deixados pelo uso demasiado ou não, tornando-as desagradáveis no estado em que ficaram. Assim o campo mental de todos os Espíritos encarnados: a atmosfera terrena impregnada de miasmas produzidos pelos pensamentos grosseiros, maus ou indesejáveis, vai acumulando vibrações análogas e detritos morais no campo mental dos seres humanos, cuja limpeza — descarga — só a
oração sincera tem o poder de realizar. Esse é o maior mérito da oração. E assim sendo, sua prática, invariável de manhã e à noite fará do Espírito encarnado uma criatura tranqüila, feliz, bem-humorada e sã, apta a comunicar-se com Deus e Jesus para receber tudo quanto possa desejar. Não só isto, irmãos meus; de uma criatura que ora por devoção a si mesma, aproximam-se constantemente os Espíritos de Deus que velam pelos encarnados, inspirando de preferência a essas criaturas as idéias que desejam ver realizadas na Terra para o bem de todos.

Vedes, amigos meus, como é bem diferente o significado da oração? Jesus regozija-se fraternalmente com o filho que ora, por ver nele um filho a caminho da luz, um filho, portanto, que a breve prazo poderá ser admitido ao Serviço Divino perante seus irmãos terrenos. E se estas palavras tão singelas quanto verdadeiras forem lidas e meditadas por todos os leitores deste volume, certo terá Nosso Divino Mestre uma verdadeira legião de novos servidores na Terra. E por que não? Meu sincero desejo é que isto aconteça para maior alegria deste vosso dedicado — Irmão Tomé.

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