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por Nova Ordem de Jesus. 20/01/2016 - 14 min leitura
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Todos os homens são irmãos - O heroísmo do Senhor Jesus - A semente do amor e da fraternidade - Minha insuspeição para falar - O encontro no caminho de Damasco - Detalhe inédito do acontecimento - A dependência dos filhos
Jesus de Nazareth veio a este plano físico em corpo humano, em decorrência de deliberação acertada no Alto pelas Forças Superiores do Universo, na persuasão de que a humanidade terrena de então, já estivesse preparada para as modificações a serem introduzidas na vida dos seres humanos na Terra. Trouxe o Senhor Jesus como lema e argumento fundamental de sua missão, o princípio espiritual de que todos os homens são irmãos, e por isso devem amar-se uns aos outros. Pregou o Senhor Jesus a necessidade do amor ao próximo como a chave mágica da vida de todos os seres, capaz de abrir todas as portas da felicidade eterna.
O que aconteceu ao Senhor Jesus de Nazareth todos o sabeis de sobra. Ao fim de 33 anos de estada na Terra em corpo humano e apenas três de sua pregação, foi seu Espírito expulso do mundo físico da maneira menos merecida, porque a sua Doutrina prejudicava os interesses de muitos e incomodava a quantos seguiam outros princípios religiosos. Para tudo, entretanto, devem existir atenuantes, e no caso de Jesus elas também existiram. O mundo encontrava-se inteiramente mergulhado no lodaçal dos interesses mesquinhos, que superavam por toda a parte as qualidades espirituais que começavam a despontar em muitos corações, volvendo a atenção daqueles que as possuíam, para o sentimento de fraternidade para com seus contemporâneos. A preponderância, entretanto, estava do lado egoísta dos dirigentes de então, a qual tinha de prevalecer em todos os acontecimentos da vida terrena.
Desejo assinalar, com isto, o verdadeiro heroísmo demonstrado pelo Senhor Jesus, em se decidir a percorrer o caminho mais perigoso e menos cômodo ao cumprimento de sua luminosa missão junto à humanidade encarnada, Ele, para quem não havia mistério algum quanto ao que lhe iria acontecer. Lançou-se assim o Senhor ao desempenho da missão que o Pai Celestial confiou no Alto, sabendo embora que apenas estava rasgando um terreno demasiado endurecido, para lançar a semente luminosa do amor e da fraternidade entre os homens. Este Espírito considera-se absolutamente insuspeito para falar desta maneira, porque todos já conheceis demasiado a minha história, escrita posteriormente à partida de Jesus, é certo, porém com o melhor material para torná-la digna de ser conhecida pelas gerações que se sucederam na ocupação da Terra até aos dias presentes. Desejo, a propósito, confessar uma vez mais a minha convicção acerca do que possa ser dito ao ser humano ou ao Espírito que o anima. Aquilo que apenas for ouvido pelo homem e nele desperte embora um grande interesse, está longe de se comparar em assimilação com o que for entendido pelo Espírito do ser humano. A minha própria experiência o atesta desde os idos tempos em que fui Paulo de Tarso, época em que, tendo ouvido falar de certo missionário vindo de Nazareth pregar em Jerusalém uma doutrina que aconselhava o desinteresse pelas coisas materiais, como o meio eficaz de alcançarmos o Reino do Céu, achei sua pregação contrária aos hábitos da época, que entronizavam a riqueza como o poder mais forte jamais conhecido. Tendo tido conhecimento dos princípios divulgados nas praças e no templo por aquele extraordinário personagem, não consegui interessar-me pelos mesmos, até ao momento em que, para a minha felicidade imensa, sucedeu o encontro histórico no caminho que me conduzia à cidade de Damasco, aonde eu me dirigia precisamente para combater, pela palavra e pela ação, tão luminosos princípios.
Verificou-se naquele acontecimento este fato extraordinário, que eu incorporei à minha vida: Jesus manifestou-se, não ao homem que seguia montado pela estrada, reunindo ideias prestes a serem exteriorizadas aos habitantes de Damasco, mas sim, ao Espírito daquele homem, única Entidade capaz de compreender Jesus. Foi pois a este Espírito que vos fala que o Senhor se dirigiu, e com tal poder de convicção o fez, que o resultado não se fez esperar, como sabeis. Agora eu vos darei um detalhe do acontecimento, detalhe não divulgado até hoje precisamente porque somente eu e Jesus o conhecemos. Trata-se da maneira como eu, Espírito, recebi e como reagi às palavras proferidas pelo Senhor.
Conforme sabeis, eu havia sido designado pelo Sinedrim para prender na região de Damasco os adeptos da Doutrina de Jesus. Como o Mestre se intitulava ser O Caminho, seus adeptos começaram a ser conhecidos como adeptos do caminho, que se tornava necessário impedir que continuassem a pregar o absurdo da renúncia aos bens materiais para amar como irmãos os outros seres humanos. Eu, como elemento de destaque junto à cúpula do Sinedrim, estava empenhado na tarefa ingrata, reconhecida mais tarde, de perseguir os homens do Caminho. Foi, portanto, nessa disposição que me dirigia em companhia de três ou quatro ajudantes e alguns soldados à cidade de Damasco. Já em suas proximidades, começamos a observar o fenômeno que passo a descrever. Era de tarde e o Sol ainda brilhava intensamente, iluminando toda a paisagem, num dia claro, sem nuvens. De repente, porém, uma espécie de nuvem branca, volumosa, em transformação para o róseo, se nos deparou bem próxima à nossa frente, deixando-nos de certo modo perplexos ante o inesperado. Continuamos porém a marchar um pouco mais devagar, os olhos postos no fenômeno. Este avançava também em nossa direção. Ao aproximar-se mais de nós, resolvemos fazer alto, dado que nossa visibilidade cessara de todo. No mesmo instante se nos depara a figura imponente, radiosa, do Senhor, o qual, pondo nos meus olhos a intensidade do seu olhar penetrante, pronunciou aquelas palavras que conheceis, com as quais transformou por completo a minha tarefa de perseguidor dos seus seguidores, em seguidor eu próprio de sua luminosa Doutrina pelos séculos adiante. O fato foi de tal modo intenso para a minha sensibilidade espiritual, que eu fiquei por momentos privado da consciência de mim mesmo. Meus companheiros atenderam-me prontamente, levantaram-me, e verificaram que minha visão se imobilizara, o que os deixou profundamente abatidos. Conduziram-me a Damasco, onde penetrei, não mais como perseguidor dos homens do caminho, mas como enfermo, quase aniquilado, em busca de socorro médico. Não tiveram, entretanto, os meus amigos que procurar nenhum facultativo. Antes que o fizessem, apareceu-nos um homem já idoso, anunciando que vinha procurar-me por ordem de Jesus de Nazareth, para tratar-me a vista. Fiquei deveras impressionado com o fato, uma vez que poucas pessoas sabiam do que me acontecera. Isto serviu para radicar em mim a convicção de que se tratava realmente de uma personalidade superior do Mundo Divino, aquele ser que em corpo humano, em meio à maior pobreza, acabava de cumprir sua elevada missão na Terra. O bom homem (*) que me procurara, visitou-me durante uma semana para me aplicar passes magnéticos nas duas vistas, ao mesmo tempo em que relatava fatos extraordinários da parte de Jesus. Confesso que à medida em que minha visão se restabelecia, confirmando o prognóstico do bom homem, crescia no meu Espírito a ideia de me lançar eu próprio, a partir desse momentos quanto eu o desejara, mas na medida das minhas possibilidades.
Bem, amigos leitores. O que de novo existe nesta narrativa é bem pouco, e só aquilo que no meu íntimo se passou. Quis trazer o assunto para este livro, com o objetivo de firmar também no vosso entendimento a diferença que existe entre o que apenas penetra os vossos olhos ou ouvidos materiais, e aquilo de que o vosso Espírito toma conhecimento e se interessa. Pelo fato da humanidade não ter se esforçado em receber com ouvidos espirituais o mundo de conselhos e ensinamentos que lhe têm sido trazidos por verdadeiros amigos e conselheiros vindos daquele Mundo Divino de que falei, é que a vida terrena tem permanecido estacionária em níveis por vezes remanescentes da barbárie, procrastinando com isso o seu avanço na escala espiritual, a mundos muito mais felizes do que a Terra. O desapego das coisas puramente materiais e neste século absolutamente indispensável a todos os seres humanos, certos já de que a vida terrena é uma simples noite tempestuosa, para conduzi-los às claridades espirituais existentes em outros planos de vida. Para alcançá-los, porém, torna-se necessário um pequeno esforço por parte de cada um, no sentido de aplicar o Espírito em seus diversos passos diários, ouvindo-lhe as sugestões e conselhos que a todo momento ele está inspirando. Devem ter presente os homens e mulheres em todos os momentos de sua vida diária, que são Espíritos, apenas revestidos de carne para poderem suportar as vibrações um tanto grosseiras deste mundo terreno. E sendo Espíritos, bem farão em transportar para o plano espiritual quanto fizerem, disserem e ouvirem, a fim de se certificarem se estão ou não procedendo em harmonia com os ensinamentos e conselhos recebidos no âmago de seu coração.
Procedendo desta maneira ou semelhante, com o desejo firme de merecerem a estima de seus luminosos Guias espirituais, e mais hoje mais amanhã a própria graça do Senhor Jesus ao reingressarem em seu lar espiritual, assim procedendo, repito, uma segurança aqui lhes deixo: verão transformados em fonte de alegrias numerosos fatos ou acontecimentos que antes lhes davam preocupação ou tristeza só em neles pensarem. Para aqueles que isto fizerem uma nova concepção da vida se abrirá, assim como nova ideia conceberão acerca de seus familiares, Espíritos designados pela Providência Divina para se tornarem parentes próximos na presente encarnação, com o objetivo de criarem ou consolidarem sentimentos de fraternidade e amor de que estarão todos necessitando. Podem ficar igualmente cientes os meus estimados irmãos leitores, que seus familiares do momento, são apenas um número infinitesimal de quantos já possuíram através de suas numerosas encarnações passadas, e um dia os receberão a todos quando a oportunidade chegar.
Um dever, contudo, se aponta aos responsáveis pelos lares da Terra, que consiste em dar aos seus os mais puros exemplos de dignidade e amor cristão, para que seus dependentes neles se apóiem, para os transmitir por sua vez aos que vierem depois. Daqui se conclui, por conseguinte, que os filhos só pertencem aos pais no consenso de seus dependentes, como irmãos espirituais que lhes foram entregues para criar, educar e encaminhar numa nova existência terrena, e jamais como propriedade sua. Os pais de hoje são os filhos de ontem, assim como os filhos de hoje serão os pais de amanhã. Há, por conseguinte, uma necessidade imperiosa de que os filhos de hoje recebam dos pais os conselhos e exemplos mais salutares e puros, para que, agasalhando-os em seus corações, possam transmiti-los por sua vez àqueles que a Providência Divina amanhã lhes confiar como filhos também, para, com seus exemplos e conselhos, ajudá-los a galgar alguns novos degraus de sua escala evolutiva.
Muito bem; o que dizer, então, daqueles que freqüentemente abandonam os filhos ou deles negligenciam, por se preocuparem exclusivamente com a realização de sentimentos ou procedimentos menos dignos? Ai desses queridos irmãos que assim procederem, porque duramente se arrependerão de o haverem feito. Nenhum interesse, por mais alto e caro que se apresente, pode justificar o abandono dos filhos que Deus confiou ao homem para encaminhar na vida. Aqueles que tal abandono praticarem, virão a sentir na própria carne a dor espiritual que o fato produz, não importando a encarnação nem o século em que as conseqüências se produzirão. Em apoio disto eu vos direi que vivem no plano espiritual alguns milhares — digo milhares para usar um termo modesto — de Espíritos que cometeram na Terra a infração às leis divinas, de terem deixado aos cuidados de outrem, filhos que Deus lhes confiou, mas que esses pais não quiseram criar e encaminhar por motivos diversos, mas todos injustificáveis. Nós que percorremos todos os planos espirituais em assunto de serviço, temos tido oportunidade de constatar a chegada de filhos abandonados pelos pais, e que estes reconhecem e se precipitam para eles no desejo de os abraçarem. Os filhos, entretanto, que nada lhes devem, os afastam, mesmo porque os pais nada podem apresentar para justificar a paternidade. Repelidos, lamentam-se dolorosamente, muitos deles, infelizmente.
Esta mensagem é parte do livro Elucidário, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Elucidário. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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