Submersão, no passado, de uma parcela do solo com todos os habitantes - Corolarium Cap. LII

PDF por Nova Ordem de Jesus. 04/05/2016 - 16 min leitura
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Submersão, no passado, de uma parcela do solo com todos os habitantes. — Recepção e acomodação das almas no mundo espiritual. — O empenho das almas em voltar à Terra. — Firmai vossas mentes na malinha espiritual.

O pequeno mundo terreno no qual evoluem neste século pouco mais de três bilhões de almas humanas, está para alcançar alguns novos degraus em sua escala progressiva, ao que faz jus a antiguidade de sua última modificação. Efetivamente, a Terra conserva sua estrutura atual por um período já bastante longo, desde que acontecimentos notáveis aqui se processaram. A maioria das almas que aqui vivem atualmente, ou presenciou ou teve notícia do fato, do qual resultou a submersão de uma parcela do solo com todos os seus habitantes com a consequente ampliação dos mares em derredor.

O que novamente se prepara para ter lugar em breves anos, conforme vem sendo anunciado pelos mensageiros do Senhor Jesus, também há de importar na submersão de várias áreas terrenas bastante populosas, como parte dos planos de há muito elaborados no Alto para execução neste fim de século. Esses planos prevêem inclusive a partida de um número regular de almas de regresso ao seu plano de vida espiritual, sem que isso importe de leve sequer na idéia de punição a essas almas. Ao contrário disso, os seres humanos que vierem a ser atingidos pelos acontecimentos em vias de realização na Terra, receberão na oportunidade uma merecida promoção em sua escala espiritual. Desejo afirmar uma vez mais a propósito, que as Forças Superiores que dirigem a vida terrena nada empreendem que não tenha por objetivo o bem e a felicidade das almas que aqui vivem, e se empenham na conquista de novas luzes espirituais, finalidade única de sua vinda à Terra.

Isto posto, como introdução necessária ao presente capítulo, em obediência às determinações do Senhor, eu passarei a um novo assunto que espero muito há de agradar a todos vós, filhas e filhos meus. Tratarei em seguida da maneira pela qual se processa no mundo espiritual a recepção e acomodação das almas que partem de todas as regiões, cidades, lugares e vilas deste pequeno mundo terreno. Já me referi em capítulo anterior às almas completamente despreparadas em assuntos de fé, as quais costumam permanecer bem próximas ao solo terreno, onde se estabelecem e passam a negociar com almas iguais, como se na Terra ainda vivessem. Falarei então daquelas que largam na Terra o invólucro físico e se elevam no Espaço em direção aos planos do Além, segundo o sentido espiritual que lograram adquirir em sua vivência na Terra. Uma grande maioria destas almas, que souberam cultivar o princípio da fé em seu coração, e tenham vencido uma existência terrena iluminada pela prece diária, nem chegam a sentir verdadeiramente o transe de sua separação do corpo. Assistidas muito de perto pelos seus Protetores espirituais, estes se incumbem de as conduzir em seus braços desde o plano terreno onde desencarnaram, ao plano espiritual a que pertencerem, sem que as mesmas se dêem conta desse transporte. Uma vez ali chegadas, esta categoria de almas é então acomodada, ou na residência de algum parente próximo a quem possam estar ligadas por laços de verdadeira amizade, ou então serão acomodadas numa das instituições ali existentes para tal fim. Em regra, o repouso dura de três a cinco dias, durante os quais as almas se refazem completamente do abatimento produzido na Terra pelo fenômeno da morte do corpo, e iniciam, ou melhor, reiniciam a sua vivência no Alto. Os primeiros trinta dias da desencarnação de todas as almas são os mais difíceis de passar em consequência dos pensamentos de saudade que lhes chegam dos seus familiares, e dos seus próprios também voltados para a Terra. Ao fim deste período, porém, a situação se ameniza e modifica em face das revelações que todas as almas passam a receber das suas vivências anteriores no mundo espiritual. Uma como vida nova se apresenta às almas recém-chegadas do plano terreno, onde todas elas se empenharam em trabalhos mais ou menos duros pelo pão de cada dia, realmente bastante difícil de conseguir na vida terrena. Do confronto natural surgido no Alto às almas recém-chegadas do solo terreno, resulta para elas uma indizível satisfação ao constatarem quão amena e feliz se lhes apresenta a vida espiritual comparada com as dificuldades da vida terrena.

Caberia aqui uma pergunta dos leitores, porventura desejosos de saber a razão de as almas desencarnadas se empenharem tanto em voltar à Terra, quando mais amena e feliz lhes decorre a vida espiritual. Seria uma indagação bastante oportuna esta, pela sua razão de ser. Eu considerarei então como feita a indagação e vou procurar esclarecer o assunto. Começarei dizendo-vos que a vida das almas no mundo espiritual é uma vida de estudo e repouso, onde aquelas que já possuírem um ideal podem preparar-se para realizá-lo quando a oportunidade chegar. Esse ideal, entretanto, sempre se dirige a este plano físico, que é o plano das realizações materiais. As almas, por conseguinte, já possuidoras de certo índice evolutivo, entregam-se no Alto ao estudo e preparação de seus planos de realizações futuras na Terra, para quando puderem conseguir a oportunidade de reencarnar. Nisto se empenham, aliás, muitos milhares de almas mais e menos evoluídas, ao mesmo tempo em que procuram ilustrar-se através das grandes bibliotecas existentes no plano em que vivem.

Isto é em regra o que se passa com as almas desejosas de contribuir para o progresso terreno, para quando lhes surgir uma nova oportunidade. Se bem permaneçam no Alto milhões de almas desencarnadas há mais de um século, algumas das quais não cogitam de voltar à Terra tão cedo, em face das recordações que conservam de sua última estada neste plano, há outros milhões delas que outra coisa não desejam nem pensam que não seja uma próxima reencarnação. É que, decorridas algumas dezenas de anos do calendário terreno, do regresso daquelas almas ao Espaço, um desejo ardente se lhes apresenta de mergulharem novamente num corpo de carne para nova vivência na Terra, onde, segundo cálculos e planos pacientemente feitos, pensam e desejam dar um novo e grande impulso à vida terrena. Esta impressão se apodera muito facilmente das almas desencarnadas, em razão de terem passado a apreciar as circunstanciais que envolvem a vivência na Terra, do ponto de vista de sua visão espiritual. Realmente, uma alma desencarnada aprecia os fenômenos da vida terrena por um prisma que a transforma em aspectos aparentemente suaves e por isso fáceis de vencer. Isto se verifica em virtude de a visão espiritual abranger os fatos da vida terrena de uma maneira geral mais ampla e consentânea com as realidades idealizadas. O contato, porém, com essas realidades vividas no próprio ambiente, modifica-se sensivelmente, transformando completamente os planos pacientemente elaborados no Alto.

Vou tentar traduzir em palavras a razão desse fenômeno para vossa melhor compreensão. Quando a alma se encontra no seu plano de vida espiritual estudando, meditando e planejando sobre aquilo que pretende realizar na Terra, ela se preocupa fundamentalmente com a realização que concebeu com o fim de impulsionar o progresso da vida na Terra. Nesse trabalho paciente a alma se preocupa exclusivamente com os detalhes do seu plano, os quais aperfeiçoa e modifica segundo sua própria concepção e vontade, isenta, por conseguinte, da oposição ou resistência de outras Entidades. Uma vez, porém, mergulhada no ambiente terreno, já na posse de um novo corpo de carne, esta alma, animada dos mais elevados e justos propósitos, sofre as consequências peculiares da vida terrena, que são: primeiro o enfraquecimento do seu ímpeto de realizar quanto elaborou pacientemente no Alto, isto em face do olvido de quanto haja registrado na sua memória espiritual. É este um fenômeno até hoje invencível pela maioria das almas encarnadas: o esquecimento de quase tudo quanto registraram em sua memória espiritual, para realizarem na Terra. Em segundo lugar têm as almas encarnadas de vencer a resistência do meio terreno à realização de suas grandes ideias de contribuírem para o adiantamento do progresso do meio terreno. É frequente a manifestação de dúvida das almas encarnadas a respeito de um plano de realizações projetadas por outras almas no mundo espiritual,­ isto pelo fato de não se encontrarem aquelas devidamente preparadas para entendê-lo. Mas surge também a oposição de muitas outras almas, as mais das vezes por não serem seus esses planos, o que é muito comum em certas almas encarnadas.

Nada disto constitui surpresa para nós no Alto, conhecendo como conhecemos os variados segredos das almas encarnadas. Os fatos, entretanto, poderão modificar-se completamente, se as almas encarnadas empenhadas em realizar grandes ou pequenas coisas na Terra souberem apelar para quem possa ajudá-las eficientemente nos seus projetos. Sabendo as almas encarnadas quanto é diferente o ambiente terreno daquele que deixaram no Alto, em face da pressão vibratória peculiar ao ambiente material do plano físico, sabendo disto, e também do quanto este ambiente terreno é refratário à implantação das boas ideias, não terão mais a fazer para vencer em seus projetos, que apelar para o apoio das Forças Superiores. Se assim fizer, se souber invocar o apoio das Forças Superiores em favor de suas realizações, mas o fizer de coração puro, isento de ódio e malquerenças, poderá estar certa a alma que assim proceder, de ver concluído favoravelmente o que tiver empreendido de bom na Terra. O apoio das Forças Superiores terá o mérito de afastar das almas toda pressão vibratória negativa ou contrária aos seus empreendimentos, a qual, em certas circunstâncias, é capaz de anular a realização de belas coisas. É por conseguinte, do melhor alvitre, recorrerem as almas encarnadas ao apoio e proteção das Forças Superiores, sempre prontas e desejosas de ajudar as almas encarnadas que necessitem do seu apoio.

Em relação ao esquecimento tão comum nas almas encarnadas, daquilo que com tanto amor planificaram no Alto para empreender na Terra, há também um meio, um único e infalível meio, de poderem recordá-lo em sua memória física. Esse meio, eu já o apresentei em capítulo anterior mas é sempre bom repeti-lo aqui para sua maior firmeza em vossas mentes. O meio pelo qual todas as almas encarnadas podem recordar fatos e planos registrados em sua memória espiritual deixada no Alto, é a prece, minhas almas queridas. É a prece seguida da meditação que vos permite a todas penetrar no íntimo da vossa memória espiritual, e trazer de lá o que de importante tiverdes deixado nela guardado ao descerdes para a vossa vivência atual. E quantas de vós não terão deixado na memória espiritual, planos, idéias e projetos de importantes realizações na Terra, e aqui os olvidastes completamente. Procurai recordá-los então. Procurai avivá-los em vossa mente espiritual e transportá-los para a vossa memória física através da prece e da meditação, e talvez chegueis à realização de grandes coisas em vossa presente existência. Eu aqui vos declaro que em princípio nenhuma alma desce à Terra de mãos abanando, por assim dizer. Todas as almas que reencarnam são portadoras de algo que no Alto prepararam para realizar na Terra, e isso lhes valeu em parte a concessão da nova encarnação. Este princípio é obrigatório a todas as almas. As Forças Superiores que dirigem a vida terrena não concederiam a reencarnação duma alma sem que a mesma apresentasse os objetivos estudados e os planos de trabalho na Terra. Sem isso, minhas almas queridas, nenhuma alma poderá obter a desejada permissão para reencarnar. Por este motivo é que eu desejo insistir na necessidade de que todos vós, filhos e filhas que eu muito amo, vos empenheis em atrair da vossa memória espiritual os elementos que nela deixastes registrados ao partirdes para a Terra.

Imaginai-vos descendo um longo caminho entre o plano que deixastes no Alto e este plano terreno, portando delicada malinha debaixo do braço, na qual conduzistes vós todos os planos estudados e posteriormente aprovados pelas Forças Superiores, das realizações que pretendíeis implantar na vossa presente existência. Figurai então essa delicada malinha como sendo a vossa memória espiritual, e procurai firmar nela as vossas mentes, em seguida aos vossos momentos de prece e meditação. Fazei isto, minhas filhas e filhos queridos, mas fazei-o pondo nesse ato o interesse da alma antes que o do corpo, e certamente vos surpreendereis com o resultado. Se necessitardes de minha ajuda nesse ato que deve ser diário, bastar-vos-á chamar-me mentalmente, e eu vos ajudarei com a maior alegria. Se eu vos falo desta maneira, minhas almas queridas, é porque recebi instruções do Senhor Jesus, desejoso por sua vez de que realizeis já, a partir de agora, uma boa parcela do muito que no Alto vos comprometestes a realizar. Fazei isso, repito, e o Senhor vos recompensará em luzes, bênçãos e felicidade o que tiverdes conseguido realizar em benefício da coletividade.

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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