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por Nova Ordem de Jesus. 07/05/2016 - 12 min leitura
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Sede justos e não vos cegue a paixão em vossos julgamentos. O que é bom o é por si mesmo, pois obra é do Pai; o que é mau não deixará de o ser em sua mínima parte, apesar do beneplácito humano e das fórmulas com que às vezes se pretende substituir a virtude.
Se tiverdes prestado atenção, irmãos meus, à minha anterior comunicação, tereis compreendido quão fácil é confundir a paixão com a virtude, ainda quando a paixão possa arrastar aos piores extravios do espírito. Ai! pois, daquele que abandona o próprio raciocínio entregando-se ao impulso do cego fanatismo, porque para sua perdição caminha certamente. Que foi a morte de Jesus? Obra aziaga da paixão que fecha os olhos do homem à luz do raciocínio e faz insensível o espírito ante os lampejos da verdade. Que foram os mal chamados mártires do Cristianismo? — Vítimas, não estéreis, porque a abnegação nunca é estéril, porém desnecessárias, de seu próprio fanatismo e da cega paixão de seus vitimários. De um lado e do outro a paixão, ainda que sob diversos aspectos. Que foram as bárbaras e sangrentas guerras para a reconquista do que se chamou Terra Santa? — Foram o resultado das paixões enfurecidas, legitimadas com o nome de Deus, que jamais lançou o homem contra o homem em horrível mortandade, senão que, por boca do Messias, mandou-o amar a seus semelhantes e devolver bem por mal; legitimados sob o nome de Deus e sob a bandeira da mal chamada Igreja de Deus, disposta sempre a santificar o que aumentasse seu poderio e sua grandeza. Que foi o Santo Ofício, dos pretensos Vigários do “Manso Cordeiro”, e a Santa Inquisição? Foram as manifestações mais legítimas e boas para a paixão feroz assenhoreada das posições do poder, da paixão convertida em fanatismo e tomando o lugar da razão. Sede razoáveis, pois, irmãos meus, e jamais vos ofusque a paixão, porquanto o que é bom, bom é por si mesmo e sem violências; o que não é justo, inutilmente o legitimareis sob o império da força porque nada que seja injusto deixará de o ser pela convencional legitimação humana. Bem deveis entender que o homem nada pode tirar e nada pode acrescentar às leis de Deus que a própria essência da verdade e do bem formam. Assim, portanto, “com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos”, e como castigada é a igreja católica com a sua decadência e completo desprestígio a que vai chegando, pelo mau uso que dela foi feito com os meios de domínio e ensinamento que em suas mãos estiveram, assim vós também castigados sereis se abusardes, como às vezes o fazeis, do lugar vantajoso em que vos encontrais colocados ante os conhecimentos humanos, ante a lógica e a história, armas empregadas agora em vez de ferro, e que certamente melhores e mais duradouros êxitos alcançam nas guerras das religiões.
Não sejais, pois, injustos com os adeptos dessas já velhas religiões, se bem que de curta vida ainda, porém velhas quanto ao atraso de suas doutrinas com relação a muitas verdades perfeitamente conhecidas pelo homem e ainda desconhecidas ou negadas por elas, tais como: a igualdade perante Deus de todos os homens, sem eleitos e sem graça especial para ninguém; a pluralidade de vidas carnais e de mundos habitados; Deus eternamente igual a si mesmo e não diferente em personalidades, ao ponto de assumir uma delas, o filho, uma natureza finita e mortal; que cada espírito é filho de suas próprias obras, única maneira que permite existir verdadeira responsabilidade e verdadeira justiça na distribuição do prêmio e do castigo. Porém, ainda assim, apesar da desvantagem no atraso de suas doutrinas, é entre os católicos onde se notam os maiores esforços para aumentar o império do espírito sobre a natureza carnal do corpo; entre eles observa-se ainda a maioria dos que desprezam seus próprios interesses pelos interesses do próximo e dos que lutam e trabalham para desgastar as asperezas da pessoa humana, suas tendências para o predomínio bestial; dignificar o amor pelo respeito para o lar constituído; dar brilho, enfim, grandeza e elevação à alma humana, feita, a alma não o corpo, à imagem da do próprio Deus. Observai com sinceridade e discerni as cousas com justiça e vereis, como prova do que vos digo, que dos povos de onde desaparece o catolicismo, antes que as novas religiões tenham podido exercer a necessária influência sobre eles, a imoralidade aumenta, os crimes e os suicídios se multiplicam e a sociedade dá um passo para trás pelo caminho do torpe materialismo.
Muitas vezes o sacerdote católico tem-se levantado frente a frente dos potentados em defesa dos direitos do povo, ao passo que os ricos e os mesmos costumes sociais que deles sofrem predomínio, toda a sua influência derramavam aos pés desses mesmos potentados em defesa do que se chamou seus foros; a opulência, o fausto, a gente de distinção, como chamais aos homens que por seu dinheiro mais vivem com o corpo que com a alma, os bons costumes e até as leis, têm dado muitas vezes em apoiar o erro contra a verdade; mas tudo isto e quanto se fizer, nada tirará de sua maldade ao que é mau. Esses virtuosos sacerdotes, muito poucos certamente, que desafiando tudo, o ouro, as preocupações, a influência das maiorias, seus próprios interesses, as ameaças e até a legislação feita pelos homens do que eles combatem em defesa dos interesses dos deserdados e dos oprimidos, esses virtuosos sacerdotes, que assim entregues vivem ao serviço da verdade, ministros são realmente do Pai, porquanto obra do Pai é a que assim eles levam avante. Mas não é obra do Pai certamente aquela em que o mesmo clero católico vos brinda com frívolas formas em lugar da verdade que deveria ensinar, porém que desconhece pela cegueira em que caiu ao apartar-se dos simples e humildes ensinamentos do Messias. As mais das vezes, ou sempre, o dogma obscurece a inteligência desses seres tão grandes às vezes nas cousas da alma. Mistério a miúdo insondável, porquanto não pareceria possível que espíritos de luz, ao revestirem-se de um corpo material na Terra, percam seu são juízo a ponto de aceitar como verdades inquestionáveis, absurdos inadmissíveis ante a sã razão. Sucede portanto que, com grave responsabilidade para a igreja católica, as verdades mais fundamentais de meus ensinamentos vêem-se profundamente alteradas, até originarem-se conceitos universalmente opostos a elas e constituir-se um critério religioso que nem sequer relação remota guarda com o que Jesus inculcava; é assim que, aceita-se como boa a instituição da eucaristia e da confissão, quando a elas se opõe o espírito de meus ensinamentos; que consideram-se justas as chamas eternas do inferno, quando disse Jesus que Deus não quer a morte do pecador, senão que viva e se arrependa, “porque finalmente todos serão salvos”; dá-se por satisfeita, a crença imperante, com uma só vida de encarnação quando as próprias diferenças sociais e as diferenças de aptidões entre os homens, demonstram claramente que os que mais sofrem é porque maiores males terão ocasionado em uma existência anterior, e o fato dos nascimentos sucessivos foram por Jesus confirmados quando disse: “Em verdade vos digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino dos céus” e também: “Vos é necessário nascer de novo, renascer e tornar a nascer”. E também há grande diferença entre o que foi ensinado da religião, como elemento da alma e aroma do espírito que para Deus se eleva pela perfeição de seus sentimentos e pela adoração íntima e sincera do filho para o Pai celestial, e o que por fim resultou dos ensinamentos da igreja católica em que as formalidades e as convenções tomaram o lugar do que Jesus inculcara no ânimo de seus ouvintes. Do mesmo modo, com o chamado dogma da Imaculada Conceição tomou-se um fato falso e antinatural, em uma ordem de cousas em que o mau e o bom não existem, pois que trata-se simplesmente de fenômenos orgânicos, tornou-se como excepcional caráter de superioridade a errônea crença de que Maria pôde ser mãe sem ser esposa. Se tal fato tivesse sido possível e seu cumprimento certo fora, em que haveria avantajado a virtude ao que hoje é e em que teria sido superior a personalidade de Maria ao que hoje é? Por que confundis o que é do corpo com a virtude, que filha é do esforço do espírito?
— Estabelecei o domínio do espírito até onde alcance o do corpo, mas não maculeis os atributos da alma com as torpes materialidades da vida orgânica. O homem tem podido transformar em vício o que unicamente encerra os meios de sua renovação corporal, por meio da descendência, mas nada há nele que se refira propriamente à natureza superior do espírito. O dizer de virgindade, falando de virtudes da alma, choca ao espírito. Deixai, pois, ao corpo o que é do corpo e não rebaixeis as elevadas concepções da alma, que busca Deus, com as grosseiras manifestações do corpo que se arrasta no meio do cumprimento das leis que regem a sua evolução, como meio unicamente de progresso do espírito, mediante as vidas sucessivas no seio da natureza organizada, até chegar à conquista do seu caráter definitivo de espírito, que não precisa já da condição humana e não volverá portanto a um corpo para participar da vida intermediária entre o espiritual e o material. Crede, pois, que rebaixais vossa própria natureza com a virgindade ou não virgindade, porquanto é sempre grosseira a idéia, principalmente quando se refere ao que menos nobreza apresenta quanto à forma. Com relação ao objetivo, sabido é que a intenção sã tudo enobrece e os sentimentos nobres tudo elevam, mas não mancheis o ideal com o que somente é próprio da grosseira materialidade do organismo humano.1 Riscai, pois, as palavras virgem e virgindade no referente à religião para não rebaixar o elevado conceito desta.
Esta mensagem é parte do livro Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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