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por Nova Ordem de Jesus. 27/02/2016 - 14 min leitura
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Reconstrução do edifício terreno. — Prova de que a morte não existe. — Não há por que temer a morte. — Minha última existência terrena. — Difusão da doutrina espiritualista. — Exortação às almas encarnadas. — A Terra, escola e laboratório.
Os fatos que em breve se hão de registrar em toda a superfície do mundo terreno podem ser comparados aos trabalhos requeridos na reconstrução de grande edifício que se tornou inadequado à vivência de seus moradores, tanto em capacidade como em segurança. Os técnicos incumbidos de proceder à reconstrução desse edifício imaginário têm de promover, ou a sua integral demolição ou a parte que possa corresponder às necessidades de acomodação de maior número de moradores.
O que está em vias de execução na Terra, em grande parte se assemelha à demolição e reconstrução de edifício gigantesco ou uma série deles, com vistas à acomodação duma população algumas vezes maior do que a atual. Não será esta a primeira vez em que na Terra se processam melhoramentos de superfície, porque em verdade isto já tem acontecido em duas ocasiões no decorrer dos últimos doze milênios. Na fase atual, as modificações terão de ser bem mais profundas, em face dos planos elaborados no Alto, para a vinda ao solo terreno de alguns milhões de almas que necessitam de reencarnar para aquisição de novas e maiores luzes. E como as condições anuais deste pequeno mundo já não permitem a habitabilidade duma população maior do que a que aqui se encontra, o recurso único é proceder-se às necessárias adaptações do planeta. O que em consequência poderá suceder, e certamente sucederá até certo ponto, será a partida do solo terreno de maior ou menor número de almas que vivem tranquilamente a sua vida, mas isto apenas servirá para que todas essas almas alcancem prontamente um novo degrau da sua escala espiritual. Partindo do princípio de que ninguém se encontra na Terra em definitivo, por maior que possa ser o seu apego à vida terrena, facilmente se conclui que todos os habitantes do mundo terreno no momento que passa terão de regressar a seu tempo ao lar espiritual que deixaram no Alto.
Das observações que todos temos feito desde tempos imemoriais, concluímos invariavelmente pelo sentido de temor existente no íntimo das almas encarnadas, quando se lhes fala na sua partida da Terra, seja em que tempo for. Isto sucede exclusivamente em face do esquecimento em todas elas, do que conhecem da vivência em outros planos, nos quais a bem dizer têm permanecido muito mais tempo do que na Terra. E havendo esquecido tudo quanto se relaciona com a sua permanência no Alto, acreditam as almas encarnadas que o fenômeno da morte representa para elas o fim. Uma prova de que assim não é, ei-la aqui mesmo na redatora desta linhas, que viveu na Terra vezes seguidas em toda a sua existência de ser inteligente, e hoje aqui está para conversar com as almas encarnadas, tão estimadas, tão queridas do seu coração, que ela deseja considerar suas filhas pelo muito que lhes quer.
Efetivamente, a idéia da morte só atemoriza aqueles que não se tenham dedicado na Terra ao estudo das leis divinas, as mesmas em todos os mundos habitados, em virtude das quais todas as almas percorrem os caminhos evolutivos em todos os planos onde possam adquirir conhecimentos, luz e experiência. Isso de nascer, crescer, viver e morrer, é tão lógico e natural quanto o fato de amanhecer o dia, levantar, trabalhar e se deitar à noite para repetir o mesmo programa do dia seguinte. Este programa é, aliás, tão necessário às almas encarnadas como a alimentação para o corpo que possuem. Sem o período do repouso noturno nenhuma alma conseguiria manter-se no corpo, o qual depressa se esgotaria e pereceria. Da mesma sorte se passa com a alma ou Espírito. Durante o repouso do corpo entregue ao sono, a alma dele se afasta segundo os seus desejos e possibilidades, e vai ao plano que lhe é próprio, onde se encontra com outras almas amigas, parentes em muitos casos, buscando frequentemente soluções para certos problemas de sua vida terrena. No dia seguinte voltam as almas ao corpo, despertam-no e iniciam uma nova tarefa ou prosseguem na anterior. Isto pode ser considerado em perfeita similitude com a vida das almas em cada uma das suas encarnações, com a diferença apenas de que a formação de um corpo e sua preparação, para a vida, é bem mais demorada do que o simples levantar da cama todas as manhãs. Não há, por conseguinte, por que temer a morte, quando se sabe que por meio dela alcançamos belos Planos, onde a vivência das almas pode ser considerada cem vezes mais feliz do que a do corpo no solo terreno. Assim, pois, a minha palavra a todas as minhas queridas filhas e filhos ainda no corpo, é no sentido de que se libertem desse temor ainda tão comum aos encarnados, porque quando a Providência Divina determinar o regresso de cada uma ao seu plano espiritual, todas hão de poder cumprir o que ora lhes venho dizer.
Sem desejar voltar a escrever acerca da minha encarnação no século passado, pelas recordações melancólicas que o fato me proporciona, eu apenas direi que a chegada do último alento do meu corpo exausto de lutar para se manter constituiu para mim uma das minhas maiores alegrias. Eu tinha também e bastante acentuado o meu apego ao corpo, porque dele me utilizava para trabalhar e viver. Meu único receio consistia na eventualidade de me tornar possivelmente inválida e passar a dar trabalho aos outros. Mas isto só me acontecia nos curtos momentos em que a minha fé se enfraquecia, em face das circunstâncias que me rodeavam; logo, porém, o meu Espírito reagia, e eu então me interrogava a respeito da minha fé, e a mim mesma me censurava por esses momentos. Logo, entretanto, que a Providência Divina houve por bem me chamar de regresso aos planos de luz, harmonia e tranquilidade espiritual, desliguei-me do corpo cansado, e parti feliz de mim mesma, abençoando de todo o coração a lei divina que nos retira da matéria pesada que carregávamos, para um repouso merecido e jubiloso. Esta é em regra a situação e todas as almas que partem da Terra ao fim duma existência de trabalho e aprendizado, contanto que possam conduzir em sua bagagem, como eu pude conduzir na minha, os frutos luminosos de um labor dedicado o quanto possível ao bem do próximo. Eu, conforme escrevi anteriormente, dediquei minha última existência terrena à difusão da doutrina espiritualista, visando a iluminar as consciências menos esclarecidas. Isto eu fiz com tão profundo sentimento de amor nos meus trabalhos, que a minha palavra se impregnava deste puro sentimento, sendo por todos recebida com esse divino dom. Minha maior alegria consistia em receber notícias e declarações pessoais do efeito que minha palavra ia produzindo nos corações dos leitores, encaminhando-os para a luz espiritual. Ao chegar, porém, ao meu plano de vida no Além, foi que eu pude avaliar toda a extensão da sementeira de luzes que eu havia produzido na Terra.
Mas deixemos essas recordações em paz. Apenas aludi mais uma vez a elas para apresentar meu próprio exemplo, em torno da felicidade e bem-estar que no Alto aguardam as almas momentaneamente encerradas na carne. Se me permitis uma exortação a mais, esta será no sentido de que paralelamente às vossas atividades materiais destinadas à manutenção do corpo, vos dediqueis um pouco ao bem do próximo, da maneira que mais o possa beneficiar, que é o seu esclarecimento espiritual. A humanidade terrena encontra-se demasiado dividida em assuntos de fé e de crenças religiosas. Sem pretender levantar aqui a menor crítica que seja a qualquer delas, visto possuírem todas os seus fundamentos, eu direi apenas que um dos melhores serviços a serem prestados a todas as criaturas humanas do presente, consiste em as esclarecer acerca de sua natureza espiritual, e seu regresso a esse plano de vida quando sua hora chegar. É necessário ensinar amorosamente a todas as criaturas humanas que elas não são da Terra, que não vieram aqui para ficar, mas apenas para aprender a viver em harmonia com as leis divinas, em busca de maiores luzes para si mesmas. Há urgência mesmo em esclarecer até as mentes mais rudes, que o homem como a mulher são apenas Espíritos em passagem pela Terra, mas pertencentes a outros planos de vida, nos quais deixaram parentes muito caros e numerosos amigos que lá os aguardam no seu regresso. É necessário dizer ao coração de todas as criaturas humanas, qualquer que seja a sua crença religiosa, que todas são irmãs porque filhas do mesmo Pai Celeste, e que a Ele hão de voltar a seu tempo. Sendo, por conseguinte, irmãs todas as criaturas humanas sem distinção de raça ou de cor, motivos não existem para que se persigam ou se hostilizem, mas somente para que se amem, se estimem e se ajudem mutuamente em suas necessidades. É preciso dizer bem alto que ninguém se poderá proclamar dono da Terra ou sequer duma parcela da humanidade, porque sendo transitória a estada de cada criatura no solo terreno, outras também assim o disseram e se julgaram no passado, e todas essas seguiram o caminho que é único para todas as criaturas: os despojos para a terra e as almas para o Alto, de regresso ao seu plano espiritual. Ora, se assim é, porque esta é a lei universal e por isso cumprida em todos os mundos habitados, razões não existem para que as criaturas se possam julgar na Terra donas seja do que for, uma vez que não o são nem do seu próprio corpo.
Assim, pois, minhas queridas e queridos filhos que vos encontrais vivendo uma existência a mais na Terra, eu vos exorto a elevar os vossos pensamentos para o Senhor Jesus, e a Ele vos dediqueis, dedicando-vos ao serviço divino que é o esclarecimento dos nossos irmãos que perambulam como vós nestes tristes caminhos terrenos. Uma palavra de paz, de amor, de esclarecimento que dirijais aos vossos irmãos menos esclarecidos será um belo serviço que assim prestareis ao Senhor, ajudando-o em Sua tarefa super gigantesca de aprimoramento de todas as almas que o Pai Lhe confiou. A Terra, já o disse, é simplesmente uma escola e um laboratório de almas imperfeitas, que a ela têm vindo durante séculos em viagem de aprendizado. Muitos e muitos milhares de outras almas que aqui também evoluíram, ou se encontram no Alto em tarefas de auxílio ao Senhor Jesus, ou ascenderam à vivência em mais adiantados planos de vida, Muitas destas, contudo, preparam-se para voltar à Terra num oferecimento generoso ao Senhor, para implantarem neste plano terreno certos processos adiantados que aprenderam em outros mundos. Vê-se por este fato o quanto se encontra preparado para trazer à Terra em matéria de progresso de várias ordens, com o advento do novo século. Se, por conseguinte, alguns de vós, minhas queridas ou queridos filhos, fordes chamados de regresso ao vosso plano espiritual, podeis estar certos de que isso acontecerá exclusivamente para o vosso bem e felicidade, e jamais por motivo de alguma desgraça em que eu não desejo falar. Se tal acontecer, uma coisa apenas é mister que leveis no vosso coração e valerá por toda a vossa bagagem a certeza de que aqui viestes como autênticas criaturas de Deus, tendo estabelecido a mais sólida ligação entre o vosso e o coração do Nosso Amado Jesus. Isso vos basta, minhas queridas. Relede este capítulo antes de prosseguirdes, que algo mais nele encontrareis de muito útil para vós.
Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.
Esta mensagem é parte do livro Corolarium, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Corolarium. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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