Os verdadeiros interesses dos seres humanos - Corolarium Cap. XIV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 25/02/2016 - 14 min leitura
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Os verdadeiros interesses dos seres humanos. — Acontecimento de grande magnitude: a demolição de uma montanha. — Terremoto provocado pelo Alto. — Outro fato notável. — Pequena amostra do que poderá acontecer em breve. — A Providência Divina está sempre atenta às vossas rogativas.

As coisas que acontecem aos seres humanos na Terra são necessárias e úteis à vida e ao progresso de cada um. Essas coisas que por vezes os obrigam a reformular idéias e projetos têm o mérito de os encaminhar não raras vezes pela direção que mais convém aos seus verdadeiros interesses, que são os interesses do Espírito. Pode suceder mesmo que de certos fatos, considerados verdadeiro transtorno na vida dos homens, resulte numa situação de grande proveito que de outra maneira jamais se verificaria. Trazendo este ponto ao presente capitulo, eu desejo relatar alguns fatos ocorridos neste plano físico, bastante elucidativos para as almas encarnadas.

Vamos, pois, a esses fatos. Citarei em primeiro lugar o ocorrido na Terra há já alguns séculos numa região das mais adiantadas, cuja população, absorvida nas suas ocupações habituais, viu-se de repente envolvida em acontecimentos de certa magnitude, absolutamente imprevistos. As Forças Superiores que dirigem a vida e o mundo terreno haviam concluído pela necessidade de uma operação telúrica em certa região, com o objetivo de modificar a topografia da mesma, a fim de promover a demolição de uma elevação de grande porte que ali se erguia. Visavam as Forças Superiores com essa operação telúrica melhorar a topografia da região, tornando-a mais útil aos respectivos habitantes. Os trabalhos foram então preparados nesse sentido. Operários espirituais especializados mergulharam no seio da Terra até à profundidade necessária, e aí colocaram os elementos apropriados ao objetivo em vista. Isto feito, retornaram à superfície para demarcarem a área a ser atingida pelos efeitos das cargas postas na profundidade. Uma vez esta parte igualmente concluída, voltaram ao Alto, donde acompanhariam os efeitos do trabalho realizado. Passou-se um pequeno lapso de tempo, e eis que uma espécie de terremoto foi ouvido a grande distância, cuja população, tomada de pânico, se precipitou para fora de suas moradias a fim de pôr-se a salvo de possíveis consequências trágicas. Estas, entretanto, não se registraram senão em muito leve escala, principalmente nas moradias mais próximas do centro do fenômeno que a todos despertou. Passaram-se algumas horas e um segundo terremoto foi ouvido, agravando o estado apreensivo dos habitantes da região, como era natural. Aguardaram todos que outros tremores ocorressem, o que não aconteceu, e todos os habitantes regressaram aos seus lares bastante apreensivos com o que ainda pudesse acontecer. Tudo em redor, porém, permaneceu em silêncio, com alegria e tranquilidade para a população.

Para terem uma informação segura do acontecido, alguns habitantes da região resolveram transportar-se até às proximidades do local em que o fenômeno se teria verificado, organizando-se para isso uma caravana composta de pequeno número de pessoas realmente curiosas de conhecer a extensão do fenômeno e partiram para o local, situado a algumas dezenas de milhas.

Passadas pouco mais de duas semanas regressou a caravana bastante eufórica a relatar o que presenciara, e que lhe parecia quase inacreditável. Contaram então os caravaneiros aos habitantes do lugar o que haviam visto e admirado no ponto exato em que o terremoto se fizera ouvir, que aquela montanha que todos conheciam, erguida à margem do grande lago muito conhecido de todos, havia desaparecido, ou melhor, projetara-se dentro do lago, aterrando-o inteiramente. Contaram que o grande lago que conheciam, no qual costumavam ir muitos dos habitantes pescar em certa época do ano, não mais existia; fora inteiramente aterrado pela montanha derrubada sobre o mesmo. Havia agora no local, segundo relatavam, uma superfície imensa formada pela massa de terra e pedras da antiga montanha, na base da qual, diziam ainda, haviam surgido nascentes de água inexistentes anteriormente, a procurarem caminho. O relato dos caravaneiros despertou nos ouvintes desde logo idéia de tentarem utilizar a superfície aterrada do lago para a cultura dos alimentos necessários àquela pequena povoação, e, quem sabe, até servir a outras populações. Neste propósito outras caravanas foram organizadas e partiram para o local do fenômeno, a examinar a possibilidade imaginada. Passados alguns anos do acontecimento, uma pequena cidade surgiu nas proximidades do local onde antes havia um lago, estando a superfície aterrada pela montanha agora inteiramente preparada. A umidade permanente daquela superfície muito se adequara a determinadas culturas, muito bem aproveitadas pelos habitantes que para lá se transportaram, erigindo nas imediações uma vila que vem crescendo e prosperando com o decorrer dos anos.

Isto que aqui fica, relatado sucintamente, poderá fornecer-vos uma idéia dos recursos das Forças Superiores para promover no solo terreno as modificações que se tornaram necessárias ao conforto e bem-estar humanos. Esses recursos estão agora sendo utilizados pelas Forças Superiores na modificação de certas áreas do solo terreno, tal como no ato narrado, visando a oferecer maiores áreas à produção de alimentos para a população terrena em franco crescimento. No fato acima narrado, se desencarnações ocorreram foi em escala mínima, visto ter-se o mesmo verificado em local desabitado, como suponho. Nas modificações em curso, entretanto, poderão registrar-se desencarnações possivelmente em maior escala, dada a ocorrência de fenômenos telúricos nas proximidades, ou mesmo em locais densamente habitados. Importa pois, e principalmente, que todas as almas encarnadas estejam disto prevenidas, conforme vem sendo divulgado pelos mensageiros do Senhor, e se preparem devidamente através da prece, para a emergência em que poderão encontrar-se. O fato de virem a desencarnar prematuramente alguns milhares de almas em virtude de acontecimentos já esperados, apenas transferirá essas almas de um plano de lutas e provações constantes que é este plano terreno, para outro cem vezes melhor e mais tranquilo e feliz, onde todas se encontrarão em condições que na Terra não podem sequer imaginar. O que importa, devo assinalar ainda uma vez, é estarem todas as almas convenientemente preparadas moralmente para partir se o seu dia tiver chegado, sendo nesse caso conduzidas carinhosamente pelos mensageiros do Senhor encarregados dessa tarefa.

Em seguida eu relatarei outro fato relacionado também com as modificações em curso na Terra, igualmente uma pequena amostra do que muitos de vós ainda poderão testemunhar. Este ocorreu em certo local da superfície terrena, cuja população sofria muito frequentemente os rigores da seca. As débeis nascentes de que a população se utilizava minguavam sensivelmente sob os rigores do Sol e até cessavam de todo muito frequentemente, como disse. O núcleo de habitantes que dessas nascentes se utilizavam era bastante reduzido a princípio, mas foi crescendo com os tempos, tornando-se na época uma pequena cidade, cujos habitantes viviam da pequena indústria doméstica e dos trabalhos do campo. Para estes, então, o desaparecimento das nascentes com que contavam, é fácil de imaginar o enorme transtorno que lhes causava. Numa das épocas em que a seca mais se acentuara, deixando entrever até o abandono da região pela carência absoluta do precioso líquido, surgiu a alguém a idéia de se reunir a população diariamente em determinada hora no templo local a fim de, através duma rogativa em conjunto, implorarem a Deus um lenitivo para a situação aflitiva em que todos se encontravam. As opiniões divergiam apenas quanto ao objeto a pedir: chuva intensa era a idéia de alguns, a qual lhes devolveria as nascentes temporariamente. A outros melhor parecia suplicar a misericórdia divina, certo que Deus melhor do que ninguém saberia o que mais convinha. O virtuoso pároco local concordou com esta segunda idéia, esclarecendo que não se deve indicar ao Criador os caminhos do socorro, mas apenas suplicá-lo com fé, dado que Deus sabe melhor do que os homens o que realmente lhes convém. Foram assim realizadas reuniões rogativas no templo local, com entoação de hinos e cânticos sacros, rogando a Deus e ao Senhor Jesus a divina misericórdia para a situação deveras aflitiva em que se encontravam duas a três dezenas de milhares de seres humanos. Era de ver-se a profunda concentração daquela população no seu grande objetivo que era o socorro divino, o último recurso como a última esperança de sobrevivência para todos.

Os dias iam passando sem prenúncio de chuvas tão ansiosamente aguardadas pela maioria, como de outras vezes sucedera em situações análogas. Mas as esperanças e as reuniões rogativas continuavam no pequeno templo local. Sucedeu então este fato, ocorrido certa madrugada, derramando o pânico em todos os corações daquela gente boa, possuidora de verdadeira fé. Ouviu-se formidável estrondo ocorrido na profundidade do solo, fazendo estremecer a povoação. Todos os habitantes vieram em pânico para as ruas, a se indagarem mutuamente o que fora, o que seria aquilo, se não seria porventura a manifestação da ira do céu em face da insistência com que sua interferência teria sido invocada. Surgiram então, vindo dos arredores, as primeiras informações de moradores locais, cujas residências haviam sofrido duramente o impacto do abalo produzido no subsolo. Clareado o dia, resolveram os mais afoitos ir constatar pessoalmente o fato, a poucos quilômetros da localidade. Voltaram horas após, com esta importante notícia, a qual transmitiu a todos uma grande alegria: o que houve, foi um terremoto aqui bem perto. O estrondo fendeu a montanha rochosa existente nas imediações da localidade, e dela estava jorrando uma forte nascente, um pequeno riacho. Todos acorreram ao local, ansiosos por testemunharem pessoalmente a grande notícia. O fato era verdadeiro. O enorme estrondo que a todos despertara assustados tivera lugar no interior daquela montanha, dando passagem a uma volumosa corrente que já se espraiava pelas imediações em busca de seguimento. Era o atendimento do céu, todos diziam, às rogativas da população aflita. E o atendimento escolhido pelo Alto, era o que mais convinha às necessidades dos respectivos habitantes, por ser de caráter permanente, duradouro, permitindo-lhes utilizar agora o processo da irrigação das lavouras, em lugar de uma chuva ocasional que logo se perderia na superfície ressequida da terra. Para concluir a narrativa devo dizer que a Providência divina está de ouvidos permanentemente abertos às rogativas sinceras das almas viventes neste plano físico, dispondo de meios às vezes desconhecidos destas para as socorrer. A reunião de muitas pessoas, como no caso citado, para orarem juntas por um socorro providencial, conseguiu penetrar e romper as camadas atmosféricas que circundam o globo terrestre, e atingir as verdadeiras fontes do suprimento no Alto, atraindo providências que resultaram no atendimento aos rogos daquelas almas, e de maneira jamais esperada por elas. Positivado ficou através do fato narrado, o qual vós encontrareis provavelmente também narrado por emissários do Senhor, que a melhor se não a única maneira de obter do Alto aquilo de que porventura necessitardes, é fazê-lo por meio da oração sincera, uma prece partida do coração diretamente ao coração do Senhor, a qual será por Ele recebida e atendida no menor prazo possível, Orai, pois, orai muito, orai sempre, volto eu a recomendar-vos para obterdes aquilo de que necessiteis. É este um conselho que deveis conservar sempre presente na vossa memória. 

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha  própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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