Os deuses de antanho, pura imaginação fantasiosa - Elucidário Cap. II

PDF por Nova Ordem de Jesus. 14/01/2016 - 15 min leitura
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Os deuses de antanho, pura imaginação fantasiosa - Pequeno esboço histórico do progresso humano - Todos os homens são irmãos - Ninguém se encontra na Terra isolado - A ajuda dos Protetores espirituais - O valor da concentração mental

Os deuses imaginados, cultuados, venerados, durante milênios pelos povos que habitavam a Terra em muitos milênios decorridos, pouco lograram fazer no sentido de contribuir para que os seres humanos se dispusessem a palmilhar a estrada do seu aperfeiçoamento moral e ingressassem oportunamente em novas etapas de vida espiritual. Pouco fizeram, pois, os deuses imaginados pelos homens desse passado remoto, do qual quase não se tem notícia nem registro histórico nos dias que correm.

Os deuses de antanho, é preciso dizê-lo hoje, existiam apenas na imaginação fantasiosa dos viventes daquelas épocas de há muito já extintas, sendo hoje responsabilizados por quantos crimes se co­metiam contra a vida daqueles infelizes que se destinavam ao sacrifício para servir à gula e à ira dos deuses de então. Vivia a humanidade daqueles tempos um dos estágios bem primários de sua história, sendo certo que bem pouco lucrou no que respeita à sua evolução espiritual. Tudo mudou, porém, com o perpassar dos milênios, em que, em vez de progredir, quantos seres humanos regrediram em seu relativo progresso espiritual, indo e voltando ao mundo sabe Deus em que circunstâncias.

Passaram os séculos e os milênios num vaivém constante de lutas e sofrimentos de toda a ordem para quantos logravam per­missão para descer a Terra num corpo de carne, a fim de se empenharem sempre, uma vez mais, na lapidação do Espírito através dos sofrimentos em que era fértil a vida humana, muito mais no passado distante do que nos dias presentes. Muitos Espíritos realmente progrediram nessas idas e vindas constantes ao meio terreno, que assim se destacaram da média comum dos que se serviam da encarnação para expandir suas tendências inferiorizadas contra companheiros de jornada, e ampliar ao limite permissível sua ambição de poder e domínio sobre os seus semelhantes.

Para que possais fazer uma idéia aproximada do reduzido índice evolutivo dos seres humanos desse passado longínquo a que me venho referindo, bastará dizer-vos que não ultrapassava a taxa de dois por mil o número de Espíritos que ao regressarem ao seu plano espiritual, podiam registrar algum progresso em relação àquele possuído em sua descida à Terra. E sabeis, leitores, qual a classe em que essa taxa de progresso era registrada? Eu vos direi que jamais o fora nas classes dirigentes do mundo, entre as quais predominava, ou o estacionamento, ou se registrava a linha regressiva, pelas suas inúmeras atitudes e práticas contra os seus dirigidos. Entre estes, sim; entre os dirigidos, sobretudo entre os mais simples e humildes, era que se conseguia assinalar no plano espiritual algum índice de progresso moral, alcançado à custa do sofrimento, privações e lutas a que eram submetidos pelas classes dirigentes.

Este pequeno esboço da história do progresso evolutivo da humanidade terrena, eu o transporto para este trabalho com o objetivo de despertar no Espírito dos leitores um desejo de comparação entre aqueles tempos de antanho e os atuais, em que todos os homens e mulheres já alcançaram um elevado índice de progresso moral, e se encontram bem próximos da sua redenção espiritual. Para avivar um pouco a memória de cada um dos leitores, eu lhes direi que aqueles seres humanos de antanho, aqueles homens e mulheres que alimentavam em sua imaginação, adoravam e ofereciam sacrifícios a um grande número de deuses, não eram outros senão vós mesmos, leitores meus, transcorridos séculos e mais séculos de vossas vindas à Terra, sempre com o mesmo e único propósito: o vosso aprimoramento moral.

Pelo que fica dito, fácil vos será avaliar a extensão das vossas vidas vividas na Terra ao longo dos milênios decorridos, para ha­verdes chegado ao vosso nível atual de conhecimentos e comporta­mento em relação aos vossos companheiros de jornada. Quando a lei ensina que todos os homens são irmãos, porque filhos do mesmo Pai Celestial, não importando a filiação terrena, está tentando conduzir todos os seres humanos pelo caminho que os levará mais de­pressa ao objetivo milenar de suas vindas à Terra: sua redenção espiritual. O Senhor Jesus, a quem o Pai Celestial entregou desde o início os seres espirituais destinados a constituir a população da Terra, desde que esta pequena esfera se tornou apta à vivência humana, o Senhor Jesus tudo tem empreendido no sentido de proporcionar aos homens e mulheres terrenos a maior assistência espiritual a fim de que errem o menos possível em cada uma de suas numerosas encarnações terrenas.

Para vos esclarecer melhor em relação à assistência espiritual de cada ser encarnado, eu direi que ninguém se encontra na Terra isolado, que ninguém se encontra sozinho em momento algum, as­sim como nenhum ser humano pratica, pensa ou diz, seja o que for, que não esteja sendo observado e registrado pelas Entidades designadas para esse fim desde a primeira hora de sua entrada na vida terrena. Isto que aí fica é tão importante e tão útil ao progresso de cada ser humano, que deve ser divulgado o quanto possível, para que disso fiquem sabendo quantos possam imaginar que se encontram sozinhos onde quer que estejam, e aquilo que praticarem, pensarem ou disserem, ficará sepultado consigo mesmos.

Para esclarecer o meu pensamento vou apresentar-vos uma imagem que poderá ajudar a vossa imaginação, que é a seguinte: — Considerai que toda a extensão do vosso mundo não vai além de uma certa área, uma praça ou jardim toda cercada de tela ou vidro, fora da qual milhões de seres invisíveis para vós, cumprem a mis­são de observar e apontar o que os internados na praça entendam fazer, pensar ou dizer. Vós, que vos encontrais intra-muros da área que vos foi destinada, agis com a máxima liberdade de movimentos, pensamentos e ação; não imaginais entretanto, que todos esses movimentos, pensamentos e ações estão sendo meticulosamente anotados em vosso cadastro milenar para o devido exame no plano a que pertenceis. Da observação referida é que resulta a interferência extraterrena na conduta de grande número de criaturas, seja conduzindo-as a postos de atividade a que sua conduta possa ter feito jus, seja transferindo-as a posições inferiores àquelas em que se tenham demonstrado incapazes na execução de tarefas a que ha­viam sido conduzidas, ou seja, ainda, privando de certo conforto aquelas que dele se tenham demonstrado imerecedoras. É da observação em torno das atividades e do comportamento dos seres humanos, que o Senhor Jesus determina aos seus mensageiros na Terra, se conceda aquilo a que fizerem jus, jamais, entretanto, para o seu gozo e conforto puramente material, mas especialmente como meio de promover um maior índice de progresso para o Espírito.

Todos os viventes humanos dos dias presentes já têm conhecimento de que ao descerem à Terra para uma nova trajetória no corpo, trazem consigo um programa que prometeram cumprir durante a sua estada mais ou menos longa em contato com o solo terreno. Constam desse programa apenas os pontos fundamentais dos objetivos a alcançar pelo ser encarnado, todos eles formulados pelo próprio Alto, em confronto com o programa anteriormente cumprido ou não em sua precedente encarnação. A maneira de alcançar esses objetivos, os meios e modos de a eles chegar, são da exclusiva alçada do próprio ser encarnado, a quem cumpre utilizar conhecimentos, experiência e disposição para isso. Estes meios, que fazem parte do patrimônio de cada um, podem apresentar-se quantas vezes bastante fracos para determinadas tarefas relacionadas com os objetivos a alcançar. Isto pode suceder e sucede muito freqüentemente em face dos elementos materiais que pressionam constantemente as boas disposições do ser encarnado. O fato, porém, não é estranho aos protetores invisíveis dos seres humanos, os quais apenas aguardam um pedido de auxílio que eles atendem prontamente, para que os encarnados possam prosseguir no rumo de seus objetivos. Disto se deduz, por conseguinte, que depende unicamente dos encarnados a ajuda de seus amigos e protetores espirituais, no sentido do cumprimento de quanto no Alto se com­prometeram perante os dirigentes espirituais.

Necessário se torna, então, homens e mulheres da Terra, firmardes bem nas vossas mentes, a idéia de que não vos foi concedida a presente encarnação para o desfrute de quanto na Terra exista pura e simplesmente para o gozo das vossas matérias. É mister tenhais sempre presente em vossas mentes o compromisso anterior­mente assumido no Alto, de vos conduzirdes no plano físico de maneira a poderdes anexar alguns focos a mais à vossa luminosidade atual. Isto, já o sabeis, não se obtém no desperdício do tempo em atividades e práticas desprimorosas para o Espírito, quando visam exclusivamente à satisfação da matéria.

Para que todos vós, leitores, possais integrar-vos no sentimento do que realmente vos convém, em relação à condução da vossa existência presente, eu vos direi em seguida o que devereis fazer e que bem pouco vos custa. Sabido como é que o invólucro material consegue reduzir ou anular as melhores intenções do Espírito enclausurado, só existe um meio absolutamente eficaz de o Espírito (que é o ser inteligente a governar o corpo) poder entrar em contato com seus arquivos espirituais e neles buscar o reforço de que possa necessitar no cumprimento de seus deveres na Terra. Esse meio que não tem segundo, é a concentração, em momentos de tranqüilidade, naquilo que possa constituir o objetivo a alcançar, porque o estado de concentração escapa inteiramente ao envolvi­mento da matéria, proporcionando ao Espírito a aquisição de ele­mentos preciosos para o fim em vista. No estado de concentração mental é que os protetores espirituais dos seres humanos encontram oportunidade de comunicar-se com eles, período este em que transmitem aos seus protegidos as idéias apropriadas à realização de quanto os mesmos julgam adequado ao alcance de seus objetivos.

Dizendo concentração mental estou usando apenas um sinônimo de meditação, como sabeis através de outros ensinamentos espirituais. Apenas o termo concentração mental define melhor para certas criaturas o estado em que o ser encarnado entra em contato com o mundo invisível, ou mundo das causas, para muitos, enquanto o mundo terreno é designado mundo dos efeitos, precisamente porque, tudo quanto neste plano físico se positiva, foi primeira­mente engendrado — mentalizado — no mundo das causas. Isto é tão verdade, tão perfeitamente demonstrável, que, se cada um de vós se dispuser a mentalizar seja o que for, para o seu maior conforto e bem-estar, esse objeto mentalizado, uma vez consolidado no plano mental ou mundo das causas, logo se positivará na Terra, para satisfação do seu criador.

Assim pois, em relação ao progresso e bem-estar do Espírito, o estado de concentração mental deve ser praticado com objetivos elevados, seja em favor da realização de algo que possa beneficiar a coletividade, seja na aquisição de poderes e luzes para o próprio engrandecimento. Há necessidade de que todos os seres humanos se disponham a usar a concentração mental, primeiro como simples exercício, e em seguida como meio eficaz de modificar certas condições de vida em melhores e mais condizentes com as suas aspirações de seres mais prósperos e mais ditosos.

Não estou aqui pregando uma teoria própria porque a não tenho; estou apenas divulgando uma lei divina ao alcance de quantos desejem utilizá-la para melhorar as suas condições de vida. Esta lei diz-se divina por ter sido criada por Deus ao criar os mundos do Universo, e todos podem e devem invocá-la no seu próprio benefício. Esta lei tanto funciona para melhorar as condições ambientes de cada ser humano, como para proporcionar ao Espírito oportunidades de adquirir novas e maiores luzes. Para isso bastará entrar cada um no estado de concentração mental e pedir à lei aquilo que estiver em suas cogitações, com a simples condição de que a concessão do pedido não venha em detrimento do semelhante. Exercitai, caros leitores, o que aí fica, para a vossa maior felicidade e bem-estar espiritual.

Esta mensagem é parte do livro Elucidário, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Elucidário. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.

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