Origem das luzes e bênçãos que ornam a personalidade espiritual - Elucidário Cap. XIX

PDF por Nova Ordem de Jesus. 31/01/2016 - 14 min leitura
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Origem das luzes e bênçãos que ornam a personalidade espiritual - Aquisição do patrimônio material - O objetivo que preside à reencarnação - Conquista da consciedade espiritual - A cada um segundo suas obras - Quem com ferro fere...

As luzes e bênçãos, que ornam a personalidade espiritual das Entidades mais e menos evoluídas do Universo, têm todas a mesma origem que é o esforço de cada uma através de suas inúmeras encarnações vividas neste e em outros mundos de Deus. Não há no mundo espiritual um único ser que haja agregado ao seu diadema de luzes e bênçãos uma onça que seja desses divinos dons por com­pra, dádiva ou empréstimo de qualquer outro ser. Absolutamente, meus estimados leitores. As luzes que todos nós já podemos ostentar podem ser comparadas às lições da experiência; cada qual vai acumulando essas lições de conformidade com o grau de experiência que vai adquirindo ao longo de sua vivência nos diversos planos em que tiver sido chamado a viver. Da mesma maneira que a experiência nunca mais se perde, porque se incorpora definitivamente ao patrimônio dos Espíritos, as luzes e bênçãos conquistadas também à custa da prestação de serviços à causa da humanidade, nunca mais se separam daqueles que as conquistaram com seu próprio esforço e trabalho.

Isto constitui tão grande verdade que deve ser devidamente meditada pelos homens e mulheres viventes na Terra nesta fase de transição em que acaba de ingressar a humanidade terrena. As luzes e bênçãos, que todos haveis de observar em vosso próximo regresso ao vosso plano de vida espiritual, constituem, por conseguinte, o prêmio de muitas e muitas obras realizadas pelos seus portadores em milênios de trabalho, oração e meditação em torno da verdadeira finalidade da vida. É preciso frisar ainda uma vez para que bem gravado fique em todas as mentes, que a única finalidade da vida humana, outra não é senão a aquisição de maiores luzes e bênçãos para o Espírito de cada ser encarnado. Por isso é que todos nós que acompanhamos do Alto os movimentos, atitudes e pensa­mentos de quantos se encontram na Terra, muito lamentamos os desvios verificados na trajetória de muitos dos nossos irmãos encarnados do seu verdadeiro itinerário, para se jogarem não poucos deles dentro de precipícios que voluntariamente procuraram. É necessário que todos vos compenetreis desta grande verdade, para o vosso exclusivo bem e felicidade: os bens do mundo, assim como a fortuna e as riquezas, têm para quantos os reúnem, as recompensas dos esforços feitos, quando leal e honestamente feitos, porém se tornam completamente inúteis à felicidade do Espírito por ocasião do seu regresso ao mundo espiritual, com esta única exceção: quando esse patrimônio material puder servir para a prática de obras meritórias para o próprio Espírito. Só neste caso o ser humano terá conseguido contribuir para a própria iluminação. Porque, estimados leitores, a ideia que a quase totalidade alimenta, de preparar o futuro dos seus descendentes ao se esforçar na aquisição do seu patrimônio material, é uma ideia inteiramente desapoiada pelas Forças Superiores. Eu explicarei em seguida a razão. Todo Espírito que baixa á Terra, numa nova encarnação, já traz consigo todas as condições em que deverá cumprir mais esta trajetória ter­rena. Se dessas condições fizer parte a acumulação de bens, o enriquecimento, isso virá ao seu encontro porque as Forças Superiores colocarão essa criatura no caminho apropriado para os adquirir. Mas se, ao contrário, o encarnado necessitar de compor uma trajetória de condições menos propícias ao enriquecimento, porque tal situação se ajustará melhor às suas necessidades espirituais, então de nada lhe poderá valer o maior ou menor volume de bens havidos por herança de seus progenitores, porque as circunstâncias se incumbirão de diluí-los. Melhor será, portanto, agir cada ser humano de maneira a ter sempre presente a ideia de estar vivendo uma vida transitória, devendo por isso vivê-la mais com o pensamento voltado para o Alto, para Deus e Jesus, do que para as coisas materiais que lhe não pertencem, mas que apenas possuirá transitoriamente.

O homem como a mulher que se dispuserem a viver em tais condições, alimentando o contato permanente com as Forças Superiores, ver-se-ão tão largamente enriquecidos de paz e felicidade em seu coração, que nenhuma falta sentirão jamais do quanto lhes seja necessário a uma vivência tranqüila e próspera na Terra. Esta é uma lei espiritual que se cumpre em todos os planos do Universo. Cada ser espiritual que se encontra no mundo terreno, representa efetivamente um outro mundo completo, portador de todas as qualidades que lhe são inerentes. Ele apenas necessita de desenvolver algumas delas para se tornar cada vez mais dono de si mesmo, até se tornar completamente consciente no Universo. Esse é o objetivo superior que preside à reencarnação de todos os seres espirituais: tornarem-se de tal maneira conscientes dentro de si mesmos, que possam chegar — e chegarão inevitavelmente — a tornar-se deuses oniscientes, onipotentes e onipresentes, tais como o verdadeiro Deus que todos veneramos.

Para atingir a tão elevado grau, o homem como a mulher de­vem começar por se considerar desde já possuidores de todas as qualidades morais necessárias à conquista da sua consciedade espiritual. Iniciem então desde agora a prática mental de que são criaturas perfeitas na Mente Divina, possuidoras de quanto necessitem para nela se integrarem a seu tempo. O fato de começarem a pensar desta maneira, de que de nada necessitam do exterior para se tornarem donas absolutas de si mesmas, as criaturas já estão iniciando o desenvolvimento de determinadas células que lhes darão esse poder. Pelo desenvolvimento mental de que podem ser e serão efetivamente criaturas absolutamente conscientes no Universo, tanto os homens como as mulheres começarão a sentir-se como tais, o que quer dizer que se colocaram realmente nesse caminho.

Bom será esclarecer a propósito do que aí fica, que tanto o homem como a mulher que decidirem pôr em prática este princípio de consciedade como seres do Universo, sentirão desde logo uma notável modificação tanto de hábitos como de pensamentos. O senti­mento de consciedade de cada ser humano passará a operar instintivamente a correção de certos hábitos antigos até então inobservados como inconvenientes, mas que de agora em diante estarão sujeitos ao crivo do Espírito: os que forem inconvenientes ou prejudiciais a consciedade desejada do ser humano, o Espírito se encarregará de os afastar, o que equivalerá à retirada de obstáculos do caminho na direção desta grandiosa meta: a consciedade espiritual, já alcançada por muitos milhões de almas no Universo.

A segunda conseqüência a registrar por quantos se decidirem a alcançar a consciedade espiritual, é a que se relaciona com o fator pensamento. Efetivamente, o homem ou a mulher que, compreendendo toda a grandiosidade do que acabo de expor, se decidirem a alcançar a sua consciedade espiritual, sentirão dentro em pouco que uma força absolutamente nova passou a manifestar-se em si, nas suas vontades, nos seus gostos, nos seus hábitos e também nos seus pensamentos, o que não acontecia antes. A explicação do fenômeno é a seguinte, facilmente compreensível a todos: aqueles que assim se decidiram a empreender o caminho da sua consciedade espiritual, atribuíram com essa decisão uma força nova e pujante ao próprio Espírito, que passou desde então a viver a vida que lhe convém, a vida que veio realmente viver na Terra, que não foi absolutamente o gozo dos prazeres materiais que em nada contribuem para a felicidade do Espírito. A mente humana passará a admitir então somente pensamentos selecionados pela mente espiritual, afastando dela tudo quanto no campo mental se não harmonize com o objetivo visado pelo ser encarnado na mais perfeita harmonia com a sua Entidade espiritual.

E a oração e meditação serão ainda necessárias nestas circunstâncias? — perguntarão alguns leitores. Sim, é a minha resposta. A oração, como sabeis, tem o mérito insubstituível de estabelecer a ligação do Espírito com a Divindade, para o fim de receber através da corrente magnética que estabelece, vibrações de harmonia, amor e felicidade para o Espírito que ora. A oração tem também o mérito de eliminar do campo mental daquele que ora, todas as vibrações inferiores ou pejorativas provenientes da atmosfera terrena, as quais, de muito acumuladas podem provocar uma série de males à criatura humana. Quanto à meditação, creio não precisar de maior esclarecimento, quando sabeis que a sua virtude consiste em transmitir à Mente Divina aquilo que desejardes dizer-lhe, e dela receberdes em seguida o que houverdes solicitado. A meditação consiste, pois, no estado de comunhão do ser encarnado com as Forças Superiores, sempre atentas aos pensamentos e solicitações dos Espíritos encarnados no ambiente terreno. Conclui-se assim que a circunstância de qualquer de vós, estimados leitores, vos decidirdes a alcançar a vossa consciedade espiritual, o que vale dizer, preparar­-vos para ingressar dentro em pouco na elevada categoria de Espíritos Superiores, não impede nem cancela as vantagens ou virtudes existentes na prece e na meditação, as quais todos nós cultivamos empenhadamente como o mais precioso alimento do nosso Espírito.

Cultivar a consciedade, cumpre esclarecer, não significa traçar um roteiro de vida em que o homem ou a mulher se desinteressem dos seus companheiros de jornada terrena. Não, irmãos e amigos leitores. Cultivar a consciedade significa, antes, observar e ajudar no que puderem os semelhantes, sem, entretanto, incorporarem a si mesmos as mágoas ou infelicidades que afetem os demais. Devem socorrer os que necessitarem de socorro, aconselhar os que necessitarem de conselhos, minorar no que puderem situações lamentáveis que se deparem, sem se esquecerem, contudo, de que a cada um segundo suas obras, ou que cada um virá a colher aquilo que semeia. Não existem na Terra, como de resto em qualquer outro mundo evoluído ou não, infelicidades humanas provocadas pela ação de terceiros. Tudo quanto cada ser humano venha a registrar em sua vida, seja de bem ou de mal, de felicidade ou infelicidade, a causa exclusiva de tal fato ou situação, reside no próprio indivíduo que a sofre ou suporta. O terceiro, no caso, será apenas um agente providencial a deflagrar uma situação ou acontecimento de antemão preparado por aquele que os recebe. É a lei de causa e efeito em plena execução dos seus postulados milenares: aquele que com ferro fere, com ferro será ferido e nada mais.

Voltando ao assunto consciedade espiritual — para encerrar o capítulo, devo acrescentar aqui um esclarecimento. É que aqueles que se decidirem a empreender tal atitude, e a seguirem com verdadeiro amor, tratem de situar-se bem comodamente no solo terreno, porque muito poderá demorar a sua partida de regresso ao plano espiritual. Os noventa e tantos ou até os cem anos poderão decorrer na mais perfeita paz de Espírito na Terra para quantos exercitarem a sério a sua consciedade espiritual. É que a vida, quando vivida mais pelo Espírito que pela matéria, prolonga-se muito mais do que a vivida em contrário. O Espírito humano possui poderes de prolongar à sua vontade a vida do corpo que lhe pertence. Fica assim depositada nas mãos dos meus estimados leitores a facilidade de só encerrarem a presente encarnação quando não mais lhes aprouver à vida que estão vivendo nesta pequena esfera, e que, pelos cuidados que deu a construir, deve ser aproveitada ao máximo em prol do engrandecimento espiritual de cada um.

Esta mensagem é parte do livro Elucidário, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Elucidário. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.

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