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por Nova Ordem de Jesus. 11/05/2016 - 16 min leitura
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O Reino dos Céus sofre violências e somente os violentos entram nele.
Estranhas pareciam estas palavras de Jesus a seus ouvintes o mesmo que outras: “Eu não trago a paz, senão a guerra”, e isto é porque esquecem que não há paz sem guerras, nem vitórias sem violências.
Não são guerras e violências o que a verdade e o bem promovem, senão que em sua própria defesa se vêem estes obrigados a sobrelevarem-se mais; ai da virtude, quando em meio da perversidade dos homens carece de força para sustentar-se!
O universo inteiro move-se ao impulso das forças contrárias, que no mundo físico podem ser definidas como forças de atração e repulsão e no mundo moral, como o mal e o bem.
A luta é, pois, condição necessária da vida e tampouco há virtude sem esforços e sacrifícios.
Sem dúvida, a verdade vence sempre afinal e o bem chega a predominar sempre, e diversamente Deus não seria Deus, mas sim há de ser sempre mediante a luta e o trabalho.
É assim no mundo material como no dos espíritos. Bem equivocados estão, portanto, os que crêem que, mediante lutas temporais na Terra, podem conquistar a felicidade eterna no Céu! Grande é o dano que os falsos profetas e maus mestres têm causado à Humanidade devido à sua propensão de sempre escutar mais o mau que o bom, porém jamais deixou faltar Deus aos bons, um farol de bem definida luz para guiar com segurança seus passos pela senda que para Ele conduz, sendo que os próprios enviados para amparar o homem entre a escabrosa rota da verdade, fraqueiam as mais das vezes pelos estorvos e inúteis dificuldades com que lhe agravam e até lhe impossibilitam a marcha.
O homem é, pois, o único culpado de seu próprio estacionamento e da maior parte de seus sofrimentos que se derivam da falta de acatamento das leis com que Deus governa o universo moral.
Enviou entre vós a seu próprio filho para que abrísseis finalmente os olhos de vosso entendimento, mas foi desconhecido, escarnecido, torturado e morto, os poucos que deram ouvidos às suas palavras somente em mínima parte as compreenderam, transfigurando-as depois de tal maneira os que lhes seguiram que chegou-se a matar e incendiar em nome do humilde carpinteiro de Nazareth que palavras de vida e não de morte tinha trazido e como se pequeno tivesse sido seu martírio e o sacrifício de sua própria vida, deduziram-se estranhas teorias das simbólicas palavras pronunciadas na última ceia, derivando delas o festim de carne humana em que voltou a ser sacrificado e comido durante a missa, sob o símbolo eucarístico que o dogma converte em fato real. A este conceito errado e nocivo ajunte-se o mais prejudicial ainda do quietismo como finalidade do espírito que passaria à eternidade completa na estéril e incompreensível contemplação da face de Deus, formando-se com isto e o que disto derivou uma religião que se algum bem fez no meio do atraso e maldade humana, imensamente maior é o dano que a ela se deve, sendo seus piores vitimários os seus melhores cultores, como de momento a momento se observa com os que voltam dentre vós ao mundo dos espíritos.
O temor aos infernos, entre outras cousas, prolonga e faz mais dolorosas as enfermidades inevitavelmente mortais, vendo-se agonias terríveis no crente, que perdidas todas as suas relações com o mundo mortal, permanece ainda ligado à vida pelo horror à morte e às conseqüências que com respeito a ela sua religião lhe ensinou.
Observa-se aqui que por outro lado também os seres virtuosos que viveram dentro da prática austera do Catolicismo e que fizeram ao mesmo tempo todo o bem que puderam, se os vê aqui sofrerem cruelmente por sua incapacidade para a vida do espírito e clamam contra o engano de seus confessores, diretores e mestres, sem recordarem que ninguém sofre por culpas alheias, pois a justiça de Deus é inquebrantável, determinando a cada qual o que estritamente lhe corresponde.
É que estes seres fizeram o bem pensando na generosa retribuição que por ele receberiam no Céu.
Pensaram ver quintuplicados pelo Pai os benefícios por eles outorgados a seus irmãos e se encontram, em compensação, sofrendo sob o peso de sua incapacidade para a vida do espírito porque muito pouco e mal cultivaram seu espírito, que não pode dispor do que não alcançou por seus próprios méritos e esforços.
Os espíritos que são verdadeiramente virtuosos, que fazem o bem pelo próprio bem, apesar de sacrifícios e dissabores, são espíritos evolucionados já, que muito viveram, lutaram e aprenderam; a estes a felicidade espera sem demora na vida espiritual.
Tendes convertida a existência vossa em uma contínua mentira em que pareceis não ter outro objetivo que o de parecer cada um o que não é, diante dos demais.
Por isso, inúteis vos resultam vossas lutas, esforços e sacrifícios, porque mal dirigidos, eles não podem constituir elementos de progresso para vossos espíritos, que portanto voltam e vão do mundo dos espíritos ao dos homens e deste ao outro, milhares de vezes, assim, sem o menor progresso.
Fora da verdade tudo é estéril e a verdade é o bem.
Apressurai-vos, pois, porque a hora das responsabilidades é chegada e, embora tenhais que passar ainda por cima de horríveis transtornos, felicitai-vos os que sinceramente tiverdes entrado pelas vias indicadas por vosso Messias, que para maior claridade delas volta agora desta maneira entre vós, depois de haver mandado a Pedro, João, Marcos, Mateus e Barnabé, os quais haveis desconhecido, novamente no mundo dos espíritos de volta se encontram, Paulo também entre vós esteve mas desviado do caminho trocou a cruz pela espada, transtornando seu próprio progresso em lugar de adiantar o de seus irmãos! Tal é a cegueira que a matéria traz ao espírito do encarnado! Mas Paulo, que também entre os espíritos voltou, vendo e sofrendo as conseqüências de seu erro, arrependido e entristecido mas não debilitado, entre vós novamente se encontra para reconquistar o posto que ele considera ter perdido, apesar de muito ter feito também, sendo que as vias hão de ser bem definidas para que a meta se veja claramente explorada diante do obreiro da vinha do Senhor.
A ele sim, muito o tendes conhecido, porém nem sempre haveis deixado passagem livre às suas palavras, demasiado entregues à vida dos sentidos, vos assusta quando vos fala do além e não acreditais em suas recordações do passado.
Do muito que tinha que dizer, pouco falado, se bem que completamente para isso autorizado se encontra, porém muito pôde dizer a respeito da doutrina e com isto Jesus satisfeito está, tendo sido muito maiores seus esforços do que encarregado estava. O mais a seu critério e possibilidades fica confiado.
Jesus havia anunciado a seus discípulos que nos séculos dezenove e vinte faria sua reaparição na Terra, embora sob outra forma, quer dizer, medianimicamente acompanhado por eles e como quanto sua natureza de elevada espiritualidade lho consentisse, pondo-se em contato com os homens mediante a sensitividade de Paulo, pela qual salva tinha sido já sua doutrina, que, sem ele, quase desconhecida do mundo teria ficado, circunscrita unicamente na Judéia e regiões circunvizinhas.
Paulo, em comunicação com Jesus, então como agora, se bem que muito melhor agora, divulgou, dando-lhes também maior amplitude, aos ensinamentos do Messias, melhor preparados que os orientais para a nova forma de religião, não amalgamados já com as confusões, como o judaísmo, dos interesses e paixões humanas, para deslindar as cousas divinas das humanas, segundo já disse: “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”.
O costume hebreu, apesar de fazer depender das cousas do culto também as cousas humanas, buscava a supremacia religiosa também no civil, pronto a impor seu prestígio entre os cristãos que, como já em outra ocasião vos disse, haviam estado um tanto sob a influência de Tiago meu irmão, que professava o antigo culto, pois nada chegado havia a compreender do novo.
Esta foi a verdadeira causa das perseguições contra os cristãos porquanto, em verdade seja dito, os Romanos respeitavam todos os cultos e faziam respeitar a seus próprios súditos a religião dos povos que conquistavam; por outra parte, eu lhes havia intensamente recomendado que jamais pretendessem impor-se mas sim que se insinuassem pela simpatia ensinando o amor entre os homens, e fazendo todo o bem que pudessem em nome de Deus e de seu enviado Jesus.
Não se conformavam, porém, com aquilo os Cristãos, principalmente os que vinham a Roma desde a Judéia, pois que antes faziam alarde da grandeza da nova revelação e de sua superioridade sobre a religião do Estado e de seus falsos ídolos.
Desprezavam assim e insultavam as crenças dos que em sua própria casa os admitiam e deixavam exercer livremente suas práticas, chegando também, mediante sua assídua e audaz propaganda, a intrometer-se nas intimidades da vida dos Romanos, estes orgulhosos e convencidos de sua superioridade sobre todo o mundo, bem depressa respondiam com a violência à audácia desses desprezíveis e adventícios praticamente favorecidos nos trabalhos e ofícios mais humildes, até nas idéias e práticas do governo real pretendiam os cristãos fazer chegar suas opiniões e suas críticas.
Eis as origens das perseguições como do mesmo modo os primeiros passos dessa tendência avassaladora anticristã, que constitui a origem do que mais tarde foi o Catolicismo.
O reino dos céus admite violência, porém violência destinada a dominar os perversos, os avassaladores da verdade e da virtude, repelindo com a força as imposições da força do mal que pretende cortar toda a liberdade e o direito, para escravizar a Humanidade inteira sob o capricho dos viciosos e malvados, levantando o império das trevas acima do da luz, com cujos resplendores vem Jesus, em nome do Pai, iluminando desde já a Terra desde seus quatro âmbitos.
A história foi, pois, adulterada sobre este particular, pois unicamente os cristãos foram os culpados das perseguições de que foram vítimas, assim como foram eles próprios, conforme iam alcançando importância, que foram humanizando o que era divino, das cousas do Pai cousas de homens fizeram, resultando enganosa aliança, porque impossível entre os cristãos e o paganismo; quer dizer, entre o amor e a prepotência sanguinária, o fruto que conheceis e que sob o nome de religião encheu de horrores e ódios a Humanidade inteira.
Por isso volta o Messias com seus apóstolos para o restabelecimento do que se disse: “Ama a Deus sobre todas as cousas e ao próximo como a ti mesmo, esta é a lei e os profetas”. “Mas somente com a humildade não se alcançará a meta, armado e horripilante como o mal por todas as partes se apresenta.”
Todas as cousas, pois, hão de ser em seu tempo e oportunidade. Mal interpretaram certamente os que deduziram de meus ensinamentos uma religião de caráter passivo e mística contemplação, pois procurei sempre dar às minhas palavras um valor positivo, e se no ensinamento da fé e da oração, assim como na prática austera das virtudes que ensinei e que importam principalmente no sacrifício de si próprio em bem dos demais, quis ver-se tão-somente misticismo é porque os homens são cegos e ignorantes, porquanto a luz e a força do espírito importam no único caminho a seguir-se, a única forma e meio de desenvolvimento do ser para a sua vida eterna; o sacrifício pois, a dor com a fé e com propósito de bem, são o caminho para o progresso e a felicidade eterna.
A fé e a oração encerram em si mesmas uma grande força, como disto a cada passo tendes exemplos, e os estados de elevado misticismo colocam o homem ao alcance de forças ocultas, cujos efeitos apalpais a miúdo, em tais casos sem dar-vos conta do porquê, é que as leis de Deus contêm em si mesmas seu cumprimento do qual aproveitam os espíritos do bem, que por serem do bem chegaram às alturas da evolução e do progresso que sobre o indicado caminho se encontra.
Nisto, compreenderam bem meus discípulos os ensinamentos do Mestre, porquanto vidas de lutas e trabalhos levaram buscando o bem de seus semelhantes pelos meios que lhes indiquei, dando lugar muitas vezes aos chamados milagres que vós também produzis, nenhum de meus discípulos entretanto levou a estéril vida contemplativa que foi ensinada mais tarde como virtuosa por aqueles mesmos que chegaram a matar em meu nome, colocando a fogueira e o ferro aí, onde o Messias havia gravado as palavras: “Ama a Deus sobre todas as cousas e ao próximo como a ti mesmo, esta é a lei e os profetas”.
A fé e a oração sincera repartem entre si o estado de misticismo com o grande poder que lhes deu o Pai, um estado porém, um meio, não podem senão ser transitórios, jamais formam a base e a razão de uma existência, valem somente naquele momento e oportunidade, para seu elevado objetivo.
Se minhas palavras não lhes ensinou o meu proceder para com os escribas e fariseus, a maneira como tratei os mercadores do templo e a guerra que sempre fiz a todos os ricos e malvados, principalmente entre poderosos, demonstraram sobejamente que não baixou Jesus à Terra para estabelecer uma seita de rezadores.
De meus ensinamentos tudo deve ser tomado em seu lugar e em sua época.
Nada tenho que emendar do que disse, o crente deve saber quando deve apresentar também a face esquerda e quando deve açoitar os mercadores do templo, conquanto que o propósito seja sempre o bem de nossos semelhantes.
Esta mensagem é parte do livro Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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