O Importante Papel da Mulher - Vida Nova Cap. XXVIX

PDF por Nova Ordem de Jesus. 09/02/2016 - 13 min leitura
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Os homens que constituem a humanidade deste fim de século, assim como as mulheres a quem foram confiadas missões relevan­tes, sejam como esposas, mães e educadoras das gerações que despon­tam na Terra, têm todos uma série de importantes deveres a cum­prir perante Jesus Nosso Senhor. Cada um de per si tem à sua frente obrigações e deveres inerentes à sua condição atual de Es­píritos encarnados, os quais estão neste mundo a gritar-lhes ao co­ração pelo seu cumprimento. Homens que conseguiram edificar situações de prosperidade na Terra através de vários anos de incessante labor, com o único propósito de se tornarem ricos, poderosos, muitos deles olvidando por completo deveres espirituais imposter­gáveis, necessitam de estabelecer agora uma certa pausa na maneira de pensar e agir, a fim de se examinar detidamente. Necessitam, homens e mulheres da Terra, de se examinarem em consciência, para verificar se não terão olvidado aquele compromisso que assu­miram ao reencarnar, de se tomarem na presente encarnação uma espécie de novos mensageiros do Senhor, a pregarem a sublimidade do amor aos semelhantes como objetivo de sua própria evolução.

Bem sabe o Senhor Jesus que o meio terreno se encontra pe­jado de seduções a envolverem as almas, mesmo as mais experien­tes, conduzindo-as freqüentemente à prática de atos e atitudes que muito podem contribuir para a sua estagnação. Essas seduções, porém, não foram instituídas pela Divindade ao planificar as con­dições da vida humana na face da Terra. Foram instituídas essas variadas espécies de seduções pelo próprio homem, no desejo de atender às solicitações do instinto, quase sempre incompatíveis com os sentimentos do Espírito. Cabe entretanto aos homens deste fim de século a tarefa que Deus abençoará, de modificar a partir de agora tudo quanto em sua sã consciência lhes parecer contrário aos princípios que regem a vida moral na Terra, para que os prejuízos atuais não venham a transferir-se aos viventes do próximo século. Desejo frisar aqui que a grande maioria dos seres humanos dos dias que correm, é constituída de almas já bastante evoluídas em muitas existências vividas na Terra, tendo-lhes sido concedida a pre­sente encarnação com o objetivo especial de ajudarem a preparação do ambiente terreno para o advento do século que se aproxima. Desejo mencionar especialmente os homens com a idade atual dos  quarenta  anos  para cima e até aos sessenta, principalmente, como a geração incumbida de preparar o caminho aos mais novos, e seguirem eles mesmos por ele. Há necessidade, pois, em primeiro lugar, de muita harmonia nos lares, primordialmente entre o casal e depois entre pais e filhos. Para isso devem os pais proceder a uma séria revisão de sua maneira de viver e de conviver, conside­rando neste ponto o compromisso assumido no Alto com o Senhor Jesus, de aqui edificarem lares dignos de serem visitados pelo Se­nhor sem nenhum constrangimento. Foi isto feito, porventura? Res­ponderei eu que sim, num determinado número de lares onde o amor e a fé se implantaram no coração dos cônjuges. Isto tem sido constatado pelo próprio Senhor Jesus na visita que vem fazendo a todos os lares da Terra, precisamente para poder aquilatar do cum­primento ou não das promessas feitas no Alto. Lares existem, in­felizmente, e em grande número, onde o amor e a fé não conse­guiram estabelecer-se, prevalecendo à desarmonia, o desentendimen­to, e mesmo o desrespeito mútuo entre as suas colunas, dos quais não consegue o Senhor sequer aproximar-se.Disto resulta inevitavelmente um notável prejuízo para todos, tanto para o casal que assim vive, como para os seus descendentes que esperavam encontrar na Terra um ambiente tranqüilo, espiri­tualizado, onde pudessem desenvolver a formação de seus veículos físicos e prepararem o Espírito para o cumprimento de sua própria missão. Porque, não haja dúvidas: todos quantos presentemente se encontram encarnados na Terra são Espíritos missionários, tendo cada qual a sua tarefa a desempenhar.

Falarei a seguir do papel que incumbe à mulher desempenhar neste fim de século e de civilização. Compete à mulher em qual­quer setor em que se encontre, talvez o papel mais importante do momento que passa. A Natureza conferiu-lhe uma certa ascendên­cia sobre o homem, que eu designarei aqui como sendo a ascen­dência do coração. Trata-se de uma espécie de graça concedida pela Divindade à mulher na Terra, mediante a qual possui muito mais desenvolvida que o homem, a faculdade de implantar a har­monia em tudo em quanto deseje intervir.

No lar é sempre a mu­lher a autoridade sublime a impor-se pela brandura, pelo amor e pela fé, forças estas capazes de edificar a felicidade máxima onde quer que tentem edificá-la. Se ao homem incumbe por natureza a construção e a manutenção do lar pelo seu trabalho honrado, à mulher reservou a Divindade o poder de ligar pelo amor e a bon­dade os corações que o habitam. Como resultado duma atuação da  mulher em tais condições, têm o Senhor descansado horas bas­tante agradáveis em muitos lares terrenos, na peregrinação que vem realizando desde o início desta segunda metade do século em curso.

Infelizmente porém, também têm o Senhor deparado lares dos quais ausentou-se por completo a autoridade dos responsáveis, existindo aí uma situação de tal modo confusa, que os próprios Protetores espirituais consideram irremediável e altamente prejudicial aos Espí­ritos que neles encarnaram.

Em numerosos desses lares foi verifi­cado que o chefe da família, dominado por certos hábitos que se tornaram vícios, ou deixa de comparecer à refeição da noite, ou, quando raramente o faz, logo se ausenta para regressar horas tardas, invariavelmente abatido e até irado pelo insucesso colhido na sua distração dessa noite.

Outros regressam sob os efeitos do álcool em maior ou menor grau, mas sempre indispostos, fáceis de irar-se a qualquer fala sensata da esposa. Esta, de tão penalizada de sua própria existência, torna-se algumas vezes heroína perante as For­ças Superiores, se consegue carregar a cruz que recebeu nessa existência.E quanto aos filhos? Estes Espíritos que necessitavam de maior harmonia e entendimento de seus maiores para poderem desem­penhar suas próprias tarefas, abatem-se, entristecem e estiolam não raro energias de que necessitavam em sua vida, quando não se desviam também do caminho reto, ante o triste exemplo do pai. Desta maneira têm muitos Espíritos de escol deixado de executar tarefas na Terra a que no Alto se haviam proposto, com grave dano para si mesmos. A Justiça Divina é, porém, tão sábia e perfeita, que sabe bem responsabilizar os culpados de certos fracassos, no caso os responsáveis pelos lares nos quais a desarmonia e a incor­reção humana impediram o sucesso de seus descendentes. A mu­lher-esposa incumbe, por conseguinte, o papel de se tornar a repre­sentante material das Forças Superiores, empregando suas melhores energias e a suavidade máxima do coração, no sentido de imprimir ao lar o mais perfeito entendimento entre o seu e o coração do marido, como também entre aqueles que a Providência lhe confiou para receber e encaminhar na Terra, de cujo êxito participará como mãe amorosa e sua encaminhadora terrena.

Ocorrem sempre circunstâncias em que todas as recomendações acima parecem falhar em face de atos que podem positivar-se algu­mas vezes. À mulher-esposa, entretanto, como à mulher-mãe, abrem-­se todavia portas por onde a inspiração e o socorro podem chegar, e chegam realmente, visto não ocorrerem na Terra circunstâncias deconhecidas nem imprevistas pelas Forças Superiores que presi­dem a vida terrena.

Numa circunstância, portanto, em que a mu­lher-esposa como à mulher-mãe escasseiem forças espirituais ou ele­mentos materiais para manter ou implantar no lar de seu reinado a indispensável harmonia e entendimento, para que o amor e a fé ali se instalem ou permaneçam; para que isso aconteça, tem essa categorizada representante das Forças do Bem na Terra, unica­mente que se recolher à intimidade de um local que lhe pareça mais adequado e abrir o seu coração a Nosso Senhor Jesus, con­fiando-lhe a solução do problema em causa. Fazei isto, mães es­posas que vos deparardes com situações por vezes superiores as vos­sas próprias forças. Recolhei-vos ao local mais santo do vosso lar, vosso dormitório, por exemplo, e após uma prece sincera do vosso coração, rogai ao Senhor que Ele próprio se incumba de restabe­lecer, implantar ou manter a harmonia, o entendimento, o equilí­brio que devem reinar no vosso lar, e vereis com alegria como o Senhor Jesus ouviu e atendeu prontamente o vosso pedido. Con­vencei-vos, vós todas que viestes a Terra com a santa missão de esposa e mãe, de que trouxestes bem resguardada no âmago do coração uma faculdade sublime, que é a de ter vossos rogos em favor da paz, da harmonia e do entendimento, ouvidos e pronta­mente atendidos pelo Senhor Jesus. Quando a Providência Divina conferiu à mulher a luminosa missão de trazer a Terra os Espíritos do Senhor através da maternidade, conferiu-lhe paralelamente, en­tre outras, a faculdade de se tornar quando necessário, o fator da paz, da harmonia e do amor entre os semelhantes, e isto tem acon­tecido em todos os tempos a inúmeras figuras de mulher que pas­saram à história.

Sucede algumas vezes que o pedido venha a ser feito por alguma esposa ou mãe de quem se tenham ausentado aquelas condições que podem tornar sublime na Terra a personalidade feminina. Su­cede, por vezes, que a maldade que ainda se espalha pela super­fície terrena, tenha reduzido a autoridade de certas criaturas para se dirigirem ao Senhor, em face de algumas incorreções que por­ventura afetem a pureza do seu viver. Eu vos afirmo, porém, mi­nhas filhas, que não obstante, os vossos rogos ao Senhor, sempre que conduzidos nas asas da prece sincera do vosso coração, e que não visem jamais o que possa prejudicar a outrem, vossos rogos serão invariavelmente ouvidos e prontamente atendidos.

Eis o que me propus vir dizer a todos os homens e mulheres do momento que passa, atendendo com o coração em festa ao convite recebido do Nosso Amado Jesus. Escolhi um assunto que suponho não ter sido tratado ainda pelos Grandes Espíritos que vos falaram antes de mim, assunto este de cujo estudo e aproveitamento uma nova e imensa felicidade poderá resultar para os leitores e leitoras deste grande livro, talvez único na história da Terra.

Se entenderdes, vós todos que estas páginas compulsardes, de reforçar vossos rogos ao Senhor com um pensamento de auxílio ao autor deste capítulo, eu aqui me comprometo a colaborar na solução dos vossos problemas com a necessária permissão do Se­nhor. Aqui encerro pois este trabalho, uma tarefa que vim desem­penhar com grande alegria por ser da maior utilidade para todos. Utilizai então, sempre que precisardes, os préstimos do vosso irmão e amigo - FREI HORNHAUSEN

 

Not. biogr. — Um religioso que viveu na Alemanha há mais de quatro séculos. Não há registro do seu nome nas enciclopédias. Foi um grande ser­vidor do Senhor Jesus que se distinguiu pela sua sinceridade e humildade.

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