Mobilização Socorrista - Vida Nova Cap. XLII

PDF por Nova Ordem de Jesus. 13/02/2016 - 17 min leitura
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Havia em certa época da história do mundo terreno uma grande nação muito interessada no domínio das demais, e para con­seguir semelhante objetivo empreendeu uma grande campanha de suas forças armadas, que marcharam sobre os vizinhos mais fracos. A violência dos primeiros embates coroou de êxito o empreendi­mento, submetendo as nações menores ao seu domínio, e transfor­mando os habitantes em vassalos incondicionais e pacíficos dos seus interesses. A campanha militar prosseguiu durante vários anos, dando à nação conquistadora a sensação de absoluta segurança quanto ao domínio de suas irmãs mais fracas, visto como estas por si próprias nada poderiam fazer para se libertarem do jugo que lhes fora imposto pelas armas.Os tempos decorriam sem que se pudesse prever qualquer alte­ração no status quo terreno. No Alto, porém, as coisas se passavam de maneira diferente. Os Dirigentes Espirituais da Terra não se mostravam conformados com a situação imposta por meio da vio­lência, dos mais fortes sobre os mais fracos, movimentando-se as Forças Superiores no sentido não só de oporem um dique a vio­lência, como ainda preparar as coisas para a volta da liberdade aos povos caídos sob o jugo do opressor. Examinadas foram, por con­seguinte, todas as possibilidades desse objetivo, chegando-se por fim a conclusão de que somente por um movimento operado no subsolo, tal resultado seria possível, em face do poder guerreiro da nação conquistadora. Apurada meticulosamente a circunstância, or­dens foram dadas aos departamentos especializados, no sentido de que preparados fossem determinados acontecimentos, destinados à transformação das condições topográficas existentes na própria ca­pital da nação guerreira, reduzindo-lhe sensivelmente, não apenas o impulso conquistador como também as condições econômicas.Tudo preparado com esse objetivo, apenas havia a considerar por parte das Forças Superiores, a situação individual dos seres hu­manos que viessem a ser atingidos em suas vidas terrenas, organi­zando-se então, com aquela perfeição e segurança que preside a todos os empreendimentos levados a cabo pelo Alto, um serviço especial de socorro e atendimento a todas as almas que viessem a interromper a sua encarnação em meio aos acontecimentos em vias de realização. Assim se fez, mobilizadas foram alguns milhares de Entidades socorristas, prontas a entrar em ação ao primeiro fato verificado.Não me é permitido registrar aqui o nome da nação terrena em referência, mas todos vós que passastes os olhos pela história da Terra facilmente a identificareis. Algumas das suas cidades mais importantes miram por completo, ao abalo sofrido em conseqüên­cia das explosões verificadas na profundidade do subsolo, causando o pânico e mortandade nas populações, arrebatando-lhes inclusive alguns de seus dirigentes.

O fato produziu, como era esperado por parte das Forças Superiores, uma mudança radical nos intuitos guer­reiros em andamento, que tiveram de ser abandonados, assim como na própria economia, pois que, de nação rica e poderosa que era, viu-se transformada por completo, obrigada já então a apelar para a boa vontade e espírito de solidariedade daqueles povos que sub­jugara. Para concluir este relato sucinto, acrescentarei que a nação em referência, a partir de então jamais pensou sequer em tentar subjugar pela força ou não, povos pacíficos e trabalhadores a quem a Divina Providência destinou viver em pequenas frações deste pequeno mundo.Aludi a este fato histórico para apresentar-vos uma pequena idéia do que se encontra preparado no Alto para ser realizado na Terra neste fim de século, também por meio de operações na pro­fundidade do solo terreno. Conforme já estais perfeitamente escla­recidos em capítulos anteriores e nos livros do Irmão Thomé, de­vem ser realizadas modificações substanciais no solo terreno visando à encarnação no planeta de um número bem maior de habitantes do que os atualmente na Terra. Para que um número bem maior de habitantes aqui possa viver para estudar e progredir, há necessi­dade de contar com um volume de alimentos muito maior do que o atual, e para isso necessário se torna operar substanciais mudan­ças na topografia do solo terreno. Calculados e medidos os cam­pos atuais de produção de alimentos no mundo, serviço que foi há muito empreendido pelos setores especializados no Alto, chegou-se a uma conclusão desfavorável quanto à sua suficiência, havendo por isso necessidade de se operarem sérias modificações topográfi­cas. Tais modificações devem importar em alguns setores, na de­molição de montes, morros e montanhas, dando dimensões novas a numerosos vales hoje existentes, transformando-se desta maneira em campos férteis, regiões atualmente inadequadas a esse mister.A realização destas transformações do solo terreno será acompa­nhada de uma nova distribuição das águas indispensáveis ao traba­lho da cultura agrícola, assunto que foi também meticulosamente pro­jetado pelos setores especializados do Alto.Como não poderia deixar de ocorrer em face de tão profundas quanto extensas modificações a serem operadas no solo terreno, foi igualmente prevista a desencarnação em massa de almas viventes nos locais a serem beneficiados topograficamente.

E aqui reside por assim dizer, todo o objetivo da vinda ao ambiente terreno de grande número de Entidades por determinação do Senhor do Mundo, preocupado em que nem uma só se perca na imensidade do espaço cósmico quando os acontecimentos se sucederem. Deseja o Senhor do Mundo que encontre a seu lado cada alma desencarnada, uma Entidade socorrista pronta a recebê-la em seus braços o conduzí-la carinhosamente ao plano espiritual a que pertence, isenta de preo­cupações e sofrimentos. Esta é, sem dúvida, a parte mais cara ao Senhor do Mundo em todas as operações já em véspera de rea­lização; salvar para o seu coração e para Deus, todos os seres hu­manos que vierem a ser atingidos pelos acontecimentos. O Senhor deseja que, tal como sucedeu no passado aos habitantes daquela na­ção castigada por suas ambições guerreiras, nenhuma alma atual­mente na Terra venha a sofrer o menor abalo espiritual em face das operações transformadoras do solo terreno. Nossa vinda até vós é, pois, irmãos estimados, para dizer-vos estas coisas em letra de forma para que possais tê-las sempre presen­tes, e convidar a todos os terrenos da era presente a que meditem se­riamente em quanto deste livro consta, como a melhor maneira de poderem receber o necessário socorro no momento psicológico. Para os Espíritos atualmente encarnados, sobretudo para os maiores de idade, é do maior interesse cultivarem carinhosamente a idéia de que poderão ser chamados ao plano espiritual de um momento para outro. Este interesse, acreditai-me, deve superar aquele que vos é inato, de cultivar o engrandecimento do patrimônio material de cada um. Isto porque, quantos se dedicarem seriamente ao cultivo da idéia de uma desencarnação próxima, receberão em contrapartida, elementos que muito os ajudarão na parte material de sua vida.Isto  posto, apenas acrescentarei aqui uma informação a mais sobre aquelas que já conheceis através da leitura deste livro. O Senhor do Mundo acaba de enviar a Terra, distribuídas por todos os setores humanos, legiões e legiões de Entidades em condições de se tornarem conselheiros amigos para quantos emitirem pensamentos elevados e bons a respeito dos acontecimentos em véspera de co­meço na Terra, Entidades que antes se submeteram a uma prepara­ção adequada no mister de socorro e salvamento dos nossos irmãos encarnados. Estas Entidades estão munidas das necessárias instru­ções para acompanharem de perto os pensamentos e atos dos nossos irmãos encarnados, e bem assim de os registrarem fielmente para futuro exame no Alto, quando ocorrer o regresso de cada um ao plano a que tiver feito jus. Eu me explicarei. O plano ao qual são conduzidos os Espíritos que vão desencarnando na

Terra, está sem­pre em perfeita harmonia com o nível de suas vibrações mentais Assim, se um Espírito encarnado primou na Terra em cultivar pen­samentos bons, sãos, elevados, em relação aos seus irmãos terrenos, esse Espírito construiu uma categoria espiritual que se reflete em sua aura e o conduzirá instintivamente a um plano de vida no Alto, onde suas vibrações se harmonizem perfeitamente com as dos de­mais habitantes desse plano. Da mesma maneira, aqueles que pre­ferirem viver no solo terreno uma vida farta de gozos materiais, emitindo, em conseqüência, uma classe de pensamentos dessa cate­goria, a cessação da sua vivência terrena os conduzirá também ins­tintivamente, a um plano onde as vibrações dos seus habitantes se harmonizem com as suas. E como, no Alto não existem os gozos materiais nem a possibilidade de a eles voltar no ambiente terreno, o que sucede a esta classe de Espíritos é o arrependimento amargo do precioso tempo perdido, numa encarnação que tanto lhes terá custado a conseguir.Minha sugestão, meu conselho, meu pedido a todos os felizes leitores desta obra, é, portanto, de que todos figurem mentalmente a sua partida de regresso para a próxima semana, e tratem de se preparar desde hoje para essa viagem, assim como fariam se tives­sem de empreender uma viagem autêntica a qualquer parte deste mundo em que vivem. Em tal hipótese, o que faria cada um dos leitores? Sem dúvida pensaria nessa viagem pela manhã ao levantar, pensaria nela durante os dias que a antecedessem, e seus pen­samentos ao deitar todas as noites iriam igualmente para as várias coisas a providenciar a respeito da mesma. Pois, meus caros, a viagem de regresso de cada ser humano ao plano espiritual, deve ser encarada com maior carinho ainda do que aquela outra de que falei. Da viagem terrena, todos esperam regressar ao domicílio para a continuação dos seus afazeres e interesses; ao passo que a viagem de regresso é definitiva, com o abandono de quanto ficou na Terra. Eu perguntarei então, meus estimados irmãos leitores: qual das duas viagens requer melhor preparação? Aquela que empreendereis para regressar ao vosso lar, ou esta ou outra que vos condu­zirá ao plano de onde viestes à Terra, onde também deixastes um lar, um lar espiritual que também é vosso? A resposta impõe-se por si mesma. Toda a importância deve consistir, então para cada um dos viventes terrenos, em se encon­trarem preparados para viajar quando o momento chegar, e só o Senhor do Mundo o conhece. Preparai-vos então, atentamente, esti­mados leitores e amigos. Pensai nesta viagem também pela manhã, durante o dia e à noite, purificando o quanto possível a vossa ma­neira de viver, os vossos pensamentos, os vossos atos e, conseqüen­temente, as vossas vibrações mentais, para que, tão apuradas e puri­ficadas elas estejam no momento da vossa partida, que possam con­duzir-vos aos mais altos planos do mundo espiritual.Com todo o empenho e maior carinho, lá vos receberá e acomodará, este vosso irmão e amigo milenar de muitas passagens pela Terra, BARTOLOMEU DE GUSMÃO

 

Not. biogr. — Bartolomeu Lourenço de Gusmão — 1685-1724 —Inventor português da máquina de voar. Nasceu em Santos em 1685, irmão de Alexandre de Gusmão, que foi político e estadista português. Bartolomeu de Gusmão estudou no colégio dos jesuítas em Coimbra, onde recebeu or­dens de presbítero. Começou bem cedo a notabilizar-se pelos seus sermões, em que revelou gosto apurado na linguagem e bela dicção. Foi nomeado por D. João V capelão fidalgo da casa real, quando falou a el-rei na sua “má­quina aerostática” que era a sua invenção da máquina de voar. O rei inte­ressou-se vivamente pelo invento, custeando do seu bolso as despesas de sua construção, e concedendo a Gusmão o registro do privilégio. A primeira ex­periência teve lugar em 1709 no pátio da Casa da Índia perante el-rei, toda a corte real e grande multidão de assistentes, tendo a máquina do padre Gusmão subido suavemente e descido pouco adianta, arrancando aplausos da grande assistência, o que lhe valeu receber do povo o apelido de “Padre voa­dor”. A Inquisição, porém, passou a olhar o padre Gusmão como feiticeiro, só não o perseguindo desde logo devido à proteção real de que gozava. D. João V, como prêmio pelo invento, concedeu ao padre Bartolomeu de Gusmão o lugar de lente de prima de matemática da Universidade de Coim­bra, e fê-lo membro da Academia real de história portuguesa.Em 1711 el-rei encarregou o padre Gusmão de ir a Roma obter da Santa Sé o grau patriarcal para a capela real de Lisboa, o que, entretanto, ele não conseguiu. Bartolomeu de Gusmão era profundo conhecedor das línguas por­tuguesa, latina, francesa e italiana, conhecendo suficientemente o grego e o hebraico. Deixou várias obras publicadas, entre elas diversos sermões notá­veis. Em relação ao seu invento publicou: “Descrição do novo invento aeros­tático ou máquina volante, do método de produzir o gás ou vapor com que esta se enche, etc.” Publicou ainda: “Vários modos de esgotar sem gente os navios que fazem água”, e a “História do bispado do Porto”, tarefa de que o incumbira D. João V, ao nomeá-lo membro da Academia real de história portuguesa.

Mais tarde, no governo do marquês do Pombal, Bartolomeu de Gusmão voltou a ser acusado de feitiçaria, tendo sua prisão decretada pelo santo ofí­cio, mas conseguiu refugiar-se em Toledo, na Espanha, onde veio a desen­carnar na pobreza em 1724. A esse Grande Espírito pertence à glória da descoberta dos balões aerostáticos, precursores da aviação atual. Os despojos do padre Bartolomeu de Gusmão e os de seu irmão Alexandre Lourenço de Gusmão, desencarnado este em 1753, também perseguido por Pombal, chega­ram ao Brasil em 1966, sendo entregues à guarda do cardeal-arcebispo de São Paulo, D. Agnelo Rossi, para serem depositados no monumento erigido em Santos ao “Padre Voador”, o que foi feito.

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