Fervoroso Apelo aos Pais - Vida Nova Cap. XXXVI

PDF por Nova Ordem de Jesus. 11/02/2016 - 17 min leitura
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O Senhor do mundo terreno, designado para esse espinhoso posto de serviço à humanidade pela Misericórdia Divina, emanada do Criador e Animador do Universo, está dando começo a exe­cução de um plano de obras neste edifício terreno, a fim de pro­ceder a uma espécie de reconstrução do que se tornou obsoleto. Mas não apenas para renovar o que se tomou obsoleto se destina o plano já em começo de execução. Há necessidade de preparar o planeta para receber em seu solo um número de habitantes bem maior do que o atual, e para isso necessário se tomou reformar sua estrutura física, por meio de processos que escapam inteira­mente à capacidade de seus habitantes.

Já foi dito em capítulos anteriores que o problema alimentação é fundamental como parte do plano elaborado para a Terra, e real­mente o é, considerando-se a produção atual de alimentos em toda a superfície terrena. Mas não é apenas a este problema que as obras em começo de execução visam atender. O problema alimen­tação está estreitamente relacionado com vários outros igualmente muito importantes, todos especificados no plano elaborado no Alto para este fim de século.

O que diz respeito, por exemplo, ao desenvolvimento mental e cultural dos homens e mulheres do futuro, foi meticulosamente estudado, para que os Espíritos em vias de reencarnar já possam encontrar na Terra as condições indispensáveis ao cumprimento de suas tarefas. Considerando-se a necessidade existente, de que, cada ser humano dos anos próximos possua condições mentais, morais e culturais de um verdadeiro apóstolo do bem, e não se desvie desse caminho, como está acontecendo nos dias que correm a numerosos jovens que decepcionam pais e Protetores espirituais com seus lamentáveis desvios — considerando-se essa necessidade, operar-se-á em todas as regiões da Terra uma série de modificações que possibilitem tal objetivo.

O ensino escolar que vem sendo ministrado aos jovens atual­mente e desde séculos, peca pela falta do elemento indispensável da fé num Poder Superior ao qual o jovem saiba convictamente estar ligado, e de cuja fonte lhe advirão todos os sucessos que vier a alcançar em sua vida terrena. Este ensinamento, contudo, não deverá ser ministrado por meio de um cansativo exercício mental para decorar fórmulas religiosas, porque dessa prática muito pouco restará impresso no subconsciente dos jovens, precisamente porque o ensino lhes fora ministrado compulsoriamente.

O que acontece em virtude de semelhante prática é o que se verifica nos dias pre­sentes, em que os alunos, após vencerem o currículo escolar, ma­nuseando todos os tratados em que não existem alusões à fé como a maior necessidade do Espírito, alcançam o último grau da escala uni­versitária cercados apenas de convicções materialistas. Chamarei a este tipo de ensino presentemente ministrado aos jovens, um ensino sem Deus; e de um ensino sem Deus só podem resultar idéias mate­rialistas, inteiramente contrárias àquelas de que foram portadores os Espíritos enviados ao solo terreno.

Temos verificado no Alto muito freqüentemente, Espíritos que foram médicos se surpreenderem ao constatarem que ali continuam a viver sem o corpo físico que deixaram na Terra, quando, dizem eles, tendo pesquisado cientificamente a respeito da existência de algo mais além do corpo de seus pacientes, nada lograram consta­tar além da matéria. E como essa pesquisa negativa lhes tenha alimentado a convicção trazida dos bancos escolares, onde não se falava de Espírito nem de Alma a animarem os corpos humanos, esses médicos transpuseram as fronteiras do Além para aí recebe­rem com a maior das surpresas a prova de sua própria existência terrena animando o corpo por várias dezenas de anos. Outra tivesse sido a modalidade do ensino recebido desde o início, modalidade na qual se lhes ensinasse que o corpo por si só não tem vida, uma vez que esta pertence inteiramente ao Espírito, e mais: que a temperatura de um corpo humano é o reflexo da chama que arde no seu interior, ou seja a luz espiritual da alma que o construiu e habita, — se tal modalidade de ensino houvessem recebido esses irmãos que assim se surpreendem ao se sentirem no mundo espiri­tual tão vivos como quando se encontravam na Terra, decerto aí teriam alcançado mais alto grau de progresso espiritual em face desse conhecimento básico da fé.

Por esta razão é que as modificações a serem realizadas no pla­neta em que vos encontrais atualmente, não envolvem apenas a es­trutura física. É necessário implantar condições capazes de pro­porcionar aos Espíritos que se preparam para reencarnar, todos os elementos de progresso para si mesmos e para o próprio planeta. Este detalhe está sendo executado desde o plano espiritual junto aos Espíritos que se preparam para descer a Terra, onde ajudarão a construir o que necessário for a este objetivo, do qual deverá resultar para todos os jovens um interesse novo, palpitante, pelas coisas de Deus, mantendo seus Espíritos em permanente contato com os Protetores invisíveis para sua maior felicidade na Terra.

Isto que eu aqui vos anuncio muito sucintamente, representa boa parte dos planos elaborados no Alto para este fim de século. Nele se empenham numerosas Entidades grandemente evoluídas, algumas das quais estagiaram em planetas mais adiantados a fim de observarem os processos adotados em cada um deles. Do estudo e observações realizadas durante alguns séculos por delegação do Senhor Jesus, essas Entidades elaboraram os planos a serem apli­cados no vosso planeta, no que as circunstâncias permitirem realizar. Estes planos encontram-se desde muito concluídos e serão realiza­dos a partir de agora, como preparação das modificações a serem implantadas no solo terreno.

Do Alto temos observado com bastante pesar para os nossos Es­píritos, o que vem sucedendo a uma parcela da juventude atual, entre a qual se incluem Espíritos bastante evoluídos que vieram a Terra com a missão de realizarem coisas notáveis, mas que, à nossa observação parecem tê-las olvidado completamente, em face dos desregramentos em que tomam parte juntamente com elemen­tos ainda perturbados. Desse encaminhamento só poderá resultar o fracasso de mais uma encarnação, com grave prejuízo para si e para a coletividade que pretendiam beneficiar com suas idéias e realizações. Cabe aqui então, com o objetivo de salvar esses jovens enquanto existem possibilidades para isso, cabe aqui um fervoroso apelo a todos os pais no sentido de procurarem reconduzi-los ao caminho que vieram trilhar, o único que poderá levá-los a realiza­ção de sua missão na Terra. Este apelo é no sentido de que os pais, cujos filhos estejam enquadrados no que venho de expor, se disponham a orar por eles a Jesus, fazendo-o diariamente ao deitar, reunido o casal num só pensamento de ajuda e proteção, para que os jovens possam resistir às insinuações maléficas e se fortaleçam moralmente no sentido de suas missões. A concentração mental dos pais num pedido a Jesus em favor dos filhos que escolheram o seu lar para mais uma existência terrena, terá o efeito de um valioso impulso moral em favor daqueles filhos porventura desviados —dizeis transviados — e também de impedir que se desviem os bem encaminhados. Devo acrescentar aqui que uma bela recompensa aguarda no Alto os pais que na Terra assim se preocuparem com o encaminhamento dos filhos. Porque, nunca será demasiado repe­ti-lo, um casal de filhos de Deus que recebe em seu lar outros filhos de Deus para criar e encaminhar na vida terrena, está desempenhando uma tarefa das mais nobres e dignificantes que a Divina Providência costuma conceder àqueles nos quais confia. E da maneira pela qual se desempenharem  dessa tarefa, resultarão as mais largas messes de luzes e bênçãos para seus Espíritos, também vindas ao solo terreno com os mesmos objetivos.

Em seguida referir-me-ei a outro detalhe das modificações a serem implantadas no solo terreno em face dos planos elaborados no Alto. Quero ocupar-me do que se refere ao campo religioso da Terra, presentemente tão dividido e subdividido, muito se parecendo — permiti-me à comparação — a uma verdadeira colcha de retalhos. As eras primitivas legaram às gerações que as suce­deram um grande número de crenças e superstições que muito se ampliaram com o perpassar dos milênios, chegando-se ao estado atual da colcha de retalhos como espelho a refletir o número in­contável de religiões e crenças por todo o orbe. Esse espetáculo deverá modificar-se gradualmente a partir de agora, no sentido de que, partindo os Espíritos do mesmo plano espiritual, aqui se irma­nem também no mesmo pensamento religioso, sem as diferenças que hoje se verificam. Para a consecução deste objetivo, muito deverá contribuir o fato de se estar desenvolvendo por toda a parte o ascendente mediúnico em todas as criaturas humanas, do que resul­tará em todas elas a convicção de que a idéia espiritualista se impõe como a melhor forma de crença religiosa, se tomarmos a religião no seu verdadeiro sentido de ligação entre os dois planos, físico e espiritual, e portanto Religação. Com o desenvolvimento do ascen­dente mediúnico em todos os seres humanos do futuro próximo, terá cada um de experiência própria a convicção de que lhe será facultado receber diretamente de seus mentores espirituais as instru­ções de que possa necessitar, assim como terá ao seu alcance todas as possibilidades de se comunicar com os entes queridos que per­manecerem no plano espiritual. Este fato terá, por conseguinte, o mérito de situar cada alma encarnada em seu devido lugar, rece­bendo diretamente do Alto quaisquer respostas as suas indagações filosóficas.

Com isto não pretendo dizer-vos que cessarão na Terra as instituições religiosas atuais, sobretudo aquelas que prestam real serviço moral e espiritual aos seus adeptos. Absolutamente. O que deverá suceder será, antes, processar-se uma seleção automática entre as mais úteis pela eficiência de seus ensinamentos, segundo o agrado de cada um. Haverá aí uma tendência para o entendimento e a fraternidade entre os seres humanos, em face do reconhecimento da grande verdade que sendo Deus um só, e Nosso Senhor Jesus o Governador da humanidade terrena, melhor será colocarem-se todos sob a égide de Jesus, Mestre e Senhor de todos nós, seus discípu­los e guiados.

Os majestosos templos religiosos existentes na Terra, atestando em suas linhas históricas o reflexo da crença que lhes deu causa, deixarão de constituir-se departamentos estanques de determinada crença, para se transformarem em verdadeiros centros de irradia­ção espiritual de todas as raças presentes na Terra. Em determina­dos dias da semana ou do mês, tereis a ventura de presenciar a manifestação de Entidades espirituais que por ordem superior se apresentarão em forma visível nesses templos, e aí proporcionarão aos ouvintes os mais belos ensinamentos e conselhos espirituais para a edificação dos Espíritos presentes. Deixarão de existir então ca­tólicos, evangélicos, israelitas, muçulmanos, budistas, e outros e outros, para se harmonizarem todos sob o luminoso facho do Espiri­tismo, como a verdadeira, autêntica religião dos Espíritos de pas­sagem pela Terra.

Deixo nas linhas que venho de redigir a convite do meu amado Mestre e Senhor Jesus, matéria para as vossas meditações diárias, certos de que, tanto no que redigido fica como no que ficou nas entrelinhas, existe apenas o esboço do plano gigantesco porque imensurável, das modificações em princípios de execução no vosso jovem planeta. Vosso pensamento colherá muito maior número de informações e detalhes, se vos dispuserdes a meditar a sério no que se encontra em vias de implantação na Terra.

Com isto vos saúda mui cordial e fraternalmente aquele que passou pelo solo terreno numa de suas numerosas encarnações com o nome de - MAOMÉ

 

Not. biogr. — Maomé — 571-632 — (Em árabe Mohammed “o lou­vado”) — Fundador do Islamismo, a religião muçulmana. Nasceu em Meca, cidade da Arábia Ocidental, capital religiosa do mundo muçulmano, no ano 571 e desencarnou em Medina em junho de 632. Era filho de Abd-Allah, comerciante, e de sua mulher Amina. O pai de Maomé desencarnou pouco antes do nascimento do filho, e a mãe desencarnou pouco depois, sendo Maomé criado pelo avô paterno, Ab-el-Mottaleb. Desencarnado também o avô quando Maomé contava apenas doze anos, tomou conta dele seu tio Abu­Taleb, comerciante viajante, levando-o em suas viagens pela Síria.

Despon­tavam por essa altura as idéias religiosas do futuro Profeta, tendo o tio con­sentido em sua permanência de algumas semanas na ermida de um monge cristão de nome Bahira, onde o pequeno Maomé aprendeu as primeiras no­ções do Cristianismo. Aos vinte e cinco anos casou-se com uma viúva rica de Meca, de nome Khadidja, quinze anos mais velha, cujos negócios Maomé passou a dirigir. Nasceram desse casamento oito filhos, quatro rapazes que morreram na infância, e quatro moças.

Profundamente preocupado com os assuntos religiosos, Maomé tentava restaurar na Arábia o culto monoteísta que os árabes supunham ser a re­ligião de Abraão, quando, aos quarenta anos, apareceu-lhe o anjo Gabriel numa caverna onde costumava retirar-se para meditar. O anjo anunciou-lhe a sua missão. Maomé teve uma grande alegria, aumentada esta ao ver a sua missão logo aceita também por sua mulher e por alguns amigos, aos quais deu o nome de “muslin” — que confia em Deus, cujo plural passou a ser “muçulmano”.

Dedicado à conversão dos árabes ao monoteísmo, teve Maomé de sus­tentar acirrados debates em face da crença generalizada no politeísmo idó­latra, sendo por isso muito raras as conversões. A partir do ano 621 teve Maomé de se engajar em guerras seguidas, tendo numa delas sido obrigado a abandonar Meca para se refugiar em Medina, onde foi recebido festiva­mente pela população. Mas as lutas continuaram até que no ano 630 o Pro­feta apoderou-se de Meca e destruiu-lhe os ídolos. Já havia conquistado o Egito, o império grego e a Pérsia. Maomé desencarnou aos 61 anos de idade, vitimado por febre violenta contraída quando regressava de uma peregri­nação a Meca.

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