Discípulos e Apóstolos de Jesus - Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo - Parte II - Cap. IX

PDF por Nova Ordem de Jesus. 04/05/2016 - 11 min leitura
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Discípulos e Apóstolos de Jesus

Muitos começavam a ser já os que se intitulavam discípulos do NAZARENO e depois nazarenos se chamou aos partidários de suas doutrinas. Mas diferente cousa eram os que apóstolos se chamaram mais tarde, sendo destes, como já vos disse, Cefas e Simão, os dois primeiros; Tiago e João seguiram a estes, os quais em pescar ocupavam-se também, sendo pescador com eles seu pai Zebedeu, de quem a mulher tão cheia era de dons espirituais que teve a visão clara em seu coração do que tinha vindo restabelecer o Filho de Deus sobre a Terra.

Os apóstolos, escolhidos dentre os discípulos mais dispostos a abraçar a nova causa, vinham formar ao redor de Jesus uma nova família humana em que os laços efêmeros da carne substituídos se viam pelos mais sólidos e duradouros da fé e do amor. É por isso que dito foi (na ocasião em que a mãe e irmãos de Jesus foram procurá-lo entre os que o escutavam) “que a mãe, os irmãos, a família de Jesus eram aqueles que sua palavra ouviam e seguiam”. Assim, queria dizer que as relações e os elos da fé e da verdade  que de Deus vêm e do amor verdadeiro que é no Universo o mais puro, resultam muito superiores às uniões tão-somente filhas da carne.

Longe vos encontrais ainda, vós mesmos, de compreender todo o alcance destas palavras; porém, deveríeis ao menos compreender que nos laços de natureza espiritual vos elevais como espíritos acima da matéria, enquanto que nos laços de outro modo materiais (quando a carne só forma a família) ficais deprimidos como espíritos que vêm constituir a família sob a influência das atrações do organismo, e sob o mesmo regime de dependências que distinguimos nos animais.

Minhas distantes viagens deram ainda maior proporção ao desprendimento da família, que o devia necessariamente sobrepujar o sentimento do amor filial e do amor fraterno. Também era então a cidade de Tiro de muita e grande religião em seu culto e em sua filosofia, maior nomeada sendo já que Sidon nestas cousas e também em suas permutas de comércio e movimento de fabricação, que também em quantidade e diversidade se faziam para conduzir em embarcações aos mais distantes povos do outro lado do mar. Mestres não poucos eram que ensinavam doutrinas muitas vezes curiosas; outras vezes muito aproximadas do certo; mas a adoração do Pai, tal qual devia ser, ou sequer o conhecimento de um só Deus, como nas terras da Judéia persuadido era, não chegou aos meus ouvidos enquanto vivi nessas terras. De muitos deuses maior era a voz pública e com relação também a muitos deuses eram os ensinamentos dos públicos predicadores; um, entretanto, era em honrarias e louvores superior aos outros apresentado, sendo também voz geral o quanto pelo poder e dignidade mais elevada consideração lhe era devida. Este o deus maior em toda a nação parecia ser. O nome pelo qual o hei de designar, não o encontro no cérebro humano que serve de instrumento para minha nova manifestação entre vós. Nesses tempos cada cidade tinha seus deuses, da mesma maneira seu rei muitas tinham, formando governos distintos dos que noutras cidades governavam. Mas aos deuses principais eram tributados honras e oferendas em muitos lugares ao mesmo tempo, e ao deus principal de toda a região, seu maior templo, grande em verdade e ricamente ornamentado, em Tiro levantado era, e grandes cultos, continuadas honras, sacrifícios numerosos e grandiosas festas eram-lhe consagradas. Isto também, movimento e importância acrescentava à dita cidade. Mas, como já disse, ruído e aparência era, mais que outra cousa, a religião de quase toda a gente e a filosofia baseada se via em princípios vagos, confusos e muito contraditórios de um mestre para com outro mestre. Muitos afirmavam não existir sequer a alma, outros que de animais e homens e de homens e animais, as almas tinham nascimento, segundo o merecido em cada vida vivida entre os homens. Reuniões havia também de certos sacerdotes do Grande Templo, que designado era “O Templo”, onde doutrinas superiores ensinadas eram, segundo as vozes correntes, mas muito se guardou o ensinamento com referência aos conhecimentos profanos. Do que se dizia reservado para eles, era que havia um só Deus, porém, três entidades distintas o formavam; não pareciam três pessoas como dito foi mais tarde, e em verdade, o próprio Deus e as entidades direis vós também que pareciam melhor figuras alegóricas ou símbolos que pessoas.

Meu espírito, de antemão preparado já que missão de tanta transcendência do Pai trazia, nada a minha observação descuidava, de tudo tomando argumentos para meus ensinamentos mais tarde entre meus discípulos que muitos eram, ainda que nunca os mesmos, nessa querida cidade, de onde tão agradáveis lembranças levou. Até das púrpuras, de que tanta fabricação se fazia e tanto comércio para o outro lado do mar, tirava eu argumento, assim como de outros artigos para o luxo e vaidade destinados. Demonstrava-lhes quão pobre cousa é o apego que por esses meios se forma com a vida terrestre, a qual nada representa para o espírito, sim somente, quanto às obras dirigidas em sentido contrário, isto é, pela humildade e pela caridade. Minhas demonstrações chegavam a ser enérgicas e ardentes quando me detinha na observação de tanta imoralidade e de tão asquerosas chagas sociais como as que ocultavam essas púrpuras, esse ouro, pedrarias e todos os reluzentes atavios, feitos para simular o brilho que jamais brotara do antro escuro das asquerosidades humanas. Na mesma cidade de Tiro, alcunhada da religião, a vida, apesar do caráter benévolo de seus habitantes, era na sua generalidade licenciosa, se bem que Cidade Santa, como Jerusalém, na Judéia, era tida nessa nação opulenta. Havia contudo menos corrupção na gente média, e ao povo laborioso principalmente não faltava sentimento de moralidade, mas distinguiam-se principalmente pela simplicidade e afetuosidade de suas maneiras, assim como por sua hospitalidade, com o que feliz me havia sentido durante todo o tempo que durou minha estada entre eles. A atenção afetuosa com que escutavam a palavra do estrangeiro e a singela espontaneidade com que em grande número se reuniam a meu derredor, davam-me confiança para minhas manifestações. Assim, dolorosa tornou-se depois a separação do centro de adeptos que eu tinha formado aí. Mas há de convir-se, se bem não poucos quiseram seguir a Jesus para as terras de sua origem, que não era desse povo de onde poderia tirar os trabalhadores para a grande empresa de que se encarregara o Messias, que só tinha ido para essas regiões para melhor preparar, longe dos que muito de perto o haviam conhecido, o plano que deveria depois desenvolver nas povoações da Judéia e em Jerusalém principalmente, formando ela o objetivo final e verdadeiro de meu apostolado.

Segui-me, pois, para as povoações da Judéia, deixando de lado minha peregrinação pelas terras distantes dela, que não poucas foram na realidade as povoações, grandes e pequenas, que percorri nesta minha longa peregrinação; o essencial de minha obra e suas finalidades, repito-vos, que na Judéia encontrar-se deviam, pois era a região em que principalmente honrada era a causa religiosa e seus profetas; somente que tudo havia de ser em seu tempo. Assim também em seu tempo volto agora para restabelecer as cousas tal como elas foram ditas, as ditas; negar as não ditas; explicar as mal compreendidas e recordar as esquecidas.

Como dito está, Cefas, Simão, Tiago e João primeiros foram, dentre os que minhas palavras escutaram, em receber o nome de apóstolos, passando a participar das intimidades da vida de Jesus, formando com ele uma verdadeira família. Pouco a pouco aumentando foi a família com novos apóstolos até chegar ao número de doze que eram, como sabeis, além dos referidos, Mateus, Tomé, Tadeu, Judas, Bartolomeu, Filipe, Alfeu e Simão de Cananéia.

Eles, mais que ninguém, de perto e continuamente ouviam minha palavra. Nunca o ensinamento se interrompia, porque todas as cousas e todos os acontecimentos do dia motivo eram de observação para que resplandecessem perante eles as verdades do Senhor. A vida diária é grande livro para o estudo de Deus, a observação do povo, grande o é também e o exame da Natureza ainda é maior que eles. Assim, portanto, sem repouso, mas com variedade e amenidade, contínua era a instrução para meus discípulos, de maneira que breve lhes pudesse outorgar poderes para o ensinamento como recebido eu o havia do Pai. Ide, lhes dizia, e tende primeiramente fé, oração fazei-a também antes de toda a obra e com o pensamento em Deus descerrai vossos lábios em seu nome, e sua graça convosco estará. Falai com o calor que dá a convicção e a fé e vereis repetir-se com vós outros o que em volta de mim acontece, pois vos escutarão, vos seguirão e em grande honra também vos terão. Sede, não obstante, prudentes, porque a maldade e a inveja depressa levantarão contraditores contra vós e se fará maior a inimizade dos que não andam pelo caminho do Senhor contra quem encarregado vem para encaminhar por essa senda os homens. Assim lhes dava encargo a três juntos, e mais a miúdo a dois, para que ensinassem a nova doutrina aos que no campo ou em seus pequenos povoados moravam.

Antes da partida, recordava-lhes os pontos mais essenciais de meus ensinamentos e aconselhava-os quanto me era possível para que bem cumprissem o que encarregado lhes havia.

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