Como vivem no mundo espiritual as Entidades evoluídas - Corolarium Cap. XXIV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 05/03/2016 - 14 min leitura
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Como vivem no mundo espiritual as Entidades evoluídas. — Em que se ocupam elas? — Existem tarefas as mais variadas a desempenhar. — A preparação das almas que vão reencarnar. — Devem renunciar a toda espécie de violência.

Os fatos programados para acontecer no solo terreno, não obstante a sua magnitude, em face dos efeitos que devem produzir, não devem ser tidos pelos viventes do momento, como desgraça, infelicidade, ou outros sentimentos de tristeza. Absolutamente, queridos meus. O que foi programado para acontecer no mundo terreno, visa, antes de tudo, à maior comodidade e felicidade dos seus habitantes, e jamais o contrário disto. A circunstância de virem a desencarnar, possivelmente, algumas almas em consequência desses fatos, todas elas verificarão a seguir que sua desencarnação terá ocorrido para sua maior felicidade no plano espiritual ao qual ascenderam. Não há, por conseguinte, devo repeti-lo, motivo para apreensões, mormente por parte daqueles que de há muito se prepararam com sua ligação ao coração magnânimo do Senhor. Por isso é que vieram ao meio terreno vários emissários do Senhor a esclarecer as almas encarnadas acerca da necessidade de que todas se entreguem à prática da prece e da meditação antes de se deitarem. Este é o ponto fundamental de todo o trabalho de esclarecimento que vem sendo difundido no meio terreno, onde, infelizmente, ainda se encontram algumas almas inteiramente devotadas aos interesses materiais, e que por isso necessitam deste esclarecimento.

Isto posto, como assunto fundamental que é em todos os trabalhos de esclarecimento, eu passarei a tratar de outro assunto igualmente interessante e da maior utilidade para todas as minhas filhas e filhos presentemente encarnados. Tratarei então da maneira pela qual todas as Entidades evoluídas vivem no mundo espiritual, objeto certamente desconhecido de quantas almas vivem na Terra, olvidadas de sua memória espiritual. Em que se ocupam, pois, as Entidades evoluídas do mundo espiritual? Eu tentarei elucidar-vos a respeito, dizendo inicialmente que todas elas trabalham bastante tanto ou mais do que se na Terra se encontrassem.

Existe no Alto uma perfeita organização incumbida de distribuir tarefas às diversas categorias de almas viventes no respectivo plano, de maneira a que todas possam empregar utilmente o seu tempo, alcançando, em consequência, novas e constantes luzes. Incumbe então às Entidades mais evoluídas supervisar o desempenho das tarefas distribuídas às almas que desejam trabalhar, ajudando-as também, quando necessário, o que sempre acontece. E quais são essas tarefas? — podereis perguntar-me. Eu esclarecerei, em resposta, que existem no mundo espiritual, tarefas as mais variadas à escolha das almas que  desejam desempenhá-las. Há, por exemplo, a tarefa de ensinar as almas menos esclarecidas, as almas ainda bastante jovens, tal como se crianças fossem na Terra, embora já aqui tenham vivido várias encarnações. Trata-se de almas provindas recentemente de mundos inferiores a este, e portanto, portadoras dos hábitos e sentimentos peculiares aos mundos donde vieram. Estas almas são, então, internadas em estabelecimentos de ensino algo semelhantes aos que aqui existem, onde passam a receber ensinamentos que as esclareçam devidamente a respeito dos métodos de vida aos quais estão sujeitas desde que ingressaram  no ciclo de vida terrena. Esta espécie de tarefas é desempenhada principalmente pelas Entidades de maior evolução, cuja luminosidade elas irradiam sobre suas alunas para que melhor possam entender e assimilar os ensinamentos que lhes são ministrados. Como é fácil de compreender, as almas que  ingressam constantemente no ciclo de vida terrena, assim denominado este plano físico e os planos espirituais correspondentes, vêm bastante sobrecarregadas de exterioridades materiais que podem ser comparadas às camadas de carbono que recobrem as diversas preciosidades do vosso mundo, necessitando passar pelo processo de lapidação a fim de poderem ostentar toda a sua luminosidade. O processo de lapidação, porém, das almas recém-vindas de mundos inferiores, só pode ser realizado neste plano físico em contato com os diversos meios de vida peculiares a esta esfera. No Alto, contudo, estas almas são submetidas a uma preparação moral mais ou menos longa, durante a qual recebem ensinamentos que deverão utilizar em suas encarnações no meio terreno. Desejo assinalar, então, que nem todas aquelas almas jovens necessitam de permanecer o mesmo lapso de tempo internadas nos estabelecimentos de ensino. Acontece muito frequentemente verificar-se um tão rápido aproveitamento dos ensinamentos recebidos, que verdadeiramente surpreende, muito agradavelmente, aliás, às Entidades mentoras. Verifica-se então este fato bastante curioso enquanto numerosas daquelas almas se demonstram pouco mais do que impenetráveis aos ensinamentos recebidos, outras almas de sua categoria, recebendo os mesmos ensinamentos, apresentam excelente aproveitamento, sendo então selecionadas para encarnarem na Terra.

Existe nisto um certo fenômeno que todos apreciamos estudar, que é o seguinte: se todas aquelas almas ingressaram  juntas no ciclo de vida terrena, e juntas viveram milênios no mundo donde provieram, como explicar o fato de algumas delas se demonstrarem possuidoras de faculdades assaz desenvolvidas e rapidamente aprenderam ensinamentos que outras levam séculos para assimilar? O fato tem despertado a observação atenta das Entidades mentoras, tendo sido pesquisado através do estudo das origens daquelas almas. Já se chegou, então, à conclusão de que, mesmo pertencentes aquelas almas à mesma onda de vida no mundo em que viveram, lutaram e progrediram em milênios de milênios, algumas delas se destacaram intelectualmente do grupo por meio do esforço próprio, enquanto as demais se deixaram conduzir pelas circunstâncias. Provado está, por conseguinte, que a alma humana tem possibilidades de avançar mais rapidamente na senda evolutiva, se nisto empregar esforços e determinação, podendo assim encurtar de muitos séculos a sua chegada onde outras só muito lentamente chegarão. Provado está, por conseguinte, filhas e filhos a quem muito estimo, que aplicado também na Terra o princípio do esforço próprio, que é o princípio do querer é poder, também podereis todos vós encurtar de muito a vossa caminhada que há longos, longos séculos, empreendestes.

Voltemos, porém, ao princípio deste relato. Uma vez constatado o aproveitamento demonstrado por certo número de almas internadas nos estabelecimentos de ensino acima referidos, são estas almas transferidas para estabelecimentos de nível mais adiantado, onde travarão conhecimento mais íntimo com o que necessitam de saber a respeito da vivência de todas as almas pertencentes ao ciclo de vida terrena. Em os novos estágios dessas almas, são-lhes ministrados ensinamentos relacionados com as qualidades morais a serem desenvolvidas no interesse de cada uma de cujo desenvolvimento resultará a própria felicidade, paz e harmonia em suas vindas ao plano terreno. É lhes ensinado mais ou menos demoradamente segundo a capacidade de assimilação de cada uma, que um dos princípios fundamentais a serem praticados na vivência terrena é o respeito aos direitos das demais almas encarnadas, e bem assim a tudo quanto a outrem pertença. Da perfeita compreensão destes princípios de ordem moral é que resulta o perfeito entendimento, harmonia e felicidade das populações terrenas, das quais aquelas almas deverão fazer parte mais cedo ou mais tarde.

Outro ponto capital dentre os ensinamentos ministrados no Alto às almas em estágio de aprendizado, é a inviolabilidade do ser humano na Terra. Este ponto é assaz repisado em face das práticas da violência à qual se habituaram nos mundos onde ainda impera a lei do mais forte, em virtude da qual os choques e as lutas individuais se repetem quase diariamente. É lhes ensinado então, com a mais segura argumentação, que o fato de algum ser humano atentar contra a integridade física do seu semelhante, constitui o mais grave dos crimes, de dolorosa expiação. Explica-se-lhes amorosamente ao longo do estágio de internamento, que o sangue que circula no organismo humano constitui preciosa dádiva do Criador à humanidade encarnada, e que por isso incorrerá em grave infração às leis divinas aquele que ousar derramar uma gota que seja desse precioso fluido, causa e alimento da própria vida. É de ver o espanto, a admiração daquelas almas primárias ante o ensinamento supra, acostumadas como, estavam quase todas, para não dizer a totalidade delas, não só a derramar o sangue dos semelhantes por motivo de somenos, e, o que é mais grave, à consumação dos despojos. Em face, pois, do ensinamento ministrado por seus mentores, da grave infração às leis divinas contida nessa prática, muitas daquelas almas se demonstram horrorizadas em terem praticado não poucas daquelas infrações nos mundos donde provieram. Explica-se-lhes então amorosamente, que em seus mundos anteriores tal falta não acarretava a mesma responsabilidade que no mundo terreno, onde o respeito à integridade dos seres humanos é condição precípua para aqui encarnarem seguidamente as almas em busca de progresso espiritual. Desta maneira é que são preparadas longamente no Alto as almas que obtiveram a sua promoção à vivência na Terra, da mesma maneira que as viventes presentemente neste mundo terreno, serão também esclarecidas ao  ingressarem proximamente em mundos mais adiantados.

A circunstância, pois, de ainda se praticarem homicídios, latrocínios e outras infrações às leis morais, explica a existência neste plano de almas ainda pouco desenvolvidas, dentre aquelas que no Alto receberam os ensinamentos referidos. Uma alma possuidora mesmo de mediana evolução já não pratica as infrações apontadas acima, não propriamente temerosa de ação da lei civil, mas principalmente porque isso lhe repugna fundamentalmente em face da luz espiritual que possui, alcançada ao longo de vidas e vidas de lutas e sofrimento. Desta maneira, identificareis nas criaturas que ainda se entregam à prática de determinadas infrações às leis morais, que são as leis divinas, almas em princípio de evolução quantas delas ainda em fase primária, devendo seus feitos condenáveis ser atribuídos principalmente ao seu atraso espiritual, como almas ignorantes que ainda são dos princípios divinos que regem a vida em todos os mundos.

Aqui eu desejo sugerir-vos a todos, filhos e filhas a quem muito estimo este verdadeiro ato de caridade, que novas luzes atrairá para os vossos Espíritos: orai pelos nossos irmãos infratores das leis divinas na Terra, que são os criminosos de todas as categorias. Orai por eles em vossos momentos de prece, implorando luzes para o esclarecimento de suas almas, a fim de que, uma vez esclarecidos, eles não apenas se arrependam do mal cometido, como também se elucidem e não voltem a cometê-lo. Se assim procederdes, meus queridos, certos estareis de haverdes contribuído para a cessação dos crimes que tanto prejudicam a quantos vivem no mundo terreno, o que é necessário conseguir o mais depressa possível. Que os irracionais, na sua inconsciência, se atirem destruidoramente uns aos outros, tal como ainda se pratica nos mundos onde impera a lei do mais forte, admite-se; porém entre criaturas humanas que isso aconteça, é absolutamente condenável, mormente em se sabendo que todas as faltas, que são dívidas, terão de ser resgatadas até ao último centavo. Assim, pois, minhas filhas e filhos do meu coração, eu vos suplico orai também pelos criminosos, mas fazei-o de todo o vosso coração porque assim procedendo estareis contribuindo decididamente para eliminar o crime da face da Terra. Orai, pois, orai muito, orai sempre, e o Senhor vos recompensará generosamente pela vossa grande ajuda neste sentido.

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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