Chegada e permanência das almas no plano espiritual - Corolarium Cap. XXII

PDF por Nova Ordem de Jesus. 05/03/2016 - 16 min leitura
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Chegada e permanência das almas no plano espiritual. — Razão da demora de muitos em alcançá-lo enquanto outras o atingem instantaneamente. — A idade do corpo não tem relação com a idade do Espírito. — A fórmula mágica.

Acontecimentos de certa magnitude devem ser esperados neste mundo terreno dentro de breves anos, já estão disto informados muitos milhares de seres humanos que aqui vivem. Não necessitarei eu, por conseguinte, de repisar o assunto uma vez mais neste capítulo. As observações que estão sendo feitas no próprio meio terreno concluem pela confirmação de que uma boa parte da população já recebeu as notícias e conselhos trazidos à Terra pelos emissários de Jesus Nosso Senhor, e se está preparando devidamente para aqueles acontecimentos. Assim, desejo ocupar-me de assuntos outros igualmente interessantes e muito úteis a todas as minhas filhas e filhos presentemente na Terra.

Tratarei então no presente capítulo do que se relaciona muito estreitamente com a chegada e permanência no plano espiritual, das almas  que vão encerrando sua vivência neste plano e dele se despedem para regressar ao seu lar espiritual. Para começar eu direi que o caminho a ser percorrido pelas almas que desencarnam é bastante longo para muitas delas, ao passo que bem curto se torna para outras, embora a distância que o separa da Terra seja uma só. Por que, então, essa diferença no percurso? — perguntareis vós com muita razão. A maior ou menor demora em percorrer o caminho que leva as almas de regresso ao seu plano espiritual está em relação com as condições morais de que sejam portadoras, as almas que diariamente se despedem do corpo físico pelo fenômeno da morte. Eu explicarei em seguida a razão.

As almas que conseguiram vencer a sua encarnação neste plano através da prática somente de ações meritórias, segundo suas possibilidades, mantendo-se durante esse lapso de tempo numa linha de perfeita correção moral, e tenham, também, cumprido os preceitos constantes das leis divinas, essas almas ao se desprenderem da matéria seguem numa linha reta ascensional em direção ao seu plano no Alto, gastando nesse percurso um tempo tão reduzido em certos casos, que não ultrapassa uma fração de segundos. As almas que assim conseguem alcançar de regresso o plano espiritual ao qual pertencem, podem ser identificadas ainda no corpo, pelas pessoas com as quais conviverem, com um pouco de perspicácia. Efetivamente, ao convivermos na Terra com pessoas pacatas, sossegadas, amantes da paz e sempre  a amar e socorrer o próximo, seja por meio dos elementos peculiares ao meio terreno, seja por meio de um conselho, uma prece, ou ainda por outros meios ao seu alcance, identificaremos nessas criaturas, almas já bastante evoluídas, e por isso possuidoras de um coração repleto de amor para os seus semelhantes. Em geral verificaremos nessas criaturas uma grande simplicidade de hábitos, ausência de ambição e vaidade, o que as torna criaturas bondosas, simpáticas, com as quais todos gostam de tratar. Este tipo de almas conduzem-se invariavelmente de maneira pacata, por serem de todo incapazes de ferir sequer moralmente os seus semelhante. Isto sucede, convém frisar, pela circunstância de que esta categoria de alma já alcançou um nível evolutivo que inteiramente as despojou das qualidades negativas ainda existentes em muitas outras suas contemporâneas neste pequeno mundo. Convenhamos então que esta categoria de almas encarnadas vive e procede desta maneira elevada sem que lhes seja necessário algum esforço para isso, mas realmente porque já não possuem em seu coração o volume de maldades que ainda leva numerosas outras a procederem de maneira oposta. Estas outras, as que ainda se comprazem na prática de certas maldades por qualquer motivo, sem acreditarem no prejuízo que estarão proporcio­nando com o seu procedimento, estas almas, ao se desprenderem da sua matéria, permanecem ou em torno dela, assistindo horrorizadas à decomposição do corpo que fora seu, ou se perdem em meio às suas perturbações, podendo permanecer anos e anos no solo terreno sem atinarem com os caminhos que as hão de levar ao seu plano de repouso no mundo espiritual. Esta categoria de almas de um modo geral não utilizou os recursos da prece enquanto na carne. Tendo voltado o pensamento constantemente para os interesses ocasionais, arquitetando maneiras e modos de enriquecimento rápido, quantas vezes destituídas dos escrúpulos que devem presidir todos os atos da vida material, estas almas desprezaram ou esqueceram a oração, a prece que para milhões de outras almas constitui fator de êxito na vida, não possuindo então, ao desencarnarem, condições suficientes de elevação espiritual. E se os seus familiares, por sua vez, se esquecerem de orar por elas, ocupados também com os seus próprios interesses, estas almas estarão por si mesmas condenadas a permanecer no solo terreno, privadas da paz e bem-aventurança que poderiam estar desfrutando no mundo espiritual.

Isso que aí fica linhas acima é o resultado das observações feitas pelas Entidades incumbidas de acompanhar as almas encarnadas, anotando todos os detalhes de sua vivência na Terra. Eu registrei apenas as linhas principais desses dois tipos de vida, mas o bastante para que cada qual dos meus leitores possa escolher o que mais lhe convirá adotar em sua encarnação atual. Bem certo é, e todos o sabem, que não poderá  uma alma jovem, em fase de aprendizado recente neste mundo terreno, encaminhar e pautar seus atos com a mesma correção ou elevação que as almas vividas de muitos séculos, aquelas que também agiram em tempos com a mesma irreflexão das almas jovens. Dizendo eu aqui almas jovens e almas vividas de muitos séculos, eu não me refiro à idade do corpo, absolutamente. A idade do corpo, já o sabeis, não tem nenhuma relação com a idade do Espírito. Pode, por isto, encontrar-se uma alma ou Espírito jovem habitando um corpo já envelhecido, como encontrar-se habitando um corpo jovem uma alma  bastante vivida. Isto sucede em virtude da lei das reencarnações, possibilitando às almas a sua volta ao mundo terreno periodicamente numa nova reencarnação. As pessoas dotadas de espírito de observação podem facilmente identificar umas e outras destas almas, pelas idéias que manifestam, pela correção dos seus atos e pensamentos, principalmente ao atingirem a chamada idade da razão. 

Assim exposto o assunto, eu fornecerei às minhas estimadas filhas e filhos terrenos a fórmula mágica se assim me permitem expressar, a fórmula capaz de possibilitar às almas jovens, porque pouco experientes da vida em todos os seus aspectos materiais e espirituais, a maneira de poderem encaminhar a sua vida terrena sob os mais corretos preceitos de ordem moral, livrando-se de numerosos percalços que habitualmente assaltam as almas desprevenidas. Esta fórmula que, eu insistirei em denominar de mágica, consiste em tão pouca coisa, em tão reduzido esforço, que ninguém a desprezará em benefício mesmo de sua felicidade desde a Terra. E se eu digo felicidade desde a Terra, é que essa felicidade apenas se iniciará neste mundo para continuar e se ampliar no mundo espiritual. A fórmula em referência, pois, aquela usada por todas as criaturas que lograram alcançar na Terra uma vida pontilhada de acontecimentos felizes, afastando numerosos outros portadores de sofrimento em que é rico este pequeno mundo, é a prece. A prece constitui em verdade a fonte de maior ajuda a todas as criaturas de Deus, estejam elas vivendo uma vida de seres humanos no solo terreno, ou estejam livres da matéria, vivendo a vida de almas livres no mundo espiritual. Recomendando eu aqui o uso da prece a todas as criaturas que se encontram na Terra, tenho a mais absoluta segurança quanto aos seus resultados. Uma criatura que ora por devoção a si mesma, uma, duas ou três vezes ao dia, estará afastando de si as influências maléficas, perturbadoras, de que está cheio o ambiente terreno, e atraindo por meio da prece tudo quanto de bom exista para a realização de suas íntimas e justas aspirações ao longo de sua permanência na Terra.

Para apresentar uma imagem dos efeitos da prece em relação àquele que a faz, eu direi que ela pode ser comparada ao ato de acender uma vela numa sala inteiramente às escuras. Se penetrardes numa sala inteiramente às escuras, dificilmente podereis mover-vos nela mesmo conhecendo-a de antemão. O certo é que nada podereis realizar ali sem uma luz que ilumine o ambiente. Acendendo então uma vela, já podereis percorrer toda a sala e até realizar algum serviço. A prece pode então ser comparada à vela que acenderdes, a qual produzirá também uma luminosidade em torno de vós. Há apenas a seguinte diferença: a luz da vela se extingue com a própria vela, voltando a sala a ficar novamente às escuras; ao passo que a luminosidade produzida pela prece incorpora-se ao vosso Espírito, à vossa alma, e aí permanece para todo o sempre. Imaginai, pois, quanto crescerá a vossa própria luminosidade diariamente em consequência da prece que elevardes uma, duas ou três vezes, pondo-vos assim em ligação direta com as Forças Superiores, e recebendo das mesmas vibrações semelhantes àquelas que emitistes um vossa prece.

Quando, no Alto, as almas se preparam para reencarnar, o objetivo que as anima é, exclusivamente, o de virem aqui em busca de mais luzes para o seu diadema espiritual. E a razão de numerosas delas regressarem quantas vezes no mesmo estado, após uma peregrinação de várias dezenas de anos, é que de tudo se aproveitaram neste plano de vida, para uso e gozo seu, menos desse lapso de tempo para engrandecimento de sua luminosidade. Essas criaturas podem ter adquirido diversos focos de luz através da prática de atos meritórios ao longo da sua vida, o que está igualmente no seu programa de vida elaborado no Alto. Isto é perfeitamente razoável e até obrigatório mesmo, tendo em vista que a prática de atos meritórios é condição sine qua para uma alma poder reencarnar. Se, por conseguinte, a par dos atos desta natureza que as almas encarnadas logrem praticar durante a vida terrena, se se dedicarem, por hábito ou devoção, à prática da prece com todo o seu coração, essas almas podem alimentar a certeza de que realmente venceram na vida terrena, tendo cumprido, se não todo o seu programa, pelo menos uma boa parte dele. Dizendo-vos assim em minúcias o que aí fica, eu só desejo esclarecer ao máximo as vossas almas bastante obscurecidas pela condição de se encontrarem encarnadas. Ao regressardes, porém, ao vosso plano quando isso acontecer, tenho eu a mais sólida certeza de que todas me haveis de agradecer estas palavras de esclarecimento que aqui ficam. O meu empenho torna-se ainda maior neste sentido, filhas e filhos a quem eu muito amo de todo o meu coração, em face do processo em andamento no meu plano espiritual, no sentido de só poderem ser nele recebidas a partir de certa época, almas portadoras de um determinado índice de luminosidade, em perfeita harmonia com a que possuem as almas que ali vivem. Este é um dos motivos pelos quais eu solicitei ao meu amado Filho a necessária permissão para vir ao vosso meio redigir este volume, onde estou depositando toda a minha  dedicação a quantas almas vivem neste momento na Terra. O meu desejo de receber a todas no plano em que vivo é tão grande e tão intenso, que eu me dispus a vir até vós a fim de vos dizer estas coisas em letra de imprensa, e isto, em parte, porque muitas de vós já são minhas conhecidas e particularmente afeiçoadas de outras eras, e de um modo geral eu desejo contribuir com a minha  palavra, o meu conselho, para que outras o sejam também dentro dos breves anos do porvir. Aconselhando-vos desta maneira à prática da prece ou oração fervorosa diária, eu viso a estes dois grandes objetivos: preservar-vos de sofrimento por ocasião dos acontecimentos que estão para chegar, e contribuir para a crescente luminosidade de todas, a fim de os receber oportunamente no mais belo de todos os planos do mundo espiritual. Será isto possível? — poderá alguma de vós indagar, ao considerar o que estou dizendo a respeito do plano em que ora vivo. É possível, sim, eu vos respondo, filhas e filhos do meu coração. Isto é perfeitamente possível, almas queridas. Certo é que algumas de vós já de lá vieram para a presente existência terrena, munidas de planos de serviço divino que estão executando. E são várias, muitas mesmo, as almas que aqui se encontram encarnadas, procedentes do plano em que vive o próprio Senhor Jesus. Estas vós as identificareis pela qualidade de suas atividades, pelos serviços que estão prestando à coletividade, pelos seus pensamentos e sua fé na ajuda das Forças Superiores. Talvez que você leitora ou leitor, seja uma dessas almas, sempre envolvida na sua modéstia de alma simples, evoluída. O meu empenho é, pois, muito grande com o objetivo de receber em nosso belo plano o maior número possível das almas que se encontram na Terra, onde deverão permanecer por longos anos ou séculos. De outra maneira teriam estas almas de regressar ao seu antigo plano de vida, desempenhando tarefas muito semelhantes às da Terra. Isto só acontecerá, contudo, àquelas que não conseguirem levar da Terra proximamente aquele número de onças de luz que vieram buscar. O meio, por conseguinte, de adquirirdes as onças de luz que possam estar faltando é, conforme ficou dito, o seguinte: a prática de atos ou ações meritórias e o hábito da prece diária elevada com toda a sinceridade e fervor dos vossos corações.

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha  própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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