As Almas Materialistas - Vida Nova Cap. XXIV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 05/02/2016 - 14 min leitura
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Os homens, as mulheres e as crianças que se encontram no mundo terreno nos dias que correm, vão ter oportunidade de teste­munhar certo número de fenômenos que jamais se apagarão de sua memória. Terão todos uma oportunidade única em toda a vida deste pequeno planeta, só talvez a repetir-se daqui a uns vinte mil anos ou mais, quando novas modificações de estrutura poderão verificar-se.

Dizendo-vos isto que ai fica, não estou avançando senão uma parte do que poderia trazer ao vosso conhecimento sobre o assunto, mas é, porém, o que me foi autorizado dizer-vos. Como estou fa­lando para irmãos espirituais encarnados, cuja sensibilidade se ma­nifesta sempre ampliada pelas vibrações da matéria que os envolve, não é prudente dizer muito do muito que lhes poderia dizer, pelos reflexos que se poderiam manifestar em sua organização psíquica. Por tal motivo é que nos recomenda o Senhor Jesus usarmos sempre da maior cautela em nossas mensagens, em vez de nos alongarmos demasiado num tema que possa causar perturbação aos encarnados, por mínima que seja.

Aos homens e mulheres maiores de trinta anos, eu direi em particular que não percam tempo, daquele que ainda lhes resta do permanecer na carne, devendo antes tratar de aproveitar todos os minutos disponíveis na elevação do nível moral ou espiritual de suas almas, num esforço que bem cedo saberão reconhecer como bem aproveitado lhes foi. Certos como todos já estão de que o que a Terra pertence nela tem de ficar, e que, por conseguinte, apenas conduzirão em sua bagagem de volta o perfume das boas ações que houverem praticado, perfume esse que se transformará em focos de luz espiritual, necessidade não haverá mais, creio eu, de prosseguir na vibração desta mesma tecla, pelo que passarei então a ocupar-me de outro tema.

Muito curioso e muito interessante mesmo, é em todos os pla­nos do Além, assistirmos à chegada de almas que voltam da Terra após o cumprimento de sua última encarnação. É curioso e muito interessante, repito, esse momento, pelos ensinamentos que fornece aos observadores atentos, possuidores da necessária autorização para presenciá-lo.

Tratando-se do regresso constante de almas que ven­ceram sua última vida terrena nos lugares mais dispares da Terra, a observação que ali fazemos constitui em verdade uma fonte in­superável de ensinamentos para todos.

Verificamos então quão diferente se apresenta o grau de espiritualidade em meio a uma leva de desencarnados que viveram sua vida terrena em latitudes várias, onde foram adeptos de credos religiosos também diversi­ficados. Essa observação se faz segundo a coloração projetada pelas almas, variando de tal maneira, que verdadeiramente surpreende os observadores.

Todos sabemos que o objetivo dos vários credos religiosos con­siste, ou deveria consistir no esclarecimento dos encarnados acerca da vida espiritual e sua relação com o Criador e Animador de to­dos os seres do Universo. Pois bem, leitores meus; não vos cause espanto a minha afirmação de que religiões existem na Terra em­penhadas em destruir tal princípio religioso, procurando incutir no coração dos adeptos a idéia de que o Criador não passa de um mito, apenas acreditado pelos povos inferiores, e que toda a criação é obra da geração espontânea, tão espontânea quanto o nascimento de uma flor num monturo qualquer. As almas provindas dos setores humanos que assim pensam e ensinam, nós as identificamos pronta­mente pela coloração enegrecida de suas auras, sinal de que vive­ram vidas absolutamente voltadas para a materialidade grosseira, sem nenhum sentimento mais elevado em relação ao próximo. Estas almas assim saturadas de materialidade — porque materialistas se confessam — são encaminhadas a determinados planos em que possam livrar-se de sua concepção materialista. É tal entretanto, o arraigamento desta idéia em muitas destas almas, que dificilmente mesmo, consentem em receber outra espécie de ensinamento espi­ritual.

Ocorre-me a propósito uma imagem que poderá ajudar-vos a ajuizar melhor a teimosia das almas profundamente impregnadas da idéia materialista, que é a seguinte: acercai-vos de um regular bloco de granito, figurando no caso o endurecimento das almas de quem vos falo. Derramai sobre ele, em gotas delicadas, o mais saboroso néctar que possuirdes, e que eu figurarei aqui como uma saborosa solução do mais apurado mel que conhecerdes.

Derramai diaria­mente duas, três ou quatro vezes ao dia várias gotas desse néctar sobre o mesmo ponto do bloco de granito, observando atentamente se alguma modificação nele se apresenta ao cabo de dias, meses ou anos dessa experiência. O resultado, meus amigos, dar-vos-á a idéia aproximada do que no Alto se verificará com a nossa tentativa de esclarecimento das almas assim empedernidas.

A Justiça Divina é, porém, tão grande e tão bela, que até nes­ses casos profundamente lamentáveis ela se manifesta em toda a sua grandiosidade nenhuma espécie de pressão nem de violência é jamais empregada no esclarecimento da alma humana. Nada no Alto se processa nesse objetivo que não esteja devidamente previsto  ajustado a todas as circunstâncias. No caso, pois, das almas que ali aportam com suas auras enegrecidas pelas convicções e práticas materiais, o recurso a utilizar é sempre aquele que melhor possa sensibilizá-las em seu coração, meio que não falha em nenhum caso específico. E que meio é esse? — perguntareis justamente interessados.

Esse meio, meus queridos leitores, é o amor. Saben­do-se ser o amor a maior força existente no Universo, a força que consegue movimentar e sustentar no Espaço a todos os mundos vi­vos ou não, empregamos então a força do amor para converter à espiritualidade todas as almas desviadas desse caminho.

Vós pode­reis fazer também a vossa experiência neste sentido, a qual vereis igualmente coroada de êxito. Se conhecerdes alguém impregnado da idéia materialista que nega a existência duma força superior a diri­gir a vida universal, uma força que existe, vive e está presente em todos os momentos e circunstâncias da vida terrena, se conhecerdes alguém que assim pense, certos estareis de que nele se encontra encarnada uma alma materialista.

Procedei então da seguinte ma­neira em vossa experiência: no momento da vossa oração seguida de meditação noturna, enviai um pensamento de amor a essa cria­tura. Imaginai por alguns momentos que a estais envolvendo num círculo de luz projetado pelo vosso pensamento, mas imaginai igual­mente que essa alma, sentindo-se assim envolvida pela luminosidade do vosso pensamento, passa a dar sinais desse sentimento, e, estra­nhando-o, eleva seu pensamento para Deus como a agradecer esse belo momento de bem-estar em que se sente envolvida.

A conti­nuação dessa prática alcança invariavelmente o seguinte resultado: a alma assim envolvida, certa de que não pode tratar-se de um fe­nômeno produzido pela matéria, já que a matéria é completamente insensível, passa a raciocinar acerca da procedência do fenômeno. A esta altura a alma ou a criatura humana, já terá perdido toda a rigidez do seu materialismo, passando a um estado de investigação, no qual todas as suas células se encontrarão seriamente empenha­das.

E sabeis acaso, leitores meus, o que significa nas terras cobertas de vinhedos o aparecimento do pintor nos primeiros cachos de uva? Para o vinicultor esse fato significa a certeza matemática de que seus vinhedos começaram a amadurecer e em breve estarão sendo colhidos e transformados nesse apreciado licor que se derrama por toda a Terra.No caso das vossas experiências, o fato tem igual­mente uma grande semelhança. No Alto, ao observarmos os pri­meiros sinais de interesse demonstrado pelas almas empedernidas pelo materialismo, em desejar conhecer a razão do que com elas se passa, logo adivinhamos a presença também do pintor mas de outra espécie, em virtude do qual podemos esperar a conversão total daquelas almas ao amor de Nosso Senhor Jesus. Conceituado está por conseguinte, que o materialismo traduz a ausência do amor es­piritual no coração dos homens, e a crença de que o nascimento da flor perfumada num monturo, pode responder questão do nasci­mento das almas na Terra. Ignoram assim, os adeptos do materialis­mo que ainda resta na Terra, que seu próprio nascimento do íntimo de um ser humano, foi uma obra do mais puro amor espiritual, traduzindo em sua grandeza a existência de um Poder Superior a governar a vida e enriquecer de felicidade todos os povos do Universo infinito. Esse Poder Superior que dirige e superintende a vida dos próprios mundos, pode ser designado de diferentes ma­neiras, segundo o estado evolutivo de cada ser humano ou espiritual. Nós o designamos por esta carinhosa expressão: DEUS, ou então Pai Celestial, as quais nos transportam, logo que pronunciadas amo­rosamente, às mais elevadas regiões que nossos Espíritos possam imaginar, e por isso só as devemos pronunciar em ocasiões em que possamos fazê-lo com verdadeiro sentimento de veneração em nos­sos corações.

Amigos leitores: minha tarefa ao redigir esta mensagem por determinação do Nosso Amado Jesus, é a de abordar um assunto que deve constar deste grandioso livro, talvez o último da série iniciada pelo iluminado Espírito do apóstolo Thomé visando ao chamamento de quantos se encontram presentemente na Terra, para o caminho de sua verdadeira felicidade. Belo seria, por conseguinte, que qualquer de vós que identificar um irmão ainda dominado pela idéia materialista, iniciasse um serviço realmente apostolar, envolvendo-o diariamente em ondas mentais do mais puro amor espiritual, com o que terão antecipado de muitos anos talvez, a iluminação e conversão dessa alma ao amor de Nosso Senhor Jesus e eliminado, dessa maneira, mais um bloco de granito espiritual.

Aqui vos saúda muito carinhosa e fraternalmente, um Espírito que anseia por servir sempre e sempre melhor ao Divino Mestre Jesus, - TERESA D’ÁVILA

 

Not. biogr. — Teresa D’Ávila — 1515-1582 — Nasceu na Cidade de Ávila, Espanha, descendente da alta nobreza espanhola, revelando-se bem cedo possuidora de uma inteligência superior e de uma fé ardente. Desde muito jovem procurou subtrair-se às vaidades do mundo, ingressando na Or­dem do Carmelo em 1534. Aí se iniciou para aquela que mais tarde seria chamada Santa Teresa, uma vida singular, cujas práticas religiosas, visões es­pirituais e êxtases, logo despertaram a atenção dos altos dignitários do clero romano. Durante muitos anos as suas obras religiosas empolgaram toda a Es­panha. Santa Teresa fundou, num período de vinte anos, dezessete mosteiros de mulheres e quinze de homens, instalando neles abrigos e escolas para as crianças pobres. Deu nova organização às ordens carmelitas da Espanha, a qual passou a ser adotada em muitas de suas congêneres do mundo inteiro.

Numa fase em que uma peste violenta atacou grande parte da popu­lação, produzindo deformações horríveis no rosto das vítimas, Santa Teresa recebeu indicações de origem espiritual acerca do remédio para o tratamento das pessoas deformadas, que eram muitas, de todas as idades, mas sobretudo crianças. Havia aí uma condição: só ela própria poderia colher as ervas mila­grosas na profundidade de um abismo existente entre duas altas montanhas. Soror Teresa, fazendo-se acompanhar de algumas de suas monjas, arrostou o perigo de descer sozinha ao fundo do abismo por meio de uma corda, e colheu as ervas indicadas, com as quais preparou o elixir que ela mesma mi­nistrava aos enfermos. Inicialmente tratou das suas crianças internadas, cujo resultado logo apareceu na recomposição do tecido deformado.

Esta mensagem é parte do livro Vida Nova, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Vida Nova. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.

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