Acontecimentos inéditos na História da Terra - Elucidário Cap. XIV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 21/01/2016 - 15 min leitura
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Acontecimentos inéditos na História da Terra - Algum novo continente ou arquipélago - A constituição da família - A carta de vida de cada um - Providências relacionadas com a partida - A tranqüilidade espiritual de cada ser humano

Os acontecimentos em vias de se positivarem no mundo terreno, com a finalidade de operar modificações em toda a superfície do planeta, devem produzir efeitos que a História há de registrar como absolutamente novos em toda a vida desta pequena esfera terrestre. Desses acontecimentos resultará o aparecimento de novos detalhes geográficos em várias regiões, inclusive o deslocamento de grande volume de águas, cujo espaço será ocupado por algum novo continente ou arquipélago.

Nada acontecerá por acaso porque tudo foi pacientemente estudado e cautelosamente planejado para atingir os objetivos deseja­dos, com esta exclusiva finalidade: fazer da Terra um mundo de condições de vida bem mais feliz do que a que aqui é vivida presentemente. Está prevista a partida do solo terreno de bem avultado número de seres presentemente encarnados, em virtude dos acontecimentos em curso, porém isto apenas favorecerá aqueles que par­tirem, em face de sua transferência para planos espirituais onde a vida supera de muito a que viviam na Terra. O Senhor do Mundo jamais planejaria fosse o que fosse para os seus guiados da Terra que não tivesse como conseqüência a sua maior felicidade. Não há, por conseguinte, por que se entristecer alguém com o que aí fica, visto tratar-se exclusivamente de promover aqueles que partirem a muito melhor situação do que a que atualmente vivem na Terra. E a família? — indagarão alguns. A família é constituída milenarmente sob a égide de Forças Superiores incumbidas exata­mente de organizar, orientar e prover os seres encarnados de todos os recursos e meios necessários à sua permanência no solo terreno, não dependendo nenhum deles, por conseguinte, da existência ou não daqueles a quem coube a construção dos respectivos lares. As­sim, toda a vez que algum membro de qualquer família terrena é chamado de regresso ao plano espiritual, ele parte devidamente assistido e protegido, nada lhe faltando para a continuidade da sua vivência no plano a que for conduzido, segundo o grau evolutivo já alcançado. Quando isto acontece, podeis ficar certos, leitores meus, de que não foi por acaso, precisamente porque o acaso não existe na vida espiritual; tudo está devidamente previsto e anotado no registro espiritual de cada criatura. Se, pois, um chefe de família é chamado de regresso da Terra deixando no lar seres humanos a cuja manutenção ele provia, eles apenas sofrerão o traumatismo moral produzido pela partida do chefe ou responsável, porém continuarão a viver a sua vida, sendo não raro conduzidos por caminhos diferentes daqueles que poderiam seguir sob a direção de quem lhes deu o lar. Quando isto acontece é porque assim estava pro­gramado e jamais o será para infelicidade dos que ficarem. A Pro­vidência Divina nada faz que não seja em benefício exclusivo dos filhos a quem os fatos possam atingir.

Quanto ao fato de partirem da Terra Espíritos encarnados responsáveis pela manutenção de vários dependentes, isto se explica pelo cumprimento de desígnios igualmente previstos, inclusive não raro precisamente para que seus dependentes encontrem a oportunidade necessária de seguirem seu próprio caminho para o fiel cumprimento de tarefas que de outra maneira jamais ou dificilmente chegariam a cumprir. Isto em relação aos que ficam. Quanto aos que partem, um objetivo deve também existir se sua partida tiver sido das consideradas geralmente prematuras, mas que na realidade ocorrem no momento previsto na carta de vida de cada um. Quando isto acontece, quando um encarnado cheio de vida parte de regresso ao mundo espiritual, o fato se explica de duas maneiras: ou pela circunstância de deixar os que lhe foram confiados para iniciar na Terra, entregues ao seu próprio destino sob a proteção da Pro­vidência Divina, ou então pela necessidade de se preparar no Alto para o desempenho de nova missão no serviço divino. Neste caso, esses Espíritos encontram no plano a que pertencem o repouso necessário para se refazerem do dispêndio fluídico em sua vida terrena, o que constitui para todos uma etapa bastante agradável, ao mesmo tempo em que vão acumulando ensinamentos de que terão necessidade em sua nova descida ao plano físico.

Convém assinalar para que todos saibam, porém, que aqueles que partem do plano terreno jamais se sentem isolados dos entes que deixaram na Terra, se assim o desejarem. Vivendo no plano ou mundo espiritual os Espíritos podem fazer muito pelos entes que­ridos em virtude da amplitude de sua faculdade de servir. Eles oram em favor daqueles que lhes foram caros, junto a Entidades poderosas pelo grau evolutivo que possuem, e, se aqueles que deixaram na Terra, isso desejarem e orarem também pelos que parti­ram, então a ligação feita através da prece torna-se tão sólida e eficaz, que mesmo vivendo em planos diferentes, encontram-se uns e outros tão perto como se continuassem juntos na Terra.

Isto que acabo de descrever são detalhes da vida espiritual muito interessantes para o conhecimento dos encarnados, muito de­vendo contribuir para o seu desenvolvimento espiritual. Este desenvolvimento terá o mérito de preparar a mente de cada um dos meus estimados irmãos encarnados para quando tiverem de regressar da Terra, levando em sua mente espiritual uma ideia bem aproximada da vida que encontrarão no plano a que forem conduzidos. Para os encarnados há aqui, ainda, uma informação bastante útil: ficam sabendo que a oração em favor daqueles que partiram tem o mérito de reforçar os respectivos laços de amizade, e contribuir para que os seus queridos do mundo espiritual se engrandeçam continua­mente e possam fazer sempre mais por aqueles que orarem por eles. Resumindo: os encarnados oram pelos seus queridos que parti­ram, e estes, recebendo do Senhor Jesus as bênçãos e luzes provenientes das orações enviadas da Terra, têm aumentado a sua capa­cidade de ajudar os que oram por eles. E a Providência Divina, testemunha permanente junto a uns e outros, a todos abençoa e protege.

Falaremos em seguida de um assunto igualmente caro ao coração de todos os viventes deste mundo de Deus. Desejo referir-me ao que sucede geralmente quando algum irmão encarnado se aproxima de sua partida de regresso ao seu plano espiritual, e, consciente ou inconscientemente, toma providências relacionadas com esse acontecimento. Nem sempre, ou mesmo só muito raramente o homem como a mulher tem a noção de que sua partida se aproxima, porque isso poderia causar-lhes profundo abalo moral. Casos existem entretanto, em que isso acontece, mormente a Espíritos capacitados, os quais recebem a informação sem maior abalo. E quando, consciente ou inconscientemente, alguém inicia providências relacionadas com sua própria partida, uma interessante operação se processa em torno da personalidade psíquica desse alguém, com reflexos no respectivo plano espiritual. O homem ou a mulher que iniciarem providências relacionadas com sua partida, mesmo que o façam na absoluta ignorância do que está para acontecer-lhes, estarão em verdade preparando um regresso ditoso ao plano a que pertencem. Isto mui­tos encarnados o fazem em virtude de avisos recebidos no Alto durante o sono do corpo, ministrados por amigos ou Protetores espirituais, e noutros casos por inspiração de Entidades que os visitam, para que façam determinadas coisas em que não haviam pensado. Em qualquer dos casos, isto é, agindo em virtude de avisos recebidos durante o sono do corpo ou inspiração de Entidades amigas, estes irmãos deixarão sua matéria com a alegria de quem parte para uma viagem de recreio, na certeza de que tudo foi deixado em ordem. E isto representa muito para a sua tranqüilidade espiritual no plano em que passará a viver.

Bom seria, por conseguinte, que todos os encarnados iniciassem a preparação de uma possível próxima partida deste plano, embora a mesma só se possa verificar daqui a um bom número de anos. Aqueles que assim procederem adquirirão desde logo uma certa tranqüilidade de Espírito, como é de hábito dizer-se, que em conseqüência poderão verificar mais tarde que até conseguiram prolongar de muito a sua permanência na carne. A razão é a seguinte: aquele ser humano que puser em ordem todas as coisas de sua vida, que possa considerar-se em condições de poder desencarnar a qual­quer momento sem deixar problemas para os que ficarem, essa criatura adquire desse fato uma tranqüilidade espiritual que é capaz de prolongar sua vivência terrena por um período não imaginado. Da tranqüilidade espiritual decorre, por assim dizer, a própria saúde do corpo, pela ausência de preocupações de ordem espiritual ou moral, responsáveis em grande parte pelas enfermidades que tanto encurtam a vida de muitos seres humanos. Da tranqüilidade espiritual resulta, ainda, o perfeito funcionamento de todos os elementos de que é formado o organismo humano, prolongando a vida e saúde do todo. Mas ainda sucede algo muito importante para aqueles irmãos que conseguirem estabelecer a sua tranqüilidade espiritual. A tranqüilidade espiritual pode ser comparada às águas límpidas de um lago, permitindo que os olhares da margem consigam ver-lhe o fundo com perfeita clareza, sinal da absoluta serenidade das águas. Assim também, quantas ideias límpidas poderão beneficiar o ser humano que conseguir estabelecer sua tranqüilidade espiritual! Um Espírito tranqüilo está apto a captar no éter as muitas e muitas ideias inspiradas dia e noite pelas altas esferas da espiritualidade. Será difícil ao homem ou à mulher estabelecerem a sua tranqüilidade espiritual? — pergunto eu. E eu próprio responderei que absolutamente não. Esta tranqüilidade é tão necessária, aliás, a todos os encarnados, como o próprio ar que respiram ou a água que bebem, e pode ser estabelecida muito mais facilmente do que à primeira vista possa parecer. Bastará atentar cada um para o princípio regulador dos deveres para com o próximo. Um ser humano que se sinta em perfeita harmonia com o seu próximo, já estabeleceu um grau relativo de tranqüilidade espiritual. Aquele que não ofende, não engana, não trai, e não prejudica o seu próximo, está em verdade gozando já uma tranqüilidade espiritual relativa. Mas se, além do que ficou dito, o ser humano ainda diligencia no sentido de contribuir para que o próximo construa também um deter­minado grau de tranqüilidade espiritual, o resultado será um incremento da sua própria, pela satisfação que seu ato lhe proporcionará. Um novo grau dessa tranqüilidade resultará do cumprimento dos seus deveres para com o Divino Mestre, orando constantemente a fim de manter e ampliar seu contato com o Senhor. Essa prática, indispensável a todos os filhos de Deus, serve para ampliar de muito, também, a tranqüilidade espiritual de cada ser humano, quer se encontre momentaneamente vivendo na carne, ou como Espírito livre da matéria. São maneiras estas de ampliar cada um a sua tranqüilidade espiritual, o que equivale a dizer tranqüilidade de consciência. O cumprimento, pois, com alegria, dos deveres inerentes a todos os Espíritos encarnados, assumidos espontaneamente no Alto como condição essencial para uma nova vida terrena, é um dos fatores principais para o estabelecimento da necessária tranqüilidade espiritual de cada ser humano.

O homem ou a mulher intranqüilos por motivo de sua maneira agitada de viver, são pessoas que todos nós lamentamos, em nossas observações cotidianas. Seus Espíritos em muito se assemelham às águas turvas dos lagos, através das quais nada ou muito pouco se consegue enxergar. Se esses Espíritos pudessem experimentar alguns momentos de felicidade e bem-estar peculiares às almas se­renas, justas, equilibradas, eu acredito que tudo fariam para que tratassem de construir desde logo também a sua tranqüilidade espiritual, eliminando de sua mente todos os pensamentos e atos que contribuírem para a sua intranqüilidade. Acontece ainda o seguinte às pessoas aqui classificadas como intranqüilas: suas ideias acerca da vida, de imperfeitas, defeituosas ou malsãs, levam-nas à prática de atos também incorretos, defeituosos, prejudiciais a terceiros ou a si próprios, cujas conseqüências lhes acarretam quantas vezes sofri­mento, prejuízo ou mesmo decepções. Esta classe de pessoas reúne os encarnados que desprezam, a oração ao Senhor como uma necessidade mesma de si próprios, e por isto não conseguem distinguir das boas às más ideias, de cuja prática é que resulta o peso enorme de suas consciências ao regressarem ao mundo espiritual. Agindo de maneira oposta, e submetendo suas ideias ao crivo de um raciocínio espiritualmente elevado, estes irmãos conseguirão, não só um êxito feliz, duradouro, em sua vida terrena, como adquirir esta fortuna imensa que é a tranqüilidade espiritual que desejo sinceramente a todos os meus estimados leitores.

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