A Terra nos seus primórdios - Elucidário Cap. XVIII

PDF por Nova Ordem de Jesus. 28/01/2016 - 16 min leitura
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A Terra nos seus primórdios - Origem do processo guerreiro - Proibidos de reencarnar os Espíritos guerreiros - Mudança de pro­fissão - O que a Terra pertence na Terra fica - A Terra do futuro - Uma operação no corpo mental

Quando este mundo terreno foi entregue aos seres humanos a fim de nele desenvolverem suas aptidões e faculdades espirituais, foram destacados para aqui encarnarem também, Espíritos possui­dores de grande evolução, com o objetivo de orientarem os outros viventes em tudo quanto eles necessitassem. Por essa época a vida humana era simples, porque sendo a Terra bastante espaçosa para abrigar a todos os viventes, os homens circunscreviam as suas ambições a pouco mais do que a própria alimentação e moradia, áreas de pastoreio dos animais domésticos e nada mais. Até então conservavam ainda os encarnados no subconsciente algumas recordações das recomendações recebidas no plano espiritual, o que os ajudava a solucionar grande parte dos problemas que a vida terrena lhes oferecia.

A época à qual me refiro estendeu-se por vários milênios, durante os quais algum progresso foi alcançado pelo homem, sendo também implantados vários melhoramentos que contribuíram para elevar bastante as condições da vivência humana. Os melhoramentos implantados, trazidos ao meio terreno por Espíritos adiantados que aqui encarnaram, se tiveram o mérito de proporcionar melhores condições de vivência ao homem, também despertaram nele o sentimento de ambição de grandeza e domínio de seus contemporâneos de outras regiões, originando-se desse fato o processo guerreiro que tanto tem prejudicado o desenvolvimento espiritual que a humanidade terrena veio conquistar neste plano físico. A ambição de grandeza alimentada desde então por muitos Espíritos encarnados, e os desdobramentos a que deu causa, é que constituiu o estaciona­mento do progresso espiritual de muitos milhões de almas encarna­das na Terra. Ignorantes ainda, os homens de então, do grande princípio de que só o amor constrói para a eternidade, desenvolve­ram pela superfície terrena o processo guerreiro na ânsia de se tornarem donos do mundo, na ignorância de que a vida humana tem limites impostos pelas leis divinas, e que na Terra ninguém é dono de nada, nem do próprio corpo em que se movimenta. A circunstância de alguns chefes de tribos dos primórdios se prepararem para conquistar aos habitantes de outras áreas as suas propriedades, obrigava estes a se prepararem por sua vez para a defesa dos seus lares, absorvendo tais preocupações de uma e outra parte, todo o período de que dispunham para viver na Terra, não lhes sobrando tempo para cuidar dos bens do Espírito.

Uma agravante resultou ainda das preocupações guerreiras de muitos seres humanos ao fazerem sua passagem para o plano espiritual. De tal modo se preocupavam numerosos Espíritos com a ideia de conquista pela força do que a outros seres humanos pertencia, que sua maior e constante preocupação no mundo espiritual continuava a ser o aperfeiçoamento de planos e processos guerreiros para quando lhes fosse permitido regressar ao solo terreno.

Efetivamente, todos aqueles Espíritos que na Terra se empenharam em processos guerreiros, continuavam a preocupar-se com eles no Alto, ao mesmo tempo em que reuniam ideias e estudos destinados ao aprimoramento daqueles processos. Nunca, entretanto, um Espírito que assim se tenha conduzido numa existência terrena, logrou reencarnar na mesma região ou país, para que não fosse tentar a continuação do procedimento anterior. Sempre que alguns desses Espíritos conseguiram permissão para reencarnar, foram conduzidos a regiões ou países distantes daquele em que tivessem vivi­do, para que não fossem provocar novas discórdias e conflitos. Pois bem, amigos leitores; nem assim esses irmãos nossos conseguiam acomodar-se, pelo menos uma minoria deles. Uma vez radicados em novo ambiente, suas antigas ideias os assaltavam, e ei-los a pregá-las aos seus compatriotas, não poucas vezes com o resultado desejado. Assim se desenvolveram e multiplicaram os conflitos humanos por toda a superfície terrena, em prejuízo de um número já hoje incontável de irmãos nossos que foram sacrificados por esses conflitos. Até que, a certa altura, medidas foram tomadas pelas Forças Superiores para pôr cobro a esse grande entrave ao progresso espiritual. Foi deliberado então, pelas Forças Superiores, que nenhum dos Espíritos responsáveis pelas guerras chamadas punitivas ou de conquista, jamais voltariam a Terra, ou se sujeitariam a viver em condições preestabelecidas, as quais lhes não possibilitariam de maneira alguma qualquer ascendência sobre os seus semelhantes. Tal era o desejo de quase todos de reencarnar, que aceitaram de bom grado as condições acima, contanto que pudessem respirar nova­mente esta pesada atmosfera terrena que todos respirais. Tiveram então esses irmãos guerreiros encarnações as mais variadas em quantos novos mergulhos tiveram na carne. Aqui estiveram alguns na profissão de agricultores na qual muito se distinguiram, outros como artífices de várias especialidades, outros ainda como operários, de on­de regressaram ao mundo espiritual completamente transformados em suas ideias, compreendo finalmente os objetivos da vida ter­rena, que são única e exclusivamente o aprimoramento das qualidades morais do ser humano no seu caminho dará Deus.

Nem assim, contudo, foi possível às Forças Superiores evitar em definitivo os conflitos humanos arquitetados e empreendidos pelos governantes de algumas regiões da Terra. Mas isto está chegando ao fim com as medidas estudadas no Alto e em início de execução no solo terreno. Os homens hão de compreender finalmente que a circunstância de terem outros povos nascido em deter­minadas regiões que reputam melhores e mais férteis do que as suas, não lhes confere o direito de as conquistar, porque, se nelas vivem e prosperam outros filhos de Deus, foi porque as Forças Superiores assim o determinaram. É sabido que ninguém leva da Terra ser a o que for que a Terra pertença, por maiores que tenham sido os bens, propriedades ou tesouros que nela haja podido acumular. Da Terra apenas pode portar cada alma que nela tenha vivido uma nova encarnação, aquilo que tiver podido acumular em luzes e bênçãos para si própria. Os tesouros, bens, propriedades e grandezas adquiridas no labor terreno, pertencendo diretamente à Terra, ficam na Terra para o bem dos que ficarem. Em face de tal princípio, para quê empenharem-se os homens na conquista do que a outros pertença, se daqui nada disso podem conduzir? Raciocinem pois os chefes de povos e de governos, e estudem os meios de proporcionar aos seus governados melhor nível de vida, alimentação e conforto, mas isto dentro das possibilidades de cada país ou região, porque encontrarão forçosamente as ideias e os meios de o conseguirem. Devem ter presentes os governantes terrenos, que sendo transitórias as encarnações na Terra, também o são as regiões em que ocasionalmente se encontram os seres humanos das várias regiões da Terra. Assim, Espíritos que viveram possivelmente duas ou mais encarnações no Oriente para assimilarem ensinamentos e costumes ainda desconhecidos, reencarnarão a seu tempo no Ocidente, nas Américas, na África ou na Austrália, sempre com o fim de adquirirem novos conhecimentos. Isto sucede tal como sucede à criança que ingressa na escola primária. Inicia-se pelos últimos bancos e vai subindo até próximo da professora, segundo os conhecimentos que vai adquirindo, os quais lhe são necessários no futuro.

Com a transformação da Terra muito proximamente em planeta espiritualizado, isto é, um planeta onde se firmará o primado do Espírito sobre a matéria, não mais se registrarão os erros praticados pelos homens do passado contra os semelhantes mais fracos. Mais fracos, digo bem, porque não existe um único fato em toda a História em que algum povo ou país se arriscasse a provocar um conflito contra uma nação mais forte. Sempre aconteceu o contrário: os mais fortes, ou assim se julgando, é que provocavam os mais fracos. Isso tem um nome universalmente conhecido, que eu não desejo escrever aqui. O que no futuro todos haveremos de constatar, será então o contrário do passado: as nações tidas como fortes, num sentimento coletivo de grandeza espiritual, não apenas respeitarão as mais fracas ou mais pobres, como até as ajudarão a solucionar problemas superiores às próprias forças, algumas vezes em épocas de calamidades.

A Terra do futuro virá a ser um conjunto de almas de média e superior evolução, aninhando cada uma em seu coração os mais puros sentimentos de amor e fraternidade para com todas as demais. Não será isto uma novidade no Universo porquanto assim é a vida em outros planetas em que vivem também seres humanos como vós. Com a seleção em curso nos planos superiores, os elementos humanos que não tiverem conseguido ajustar-se às condições da vida terrena, estão sendo retirados de vez deste mundo a fim de que não voltem a constituir-se em exceções à regra já em vigor na Terra.

Vou relatar-vos em seguida um fato ocorrido em outro plano de vida, pelo qual podereis aquilatar melhor em que consiste o pro­cesso de seleção em funcionamento no Alto em relação a Terra. Cogitava-se como agora, no plano em referência, de afastar dele certo número de elementos (Espíritos) inconformados com as de­terminações recebidas no sentido de modificarem hábitos e procedimentos incompatíveis com o nível de vida da quase totalidade dos seus contemporâneos. Esses elementos vinham sendo esclarecidos de longa data e convidados a meditar seriamente sobre as imperfeições ainda demonstradas em sua vida de relação. Devo esclarecer que uma boa maioria deles realmente aceitou as determinações do Alto e conseguiu corrigir-se, pelo temor de ver-se banida para sempre desse planeta, no qual ingressara após longa peregrinação através de outros. Numerosos elementos, contudo, subestimando as determinações recebidas, prosseguiram inalteradamente em suas práticas e procedimentos condenáveis, tal como na Terra acontece com seres humanos que, partindo de uma concepção errada da vida, preferem sacrificar vidas e bens do próximo para aqui se manterem, ao invés de se entregarem como os demais a uma ocupação honesta embora trabalhosa para viverem.

No plano em referência sucedia coisa parecida, que era necessário eliminar. Os elementos rebeldes, aqueles que se recusaram a cumprir determinações amorosas que lhes foram transmitidas, viram-se de um momento para outro cerceados em seus passos, e conduzidos a outro plano relacionado com o mundo em que viviam. Examinados atentamente por verdadeiros especialistas, constatou-se que esses elementos, de tão afeitos à prática de atos incompatíveis com o nível de vida em que viviam, já não possuíam capacidade de auto correção, seja pelo seu endurecimento no mal, seja pelo enfraquecimento da própria vontade de se modificarem. A Divina Bondade foi então solicitada a opinar acerca de como agir em tal caso: se deveria reter por tempo indeterminado aqueles elementos num plano estagiário, na esperança de uma auto cura, ou se deveria encaminhá-los a mundo inferior, onde o sofrimento pudesse despertar neles os sentimentos e potencialidades cristalizados. A Bondade Divina emitiu então seu parecer, que foi seguido pelos cientistas especializados. Esse parecer foi que, tratando-se de almas bastante vividas, havendo peregrinado milênios através de mundos de diversas categorias, onde haviam conquistado o direito à vivência no plano donde procediam, não deveriam ser jamais enviados a mundos inferiores para iniciarem nova peregrinação através de sofrimentos sem conta. Opinou então a Bondade Divina que se operasse aquelas almas para substituir nelas a base dos sentimentos e potencialidades cristalizados, por outros absolutamente perfeitos, a fim de que, conservando a memória e os elementos de progresso duramente conquistados em longos milênios, aquelas almas pudessem prosseguir em sua onda de vida. Bem sei que há de parecer-vos estranho que almas possam ser operadas, como no caso presente, mas o foram realmente. Uma vez isto determinado pela Bondade Divina, trataram os especialistas da extirpação, do corpo mental das almas em referência, de todos os átomos relacionados com o poder volitivo que se achava praticamente anulado, substituindo-os por outros absolutamente novos e puros, que facilmente se integraram e adaptaram. Estas operações podem ser comparadas, num altíssimo refinamento, às dos cirurgiões da Terra na implantação de órgão tornado imprestável, com o qual pode o paciente viver o resto da vida tranqüilamente. Com a diferença de que, no caso terreno o órgão implantado não chega a integrar-se definitivamente, mas apenas exerce a função, ao passo que no caso espiritual os átomos implantados integram-se definitivamente no corpo mental da alma operada.

O resultado verificado com grande alegria por quantos tiveram conhecimento ou presenciaram o fato que venho de narrar, foi o mais feliz que imaginar se pudesse, permitindo que numerosas almas já bastante evoluídas pudessem progredir em sua onda de vida, regressando mais tarde ao planeta de onde vieram, apenas numa situação bastante curiosa: elas se mantinham como seres curiosos de tudo quanto viam e ouviam, desde o período infantil até à juventude e velhice. Os átomos que passaram a constituir boa parte de seu corpo mental, iam sendo impregnados dos hábitos e processos em curso no mundo em que aquelas almas viviam, nada mais contribuindo para as antigas práticas indesejáveis. A Bondade Divina em sua altíssima sabedoria dispõe de processos ainda desconhecidos para solucionar todos os problemas, inclusive os considerados insolúveis.

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