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por Nova Ordem de Jesus. 02/05/2016 - 16 min leitura
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A primeira preocupação do Senhor. — Minha tarefa no momento. — Pequena multidão vos espera no Alto. — Um pedido de perdão às almas prejudicadas. — Nada consegue resistir no Universo à força do amor. — Um exemplo edificante.
Quando o Senhor Jesus deliberou empreender as reformas em andamento no solo terreno, e isto já faz muitos séculos, a sua primeira preocupação consistiu em preservar as almas encarnadas de qualquer sofrimento, em virtude dessas reformas. O Senhor reuniu, então, e por várias vezes, o seu corpo de assessores e conselheiros aos quais pediu sugestões das medidas a serem tomadas antes do início das reformas em todo o solo terreno. O resultado dos estudos e meditações daquelas elevadas Entidades é exatamente o que vem sendo posto em prática na Terra através dos livros já divulgados e deste inclusive, para que avisadas sejam as almas encarnadas em todas as regiões da esfera terrena, e assim se preparem para o que possa acontecer. O Senhor Jesus sofreria muitíssimo, por conseguinte, se um pequeno número de almas que fosse viesse a encontrar-se em dificuldades decorrentes da falta de conhecimento do que está acontecendo ao longo do solo terreno e não pudesse ser socorrido pelas Forças Superiores. Algumas ou talvez mesmo muitas almas encarnadas poderão vir a encontrar-se em tal situação num momento dado, mas isto acontecerá unicamente pela sua resistência aos conselhos que estão sendo divulgados, não acreditando neles, ou por outros motivos que não vêm ao caso. Essas almas, contudo, conseguirão afinal também o socorro desejado, mas poderão padecer um pouco antes disso, em face da sua resistência ou descrença no que está sendo divulgado pelos emissários do Senhor.
Minha tarefa no momento, solicitada ao meu Amado Jesus, consiste em tentar falar diretamente ao coração das minhas queridas filhas e filhos encarnados, para lhes dizer que as grandes coisas anunciadas para acontecer na Terra têm a finalidade de operar modificações que se tornaram indispensáveis à vivência das almas que estão chegando em todos os lares terrenos. A Terra, assim como todos os demais planetas disseminados na imensidade do cosmo, também está sujeita ao progresso evolutivo, a fim de poder receber e alimentar populações sempre mais evoluídas espiritualmente. É por tal motivo que o início do terceiro milênio da era cristã foi escolhido para a realização das reformas em curso. O fato de poderem estas reformas importar na partida de muitas almas presentemente encarnadas, só lhes trará vantagens, porque ascenderão imediatamente à categoria espiritual imediata. Quando tais reformas estiverem concluídas, haveis todas vós, almas queridas, de contemplar com alegria, donde quer que vos encontreis, a bela transformação operada no planeta e também nos hábitos de vida de sua nova população. Uma aura assaz luminosa então se levantará da Terra, como reflexo da harmonia e entendimento que hão de reinar entre as populações terrenas.
Isto posto, minhas queridas, eu quero dizer-vos algo a respeito do que ireis encontrar no vosso plano de vida espiritual, uma vez fechados os olhos do corpo que carregais, sabe Deus com que sacrifício muitas de vós o fazem. Encerrada, por conseguinte, a vossa atual peregrinação pelos caminhos terrenos, e desprendidas dos liames que aqui vos prendem ao meio terreno, logo empreendereis um vôo mais ou menos longo, em direção ao vosso plano de vida no Além, donde viestes para a Terra. Lá ireis encontrar, então, uma pequena multidão que vos espera sorridente ao fim de uma nova encarnação vivida neste plano, e muitos abraços recebereis por motivo do vosso regresso da Terra. E quem serão, porventura, os componentes dessa pequena ou grande multidão? Quem será que assim se interessa em receber uma alma de volta da Terra, ao fim de uma existência de trabalhos, lutas, dificuldades e sofrimento? Eu vos direi, minhas almas queridas, que tal multidão é constituída pelas almas que foram vossos parentes em muitas encarnações e não apenas na atual. Naquela multidão de almas que vos receberão sorridentes no Além, haveis de reconhecer pais, mães, irmãos, irmãs, filhos e filhas do vosso ser em vidas pretéritas, agora ligadas à vossa alma por sólidos laços de afinidade e parentesco. Verificareis que vos esperam também, em maior ou menor número, outras almas com as quais tereis convivido na Terra e que partiram antes ou lá permaneceram enquanto vós descestes ao solo terreno. Nesses momentos pode suceder encontrar-se também à vossa espera, algo afastada da multidão das vossas almas afins, parentes ou amigas, uma ou outra criatura cuja intenção não seja a de abraçar-vos. Poderá encontrar-se à vossa chegada, certamente em atitude nada amiga, alguma ou algumas almas que se julgam prejudicadas por vós na Terra, seja em que circunstâncias forem. Certos fatos ocorridos na Terra entre seres humanos alcançam quase sempre repercussões nos planos extraterrenos, sobre o que devem estar esclarecidas todas as almas encarnadas. É por isso de toda a conveniência para todas vós, almas que eu muito estimo, que procedais a uma espécie de exame diário em torno dos vossos atos e procedimentos; não vá existir algo cujo reflexo possa vir a incomodar-vos por ocasião do vosso regresso ao mundo espiritual. Pode suceder, e sucede realmente, muito frequentemente, que no tumulto da vida diária de todas as almas algo possa ocorrer em desacordo com as boas normas da vida, e assim se tornar prejudicial a terceiros. Isto sucede em meio à chamada luta pela vida, em que cada qual trata de cuidar exclusivamente de si, dos seus próprios interesses, com o que é comum sacrificar algumas vezes os interesses de companheiros de peregrinação terrena. São estes, ou estas almas, que frequentemente se postam no Além à chegada ou passagem das almas regressadas da Terra para as injuriá-los ou admoestarem por aqueles fatos que não conseguiram esquecer. Eu venho trazer-vos então um conselho no sentido de poder cada qual ir apagando as arestas que porventura existiam ao longo dos dias decorridos. O conselho que aqui vos dou a todas, minhas filhas e filhos queridos é bem simples e fácil de praticar. Consiste em incluirdes nas vossas preces diárias ao Senhor um pedido de perdão às almas que, consciente ou inconscientemente, possais haver prejudicado. E acrescentareis então um pedido ao Senhor, de luzes e bênçãos para todas elas, a fim de transformá-las, pelo amor, em vossas amigas. Não necessitarei de dar aqui uma fórmula para essa vossa prece, porque a melhor fórmula deve partir do vosso coração. Nesses momentos o pensamento percorre instintivamente os diversos caminhos percorridos, onde a memória de quem ora consegue recordar fatos ou atitudes que justifiquem a prece. Orai então com sinceridade pelos vossos semelhantes porventura prejudicados, ou sequer desgostosos pelas vossas ações, e haveis de surpreender-vos bem agradavelmente ao regressardes ao Além, encontrando essas criaturas integradas na multidão de parentes e amigos ansiosos em receber-vos.
Vedes pelo que acabo de dizer-vos, quão poderosa é a força da prece impregnada do sentimento de amor aos semelhantes. Poderei, acrescentar, mesmo, que nada no Universo consegue resistir à força do amor. O amor enche, repleta e faz vibrar todos os corações, inclusive os mais endurecidos. Estes, pela continuidade das amorosas vibrações que recebem, amoldam-se, abatem-se, transformam-se, com o tempo, em novas fontes de amorosas vibrações. Dos homens que a história registra como maus, violentos opressores, quando encastelados em altas posições do mundo terreno, nenhum deles sequer reconhecereis hoje como tal. A grandiosidade da misericórdia divina penetrou algum dia no âmago de seus corações, eliminou de lá os maus sentimentos que os faziam tão maus, e neles plantou a minúscula sementinha do amor, em circunstâncias várias, onde o amor então se desenvolveu e prosperou. Eu vos relatarei um desses casos para vossa edificação.
Tratava-se de um potentado como existiram muitos na Terra. Tendo nascido rico como costumais dizer, em berço de ouro, esse homem cresceu em meio da fortuna e da riqueza, habituando-se a ver nos semelhantes apenas criaturas miseráveis destinadas a servi-lo. O pai, imperador poderoso, usava os súditos como elementos escravos na formação de seu exército de conquistas sem fim. Sua alma afeita ao mando incontestável, respeitada e temida em derredor, era obedecida por bem ou por mal, uma vez que dispunha da força para fazer-se obedecer. Um dia que sempre chega na vida de todos os encarnados, pressentindo a chegada do fim, chamou o filho mais velho e assim falou:
— Meu filho. Eu deixarei este mundo dentro em pouco, estou bem certo disto. Desejo fazer-te então a seguinte recomendação, a ti que serás o meu sucessor: jamais te deixes humilhar, seja por que motivo for. Reage sempre e com toda a violência à humilhação. Serás tu o próprio Deus na Terra. Combaterás sempre, continuadamente, até implantares teu domínio em toda a Terra. Uma única vida terá valor na Terra de ora em diante, que é a tua. Adeus.
O poderoso imperador fechou os olhos do corpo para sempre. Abriu, porém, os olhos da alma, ao transpor as fronteiras do mundo espiritual, começando nesse momento a perceber a verdadeira realidade das coisas. No plano terreno, o filho, aclamado novo imperador, não teve escrúpulos em dar cumprimento às insensatas recomendações do pai. Lançou os seus exércitos à conquista do mundo em volta, regozijando-se com a sucessão de vitórias assim alcançadas. Esta era em verdade a sua maior preocupação: engrandecer continuamente o império, até que conseguiu considerar-se maior do que o próprio pai.
Deus, porém, não dorme, como sabeis. Deus, o Criador do Universo, vela permanentemente, e sempre opõe um basta! quando isto lhe parece necessário. Assim aconteceu ao herói desta narrativa. Numa de suas batalhas mais árduas, após haver engrandecido de muito o seu império, viu-se envolvido pelo inimigo numa forte armadilha, com todo o seu exército. Caiu também prisioneiro, e em que condições! Era, porém, muito grande o seu orgulho para se conformar com a situação. Ofereceu ao inimigo devolver-lhe as províncias e países conquistados por seus exércitos, em troca de sua liberdade. A proposta foi recusada. Prometeu devolver igualmente as províncias e países conquistados por seu pai, nos derradeiros vinte anos do antigo imperador. A proposta foi também recusada pelo inimigo, que o tinha feito prisioneiro. Era, porém, tão grande o seu desejo de liberdade que o jovem imperador resolveu oferecer tudo o que possuía: o seu luxuoso castelo ricamente instalado, em cujo subsolo existiam grandes blocos de ouro, produto dos saques executados durante as suas e as conquistas de seu pai, nos países submetidos. Tudo isto, ele, jovem imperador, transferiria ao inimigo em troca de sua liberdade pessoal. A resposta do inimigo foi simples e categórica: — “Tudo quanto nos ofereces, jovem imperador, já é nosso, inclusive o teu próprio país, que se nos entregou. Assim, tudo quanto apenas desejamos é a tua própria pessoa. Tua pessoa em nossas mãos é para nós a maior garantia de que jamais ordenarás novas matanças pelos teus exércitos”.
O jovem imperador tomou-se de profundo abatimento moral e entrou num estado tal de depressão orgânica que em breves anos, dois talvez, levou sua alma a desencarnar. Não podia conceber o jovem imperador que houvesse na Terra uma força mais poderosa do que a sua, uma vez que o pai lhe dissera ser ele próprio o Deus da Terra. Esta circunstância levou aquela alma à depressão total, e ao consequente regresso ao mundo espiritual. Como disse em princípio, e sucede habitualmente, aguardava a alma do jovem imperador uma grande multidão de almas que não vieram esperá-lo como parentes nem amigos, mas desejosas de vingança, em face dos sofrimentos por que haviam passado sob sua ação guerreira. Esta alma, apavorada, clamava por seu pai, seu mestre na Terra, em cuja proteção unicamente confiava então. Passados instantes de chamamento e espera, eis que o velho imperador se aproxima, tão abatido pelo sofrimento, que se tornara irreconhecível ao filho. Este, ao certificar-se da realidade, atirou-se-lhe nos braços em pranto, lamentando do fundo d’alma o infortúnio que o envolvera. O velho imperador, entretanto, dando mostras de que se esclarecera no Alto, assim lhe falou:
— Tranquiliza-te, filho meu. Tranquiliza o teu coração e regozija-te no Senhor. Recebe esse infortúnio aparente como uma graça do Senhor que nos dirige em nossas vidas, seja no mundo terreno, seja neste mundo de luz. Devo dizer-te que me considero responsável pela tua sorte e a do nosso povo, pelos conselhos e ensinamentos que na Terra te proporcionei. Regressando, porém, a este plano de vida, tive abertos os olhos da alma pela graça e misericórdia do Senhor, e pude enxergar então a extensão do mal que havia praticado. Arrependi-me sinceramente e passei desde então a orar por quantas almas eu prejudiquei com minhas ações na Terra. Por fim, incumbiu-me o Senhor de me aproximar de ti com a missão de sustares também as tuas ações guerreiras, no teu próprio bem. Foi o que fiz, filho do meu coração.
O velho imperador silenciou por instantes para refazer as energias combalidas e assim concluiu:
— Foi, pois, por minha inspiração que os teus inimigos prepararam a armadilha em que caíste com os teus exércitos naquela garganta sem fim entre as duas montanhas, para que cessasses também as tuas ações guerreiras de uma vez. Repousa, então, nos meus braços meu filho, e eleva também as tuas graças a Nosso Senhor Jesus.
Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.
Esta mensagem é parte do livro Corolarium, da Grande Cruzada do Esclarecimento. Conheça mais sobre o livro Corolarium. Agradecemos pela leitura e ficaremos muito felizes se o seu desejo for o de compartilhar a mensagem com seus amigos e familiares.
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