A Prece Atrai Socorro e Paz - Vida Nova Cap. XXXIII

PDF por Nova Ordem de Jesus. 10/02/2016 - 16 min leitura
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O movimento espiritual que neste momento se processa nos planos mais próximos, é de tais proporções e diversidades, como não há memória de outro igual em toda a vida deste planeta. Ajus­tam-se planos de trabalho a ser desenvolvido no solo terreno, pre­param-se trabalhadores para mergulhar no ambiente que circunda a Terra, retocam-se detalhes dos trabalhos a serem aqui empreendi­dos, medem-se e calculam-se distâncias e profundidades para que nada falte na obra imensa, quase ciclópica, a ser executada em profundidade no planeta que habitais, objeto de grandes transfor­mações em perspectiva.

Como todo trabalho cuidadosamente planificado, este a que me refiro foi previsto para um período mais ou menos longo, é verdade, mas seu início a bem dizer já foi dado em vários setores e aí prossegue o seu curso. Cientistas, engenheiros, médicos e ou­tras categorias especializadas, convocadas e instruídas em seu res­pectivo setor, encontram-se a postos com os elementos necessários ao desempenho de suas tarefas, inclusive a companhia de numero­sos auxiliares e assistentes, para darem começo à sua parte. Não haverá nenhum exagero em referir aqui, para que os leitores possam fazer uma idéia aproximada do valor desses trabalhos, que todos os Espíritos de Luz que passaram pela escola terrena se encontram mobilizados neste momento.

De tudo se deduz, por conseguinte, que o que vai acontecer ao mundo terreno a partir de agora, é de molde a levar à meditação quantas almas aqui se encontram na vivência de mais uma existên­cia terrena. Não necessitarei de repetir o que outras Entidades disseram acerca das modificações a serem operadas na Terra, com base, algumas delas, em grandes profundidades do solo, e isto por­que todos os leitores já se encontram preparados para elas. Tam­bém não perderei palavras em tentar conduzir-vos para Jesus, Nosso Mestre e Senhor, porque o assunto já se encontra perfeitamente claro em vossas mentes, e todos vós, segundo observações feitas do Alto, já estais seguindo esse caminho com maior ou menor dose de fé. Não perderei palavras, por conseguinte, para repisar este assunto, embora ele constitua, por assim dizer, o artigo primeiro do primeiro capítulo.

Falarei então de assunto que suponho do maior interesse para quantos se encontram  presentemente habitando corpo humano, em mais uma existência terrena, e sei de antemão que todos o apreciareis sobremodo. Quero referir-me neste capítulo que o Senhor me incumbiu de redigir, ao que se relaciona com o comportamento de cada um de vós em face de acontecimentos que devem positivar-se em breve sobre a face da Terra.

Dada a natureza excepcional desses acontecimentos, pode suceder que o seu advento venha a produzir surpresas bastante fortes para os desprevenidos, podendo muitos seres humanos deixar-se tomar pela idéia insistentemente propagada de tratar-se do fim do mundo, o que não é absoluta­mente verdade.

A Terra não está em absoluto para acabar, como certos pseudo­cientistas apregoam; antes pelo contrário, este mundo terreno está sendo objeto de atenções especiais por parte do Senhor do Mundo, devendo a vida tornar-se em breve mais humana e mais fácil de ser vivida do que agora. As modificações em andamento a se po­sitivarem na estrutura terrena, visam precisamente à preparação de condições mais favoráveis aos seres humanos, tendo-se em vista estas duas circunstâncias: a duplicação ou até a triplicação da popu­lação atual, e a vinda para a Terra de Espíritos possuidores de grande evolução, para constituírem a população dos próximos sé­culos. Não existe, por conseguinte, nenhuma possibilidade, por mí­nima que seja, de terminar a vida neste planeta, ou seja, de o mundo acabar agora ou daqui a algum tempo. Assim pois, meus caros leitores, a única circunstância à qual todos deveis dar vossa atenção, é à maneira de todos vos comportardes aos primeiros rumores, fatos ou acontecimentos que porventura se manifestarem, seja perto ou longe do local em que vos encontreis.

Como comportamento, desejo significar a atitude mental de ca­da um dos seres humanos de todas as idades, uma vez que o fato será geral, podendo abranger ora uma ora outra região do solo terreno. A melhor norma, pois, de comportamento, aquela que será capaz de dar paz e tranqüilidade aos Espíritos encarnados, é o estado de comunhão espiritual com as Forças Superiores, também designadas por Forças do Bem. O estado de comunhão com essas Forças, já o sabeis, adquire-se, ou melhor, realiza-se por meio da prece ou oração proferida com toda a convicção de quem sabe que está movimentando uma Lei Divina, que é no caso a Lei da Ora­ção. Através da prática desta Lei todo o socorro prontamente se apresenta no local reclamado, podendo cada qual convencer-se da grande verdade multimilenar, de que, desde que o Universo existe, nenhuma prece ainda se perdeu. E não se perdeu pelo fato em si, de que tendo sido a prece criada paralelamente à criação do Universo, tudo quanto no Universo se encontra está estreitamente relacionado com a prece.

Talvez vos surpreendais em eu vos dizer que a prece se en­contra presente em todas as manifestações da Natureza. A água que desliza no leito de um córrego, segue balbuciando uma prece ao Criador ao descer aqui e ali, num desnível do leito ou no choque verificado contra as pedras que nele se encontram. O boi, o cavalo, a cabra como o carneiro, ao erguerem a cabeça no pasto ou onde quer que se encontrem para emitir o som próprio da espécie, estão emitindo com ele a sua prece, algumas vezes de contentamento pela fartura de alimentação que defrontam, outras vezes implorando algo que necessitam ou desejam realizar. Podem os homens não enten­der completamente o que dizem os animais em sua prece, porem o Criador os entende e abençoa. A prece é, por conseguinte, o recurso mais pronto e mais eficaz ao homem em quaisquer situa­ções. Demais não será dizer-vos, meus caros irmãos leitores, que ela nunca vos foi tão necessária no decorrer da vossa existência multimilenar como o será nos dias que se aproximam. A prece indivi­dual atrai o socorro, a paz e a tranqüilidade do Espírito; mas a prece coletiva, essa realiza verdadeiros milagres. Nós que vivemos hoje a vida de Espíritos livres no mundo espiritual, temos por hábito reunir-nos diariamente em horas predeterminadas para orar­mos juntos, para realizarmos a prece coletiva, menos em nosso pró­prio proveito do que no vosso, irmãos encarnados. Observando do Alto as vossas necessidades de harmonia, precisamente pela ausên­cia do hábito da prece, nós que tanto desejamos a vossa felicidade, procuramos suprir essa deficiência orando coletivamente por vós neste plano de vida terrena. Não penseis, contudo, que nos sereis devedores de algo por essa nossa prática em vosso favor. Absolu­tamente nada nos ficais a dever por isso. A prece contém em si mesma, nas vibrações que emite, esta beleza imensa: beneficia aquele que a faz em seu próprio favor, de maneira precisa, total. Porém, quando emitida em favor de outrem, então ela se desdobra em duas parcelas absolutamente iguais, sem que nenhuma delas seja inferior à sua totalidade: ela beneficia aquele em favor de quem é feita, e, em igual parcela beneficia quem a emitiu. Está nisto, por conseguinte, uma demonstração a mais do valor prodi­gioso da prece, uma das mais belas criações do Senhor, Nosso Deus.  Constitui ainda hoje um dos mais belos trabalhos a serem rea­lizados na Terra, ensinar as gerações novas a orar. E tanto mais se adiantem os trabalhos neste sentido, tanto mais as gerações se aproximarão de sua verdadeira felicidade.

Ensinar desde os pri­meiros anos a criança a balbuciar as palavras da prece, representa pra quem o faz, o mesmo que estar iniciando no coração da criança a iluminação do seu Espírito. Dessa iluminação desde os primei­ros anos de uma nova existência terrena, desenvolver-se-á nesse pe­quenino coração o hábito de se comunicar com Deus, Nosso Pai Celestial, cuja assistência e proteção jamais lhe faltará pelos anos em fora. Não há nenhum exagero em eu vos dizer que estatísticas cuidadosamente levantadas no Alto, demonstram que os Espíritos que na Terra se têm desviado do caminho reto, encontram-se entre os que não aprenderam a orar em crianças, ou o fizeram desprovi­dos da necessária explicação doutrinária, ministrada por seus res­ponsáveis. Verificamos então que das crianças acostumadas à ora­ção diária, em noventa por cento dos casos resultaram homens e mulheres corretos, quando não até modelos de criaturas humanas no desdobramento de sua existência.

Uma conclusão daí se retira, para a qual desejo chamar a aten­ção de todos os meus leitores: a da conveniência, da imperiosidade mesmo, para todos vós que fostes distinguidos na Terra com a dig­nidade de receberdes filhos em vossos lares para criar e educar, de acostumá-los desde bem cedo ao hábito da oração a Nosso Senhor, infiltrando em seus mimosos corações as vibrações maravilhosas que os ajudarão a vencer, na vida que iniciam, todas as dificulda­des e obstáculos que não hão de faltar.

Este é o conselho que venho trazer-vos no capítulo que vim redigir por solicitação de Nosso Senhor, oportunidade que eu quis aproveitar para reeditar palavras e atitudes que tanto dignificaram minha última passagem pela Terra. Do Alto onde hoje vivo, con­tudo, muito tenho sido solicitado a intervir em favor de muitos mi­lhares de filhos que aqui viveram e de outros que ainda vivem, quando em suas dificuldades se lembram deste velhinho.

Aqui me despeço com saudades imensas deste plano onde tanto procurei servir ao Senhor Jesus, servindo aos meus irmãos ne­cessitados de todas as categorias. Continuai então a dispor, sem­pre que necessiteis, deste Espírito que tanto vos quer e estima em seu coração. - ANTÔNIO DE PÁDUA

 

Not. biogr. — Antônio de Pádua — 1195-1231 — Religioso franciscano português. Seu nascimento é dado por uns como ocorrido em Beja, e por outros em Lisboa, a 15 de agosto de 1195, filho do nobre Martinho de Bu­lhões e D. Teresa Taveira, “senhora de ricos dotes de alma e inteligência”. Tendo concluído o curso de humanidades em Lisboa dirigiu-se a Roma com o fim de obter um favor do Papa, e ali ingressou no estudo da religião.

Pos­suidor de inteligência incomum, Antônio adquiriu rapidamente o curso de teo­logia, passando, muito jovem ainda, a lecionar essa matéria na Universidade de Pádua. A circunstância de ter vivido vários anos nessa cidade levou os pa­duanos a chamá-lo mais tarde Frei Antônio de Pádua, “o filho mais querido da casa de S. Francisco”.

Antônio de Pádua foi pregador exímio, cuja palavra arrebatadora em­polgava as multidões. Santo Antônio é tido no mundo cristão como desco­bridor das coisas perdidas. Conta-se que a origem dessa crença foi a seguinte: Estava Frei Antônio em Montpellier, França, ensinando teologia aos jovens frades, quando um dos noviços desapareceu do convento levando consigo o livro dos salmos comentado pelo Frei Antônio, uma preciosidade naquela época de falta de livros. O livro fazia falta ao Santo, no ensino, e o mesmo lamen­tava, sobretudo, o grave pecado do ladrão. Pôs-se então a rezar pelo pecador, pedindo na oração que o livro lhe fosse restituído, pois que dele necessitava para a continuação do ensino. A prova de que o Senhor ouviu a oração do Frei Antônio pode ser encontrada neste fato extraordinário: ao passar por uma ponte, o noviço viu-se detido por um negro que lhe tomou a frente, amea­çando lançá-lo ao rio se ele não fosse imediatamente restituir o livro a Frei Antônio. Aterrorizado com a ameaça, o noviço voltou ao convento, lançou-se aos pés do Santo, restituindo o livro e implorando perdão pelo grave pecado, e rogando ser readmitido no convento, o que lhe foi concedido. Data deste fato a fé depositada em Santo Antônio como o grande restituidor das coisas perdidas. Mas há muitos fatos semelhantes na vida deste Grande Espírito que ocupariam volumes.

Santo Antônio desencarnou no conventinho de Arcela, próximo de Pádua, no dia 13 de junho de 1231. Seu corpo, com grande cortejo, foi depositado num sarcófago de mármore na Igreja de Santa Maria, em Pádua, onde se lê a seguinte inscrição: “Esta cidade sente-se engrandecida por ter dado ao glo­rioso Taumaturgo português o sobrenome pelo qual é geralmente conhecido — Santo Antônio de Pádua”.

Um dos biógrafos de Santo Antônio (1) escreveu o seguinte: “Quem, indo visitar o túmulo do Taumaturgo chega à estação da Estrada de Ferro, não precisa ter cuidado para achar a grande basílica. Isto porque encontra um bonde estacionado com a tabuleta — II Santo — como se não houvesse outro Santo no Céu, tanta é a veneração que lhe tributam e a glória que jul­gam os paduanos ter possuindo os despojos mortais do “Santo de todo o mundo”.

Santo Antônio foi canonizado pelo Papa Gregório IX no dia 30 de maio de 1232, um ano após a sua desencarnação, estabelecendo o dia 13 de junho anual para a celebração da sua festa.

(1) Frei Basílio Röwer

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