A fase atual da Terra: fim de um ciclo, início de outro - Elucidário Cap. XXXV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 11/02/2016 - 18 min leitura
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A fase atual da Terra: fim de um ciclo, início de outro - A vida do ser humano não lhe pertence - O prazer condenável do álcool: embotamento das mais belas faculdades - Um governante sábio

Os trabalhos que estão sendo realizados na Terra neste fim de século e de civilização, correspondem a uma necessidade que se fazia urgente desde alguns séculos, para adaptar o planeta à vivência da próxima geração. Os historiadores do futuro registrarão a fase atual da Terra como fim de um ciclo e início de outro que se prolongará por muitos séculos em fora. A Terra não podia deixar de acompanhar a evolução de todos os demais planetas habitados, adaptando-se às circunstâncias peculiares à evolução dos seus habitantes. Toda vez que uma nova civilização se encaminha à vivência em qualquer planeta, certas modificações ali se antecedem, sem o que essa vivência se tornaria impossível.

No caso da Terra, segundo já foi assaz divulgado, há necessidade de melhorar diversas áreas do seu solo para que possam tornar-se úteis aos respectivos habitantes. E como os melhoramentos que se tornam necessários não podem ser operados em silêncio, eis porque se vos tem dito que isso ocorrerá por meio de atos realiza­dos na profundidade do solo com repercussão estrondosa. Já estais entretanto bem cientes e por isso prevenidos acerca desses atos, para não vos deixardes surpreender por eles. Uma boa maneira de vos harmonizardes convosco próprios, para não vos abalardes em vossa tranqüilidade de seres espirituais que realmente sois, será, a meu ver, considerardes-vos em vilegiatura em determinada região, cidade ou estância, à qual nenhuma outra ligação vos prenda além do vosso próprio desejo de usufruir as vantagens que nesse lugar existem para a vossa vida, tranqüilidade ou repouso. A certa altura foi-vos dito que tereis de ir embora dali porque o local da vossa hospedagem e possivelmente os demais que lá houverem têm de entrar em obras e que só muito poucas pessoas lá permanecerão em conseqüência das obras a iniciarem-se. Vós que não pertenceis ao lugar e ali estareis apenas transitoriamente, tomareis desde logo a vossa resolução: arrumareis a vossa bagagem tranqüilamente, lançareis um olhar de despedida à localidade, tomareis a vossa condução, ou seja a condução habitual a quantos devam retirar-se como vós, e regressareis ao lar que deixastes bem longe ou próximo dali, onde prosseguireis na vossa vida nas circunstâncias que lhe forem peculiares. Esta imagem tem o objetivo de ilustrar o fato que poderá verificar-se em dias, meses ou anos próximos, em relação aos acontecimentos programados para o vosso pequeno mundo terreno. Se ocorrer que alguns dos meus estimados leitores venham a ser convidados pelas Forças Superiores a regressar ao lar que deixaram em algum lugar, perto ou distante daquele em que se encontrem, o processo a utilizar é mais ou menos o acima descrito, com a diferença apenas de que neste caso a sua bagagem deverá estar arrumada com bastante antecedência, desde agora, por exemplo, porque poderá dar-se que a intensidade dos trabalhos na região não ofereçam margem de tempo para arrumá-la, mas apenas para aquele olhar de despedida de que acima falei.

Isto que aqui escrevo, está claro, é apenas uma hipótese do que poderá acontecer, mas que acontecerá sem dúvida em muitos lugares da Terra. E como nenhum prejuízo moral ou material poderá ocorrer a quantos estiverem devidamente atentos aos acontecimentos e convenientemente prevenidos para enfrentá-los, entendo que o melhor para todos é prevenirem-se desde cedo, desde o momento em que tomarem conhecimento destas linhas, e iniciarem a sua preparação. Se me fosse possível traçar-vos um quadro bastante ilustrativo dos planos espirituais onde vivem milhões de almas que não puderam descer à Terra para uma nova reencarnação, e também outros muitos milhões daquelas que, tendo encerrado sua última existência na carne, se encontram no gozo de um repouso merecido, se me fosse possível traçar-vos, como disse, um quadro desses pla­nos, e evidenciar para a vossa compreensão, a paz, a tranqüilidade e bem-aventurança de quantas almas conquistaram na Terra estes divinos dons, estou certo de que todos vós, leitores meus, ficaríeis ansiando pelo momento de vos desprenderdes também dos laços que vos prendem ao corpo que habitais, para vos transportardes imediatamente, se possível, àquela vivência espiritual que vos aguar­da. Eu vos esclareço entretanto, que aquele que isso fizesse por antecipação ao momento que lhe foi deferido para permanecer na carne, estaria cometendo um ato condenável contra si mesmo, contra a sua própria vida terrena, e nessas condições não lograria ver-se transportado ao seu plano espiritual. Sendo as leis divinas sábias e perfeitas, contra as quais nenhuma espécie de violência subsiste, aquele dos meus leitores que, empolgado com o que venho de dizer, viesse a praticar um ato de violência contra si mesmo, ver-se-ia imediatamente surpreendido com a sua permanência ao lado do corpo ou em torno dele, por tanto tempo quanto fosse preciso para completar o que lhe cumpria viver encarnado. E até que esse período decorresse, quanto sofrimento motivado pelo ato impensado teria então de padecer! Conclui-se, assim, que a vida terrena de cada ser humano não lhe pertence, mas à Divindade, e só Ela pode deter­minar o seu fim, ou a sua interrupção. Ao homem como à mulher incumbe o dever de zelar pela saúde do organismo que conduzem, como veículo que é de sua permanência no solo terreno, sendo até regiamente premiados aqueles que souberem prolongar ao máximo a vida do corpo que construíram e usaram em sua permanência na Terra. Isto se torna tanto mais necessário, aliás, quanto sabemos todos nós, como é difícil no Alto conseguir-se a necessária permissão para uma nova reencarnação. Existem no Além, conforme já referi, muitos milhões de almas desejosas de descer ao solo terreno para o prosseguimento do seu curso de aprendizado e não conseguem ver realizado esse desejo. Isto, meus caros leitores, deve ser dito e pro­clamado bem alto por todos para que o saibam se possível todos os homens e mulheres que conheceis, a fim de que todos possam aproveitar a sua encarnação atual para se prepararem como devem e necessitam. Uma vez esta encerrada e regressados ao Alto, seus Espíritos irão verificar eles próprios toda a verdade contida nestas palavras.

Todos nós Espíritos de Luz que descemos à Terra em missão de serviço divino lamentamos no íntimo do coração, a observação que nos é dado fazer porque ressalta por toda a parte aos nossos olhos, de seres humanos já possuidores de alguma elevação espiritual, e por isso de um grau regular de inteligência, deixarem-se arrastar à prática de atos inteiramente incompatíveis com as leis divinas, como se adormecidos estivessem no interior do corpo que conduzem. Contemplar, por exemplo, a promiscuidade de homens possuidores de luz espiritual e inteligência, com criaturas ainda carecentes destes predicados, mergulhados no prazer condenável do álcool, cujo efeito duradouro consiste no embotamento de suas mais belas faculdades, é para todos nós motivo de profunda tristeza em face do prejuízo daí decorrente para a elevação e felicidade desses Espíritos. Eu rogaria então a todos os meus estimados leitores que se fizessem arautos do bem e da felicidade na Terra, aconselhando a quantos privarem de sua amizade que se afastem do álcool e dos prazeres menos dignos, como meio de se elevarem mais rapidamente na escala do seu progresso espiritual. Esta recomendação é feita permanentemente pelos Guias espirituais de cada um desses nossos irmãos encarnados ao seu Espírito durante as horas de sono do corpo. Acontece, porém, que só muito dificilmente a memória física registra o que ao Espírito foi dito, e por isso é que eu vos peço sejais vós próprios intérpretes daquela recomendação, transmitindo-a de viva voz aos vossos amigos. Estareis com isso tornando-vos autênticos servidores do Senhor na Terra, porque contribuindo para o bem e a felicidade dos vossos companheiros de jornada terrena.

A seguir vou contar-vos uma pequena história que, estou certo, muito vos há de agradar. É a história de um homem que viveu na Terra como todos nós aqui vivemos inúmeras vezes, em busca de conhecimentos e experiência, evolução enfim. O homem de quem me vou ocupar viveu pela última vez entre os demais há perto de quinze séculos e teve a seu cargo a direção de um grande país habitado por um conjunto de raças bastante bulhentas, todas disputando a primazia no valor e na inteligência. Havia igualmente uma variedade de crenças religiosas segundo os pendores de cada raça.

Como fossem grandes as suas preocupações em administrar o país a contento de todos, e isto é realmente uma tarefa impossível, o homem de quem me ocupo, visando a contentar a todos os seus governados, solicitou um dia que cada raça humana lhe indicasse o seu elemento mais categorizado para desempenhar funções de seu conselheiro, a fim de que pudesse governar o país a contento de todos. Processou-se então a seleção dos melhores, o que levou algum tempo a concluir em virtude do processo adotado, que pareceu a todos excelente. Inicialmente cada raça humana escolheria um número de cem pessoas julgadas as mais categorizadas para exercer a função de conselheiro do rei. A seguir, essas cem pessoas elege­riam entre si os melhores em número de vinte, selecionados, por conseguinte, entre aquela centena de pessoas julgadas em condições de exercer a elevada função. Processada a escolha do melhor dos vinte selecionados, verificou-se grande dificuldade em apontá-lo por­que todos os resultados eram iguais ao fim de vários escrutínios: apareciam todos com igualdade de votos - um cada um. Isto sucedeu na seleção das várias raças humanas que povoavam aquele grande país. Como não aparecesse o resultado esperado, que seria o nome do elemento mais categorizado das várias raças para servir de conselheiro do rei, este determinou, após longos meses de tentativas feitas pelos próprios, que se apelasse para o sorteio entre os apontados como qualificados, visto como um deles apenas de cada raça poderia ocupar o ambicionado cargo. Esta determinação foi recebida com certo desgosto por quase todos os que a si mesmos se consideravam nas condições desejadas, mas não havia como resistir a ela. Procedeu-se pois ao sorteio, e surgiram cerca de oito elementos indicados, a desempenharem as funções de conselheiros do rei em todos os assuntos administrativos do país. Com esta medida visava o soberano invalidar os protestos de todas as classes a certos atos administrativos, leis e regulamentos baixados em favor da vida administrativa e da felicidade do seu povo. Atraindo para junto de si os elementos considerados mais categorizados de cada parcela dos seus governados, considerou o soberano haver eliminado para sempre os votos contrários e os protestos de cada uma daquelas parcelas populacionais.

Assim constituído o corpo de seus conselheiros, verificou o soberano que uma poderosa corrente de simpatia se alastrou por to­dos os recantos do país, cujos habitantes demonstravam a sua per­feita compreensão da medida inteligentemente adotada pelo seu soberano. Em face de tal medida, se em cada deliberação opinava um elemento categorizado de cada parcela da população, nada mais haveria a reclamar como anteriormente. A população em peso fez questão de manifestar a sua simpatia e decidido apoio ao soberano que tão inteligentemente procurava eliminar motivos de insatisfação do seu povo. A partir de então, fazia questão o soberano de que todo e qualquer ato administrativo fosse referendado pelos conselheiros indicados pelas respectivas classes.

Bem depressa entretanto, surgiram as insatisfações do povo. Certas medidas referendadas, porque aceitas pelos conselheiros, medidas destinadas a regularizar práticas e atitudes um tanto viciosas da população, foram recebidas com manifestações de protesto geral, porque em todas as classes ou raças da população se praticavam os mesmos vícios. Essas manifestações de protesto não surpreenderam, em face dos hábitos contrariados pelas medidas adotadas. Uma segunda medida adotada a seguir, relacionada com os direitos e de­veres de cada um, numa época em que os mais poderosos só conheciam os limites de sua própria vontade no trato com os demais, produziu uma onda de protestos violentos por parte das classes abastadas, mas, paralelamente, o apoio ostensivo dos menos favorecidos. Um trabalho foi logo iniciado pelas classes abastadas no sentido de substituir no conselho do soberano o seu representante, e eram vários, dado que em diversas raças havia homens abastados e poderosos. Levado o assunto ao conhecimento do soberano, este impôs uma só condição: apresentassem um substituto para o elemento que pretendiam demitir.

Os descontentes reuniram-se seguidamente e por muito tempo sem haverem conseguido selecionar o seu novo representante, dado que todos eles ambicionavam ocupar aquele elevado posto na administração do país. E não conseguindo chegar a um resultado por meio de eleição, determinou o soberano que o fizessem por sorteio, o que foi obedecido. Foram dessa maneira substituídos todos os conselheiros, uma vez que todas as classes se mostraram desgosto­sas com o seu representante. O soberano atendia pacientemente a todas as reclamações que lhe eram encaminhadas neste sentido. A história seria longa se relatada em suas minúcias. Resumirei porém, dizendo-vos que o novo corpo de conselheiros ao referendar certa medida que importava no comportamento moral de cada cidadão em relação ao seu semelhante, medida que implicava no reconheci­mento de que todos os homens e todas as mulheres são filhos de Deus e por conseguinte irmãos entre si, o novo conselho ao referendar tal medida, viu-se imediatamente envolvido em nova onda de protestos das classes abastadas e poderosas, cujos elementos argumentavam que o rico jamais poderia considerar-se irmão do pobre e do miserável, e, por conseguinte, o representante que haviam indicado devera ser demitido do corpo de conselheiros do soberano.

Este, sempre cordato e desejoso de contentar o seu povo, concordou na formação de novo conselho se isso correspondesse aos desejos de cada uma das classes que os indicaram, estabelecendo apenas uma condição: as medidas até então adotadas eram definitivas porque atendiam em sua extensão à maior felicidade de todos os seus súditos e portanto à grandeza moral do país. Esta condição foi aceita e um novo conselho foi constituído, o qual teve oportunidade de referendar novas e salutares medidas administrativas. A cada uma ou duas delas, porém, sucedia nova onda de protestos com a imposição da substituição dos respectivos conselheiros. O soberano, pacientemente, solicitava a indicação de novos representantes, os quais teriam à sua vez de referendar medidas que se tornavam necessárias à vida e bem-estar dos seus habitantes.Para finalizar eu vos direi que as substituições de elementos categorizados para a função de conselheiros do soberano, só terminou quando os vinte anteriormente escolhidos ocuparam à vez aquela elevada função num período de muitos anos, ao fim dos quais o país foi dotado de todas as medidas que haviam de contribuir para a sua perfeita organização moral e espiritual. O homem que realizou semelhante tarefa é conhecido no Alto como um dos maiores administradores que passaram pela Terra em todos os tempos.

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