A Constelação da Cristandade - Vida Nova Cap. IV

PDF por Nova Ordem de Jesus. 19/01/2016 - 11 min leitura
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Pudessem os seres humanos deste século formar uma vaga ideia sequer do tesouro de luzes que no Alto os aguardaria se bem cum­prissem os deveres que assumiram ao receberem uma nova encarna­ção na Terra, e estou certo de que largariam de mão os seus inte­resses materiais, puramente terrenos, para cuidarem apenas de se preparar para merecerem aquele verdadeiro tesouro de luzes espi­rituais ao regressarem de sua presente existência na carne.

É para lamentar, e muito, que se tenham descuidado do único bem que deveriam adquirir na presente viagem pela Terra, a qual para uma grande maioria pode ser considerada quase inteiramente perdida. É para lamentar, repito, que seja esta a realidade presente para muitos dos seres humanos do momento, mas ainda pode ser modificada a situação para quantos conseguirem despertar desse es­tado letárgico em que mergulharam ao reencarnarem, e decidir-se a cumprir deveres comezinhos do seu Espírito.

O trabalho e a oração, foi dito com muito acerto, representam os deveres do homem na Terra, pela seguinte razão: pelo trabalho os homens adquirem o alimento, o vestuário, a instrução e a moradia; pela oração mantêm-se em contato permanente com as Forças Supe­riores, das quais recebem a ajuda e proteção para os seus empreen­dimentos. Ao contrário disto entretanto, muitos seres humanos pre­ferem substituir a oração pela diversão, e ei-los ao fim do dia de trabalho em busca dos locais em que se oferecem diversões nem sempre condignas aos seus freqüentadores. Tais diversões onde o vinho, os licores e outras categorias alcoólicas são oferecidas e aceitas como índice de elegância e modernismo, constituem nada menos do que o caminho que não raro conduz os freqüentadores a prepara­rem encarnações mais ou menos dolorosas em mundos inferiores a Terra.

Efetivamente, a ação do álcool, sobre os órgãos mais sensíveis e delicados do corpo humano, estende-se com o tempo ao próprio Espírito, sobre o qual produz efeitos os mais desagradáveis, podendo levá-lo até à própria inconsciência de longa ou curta duração. As vibrações produzidas no Espírito pelos vapores alcoólicos podem em certos casos determinar a sua estagnação por séculos ou milênios, o que para o Alto pouco significa em face da eternidade da vida.

Ora, se os homens persistirem na substituição da oração pela diversão, além de estarem construindo para si próprios um futuro espiritual de grande infelicidade, estarão se afastando lentamente do Divino Pastor da humanidade terrena, porque, tendo de ser trans­feridos deste para um planeta de categoria inferior a Terra, auto­maticamente se afastam da chefia cristã do Senhor Jesus, para ingres­sar na de outro Guia Espiritual que não podemos saber quem seja mas que só poderá estar em relação com a categoria do mundo em que esses homens tiverem de ingressar.

Para um melhor esclarecimento do assunto, vamos tentar uma fórmula de comparação. Sabemos todos, tanto os Espíritos encarna­dos como desencarnados, que a Terra foi confiada pelo Pai Celes­tial a Nosso Senhor Jesus para nela promover a evolução de um de­terminado número de almas, desde a sua formação como seres livres, conscientes, responsáveis, até ao grau máximo que por seu esforço através de um sem número de encarnações neste plano, possam ascender à luminosa categoria de Espíritos Superiores, à qual efe­tivamente já atingiram muitos milhares delas desde que a Terra se tornou habitável pela espécie humana.

Aqui, por conseguinte, têm vivido, evoluído e progredido, vá­rias gerações de seres humanos, sempre orientados pela magnani­midade do Nosso Divino Mestre Jesus, o Chefe Supremo e Governa­dor do planeta. Sabemos todos quão suaves têm sido e sempre serão os métodos do Senhor na condução dos seus guiados terrenos, e da enorme dose de tolerância com que o Senhor sempre atende e aceita as faltas dos filhos de Deus em suas inúmeras peregrinações terrenas. Quantos deles, porque incontável é o número, ao regres­sarem ao Espaço após o término de mais uma existência na carne, apresentam-se de tal maneira prejudicados em seus méritos, alguns — muitos e muitos — em situação bem inferior àquela que possuíam antes de reencarnar! É que, possuidores do livre arbítrio, enveredam cegamente por atalhos bastante perigosos para a felicidade do Espí­rito, resultando disso enegrecerem-se em conseqüência de atos im­pensadamente praticados nesses atalhos da vida.

Uma vez de volta ao Espaço, Nosso Divino Mestre tem para com esses infelizes irmãos apenas a atitude que sua excelsa bondade e infinita misericórdia poderia ter: perdoá-los e oferecer-lhes uma nova oportunidade. Imaginai porém, todos vós que minhas pala­vras alcançardes, qual poderá ser a maneira de proceder do Chefe Espiritual de  um  mundo  onde  a  lei  do  mais  forte  ainda se constitua na decisão generalizada  para  todas as criaturas viventes nesse mundo, habitado por seres humanos, sim, porém no grau em que a Terra se encontrava há cerca de cinqüenta ou sessenta mil anos do vosso calendário. Um mundo, imagino eu, onde as querelas podem surgir a propósito de tudo, terminando invariavelmente pela consumação do vencido pelo vencedor.

Ora, amigos e irmãos que cursais a presente escola terrena: seria do vosso agrado sentir-vos nascidos de um momento para outro num mundo assim, vivendo como os demais seres humanos uma vida sem amor, sem Deus, vosso corpo algo semelhante ao dos vossos chimpanzés quanto à cobertura da pele? Estou bem certo, certíssimo que não. Então, um único meio se encontra ao vosso alcance para permanecer ligados a Terra e sob a chefia do meigo Nazareno que tanto vos estima: voltar-vos sem demora para Ele,e pedir-lhe a sua divina proteção para os vossos pobres Espíritos, a fim de que possam evoluir sob a sua magnânima lei de amor e felicidade.

Dizendo-vos o que aí fica sob os vossos olhos, eu dou por bem cumprida a tarefa que ao Senhor solicitei para reunir o meu esforço e a minha palavra aos de quantos vos falaram antes de mim, pelo sincero desejo que me anima de poder contribuir para que irmãos encarnados como vós o sois, nesta fase decisiva da atual civilização da Terra, não venham a ser escoimados da luminosa constelação da cristandade em que evoluíram até aqui, para serem lançados onde há trevas e ranger de dentes conforme a parábola do Senhor.

Trevas e ranger de dentes são bem o significado da vida nos mundos pertur­bados como o de que falei, em face do grau de inferioridade das condições de vida neles existentes. Em vez de trevas e ranger de dentes o Senhor vos oferece amor, luz, bondade e caridade, caracte­rísticas da vida na Terra, enquanto não tiverdes alcançado aquele desejado grau de Espíritos Superiores, que confere a todos a facul­dade de ascender a mais altos planos de vida.

Para concluir quero ministrar-vos um esclarecimento a mais, que é o seguinte: imaginai-vos de hoje em diante na qualidade de hós­pedes transitórios do Senhor Jesus, durante as horas de sono do vosso corpo. Como hóspedes do Senhor, que assim vos imaginais, oferecei-lhe o que de melhor possuirdes em vosso coração, que são os vossos bons sentimentos, o vosso amor para com Deus, e os vossos semelhantes. Na qualidade de hóspedes do Senhor, que assim vos imaginais, rogai-lhe para purificar ainda mais os vossos bons senti­mentos, de maneira a eliminardes totalmente os maus.

Fazei isso que vos sugiro, mas fazei-o como se o fizésseis com um vosso irmão mais velho, um grande amigo ou vosso próprio pai, e dessa forma grandes e agradáveis surpresas vos ocorrerão. Fazei isto e contai com a cooperação deste vosso amigo que se chamou - LAVOISIER

 

Not. biogr.: Antonio Lourenço Lavoisier — 1743-1794 — Grande quí­mico francês. Aos vinte e três anos alcançava um prêmio na Academia das Ciências com a sua Memória sobre o melhor sistema de iluminação de Paris. Aos vinte e cinco anos entrava para a Academia das Ciências. Descobridor do oxigênio. Numa das suas famosas experiências, aqueceu mercúrio ao ar durante doze dias e doze noites, e tendo analisado as películas vermelhas de óxido de mercúrio que se tinham formado, proclamou que o ar era composto de dois gases: o azoto e o oxigênio. Seus trabalhos experimentais foram numerosos no campo da química, levando-o a estabelecer com Guyton de Morveaus, uma nomenclatura química tão simples como fácil. Os trabalhos realizados durante os últimos anos de sua vida consagraram-se à química aplicada à fisiologia. Num dos seus estudos publicados nos Anais da Socie­dade de Medicina de Paris anunciava que a respiração não é uma simples combustão de carbono, mas que também há combustão de hidrogênio, com formação de vapor d’água. Denominou-se Lei de Lavoisier o princípio de que nas transformações químicas, permanece invariável o peso total da matéria que se transforma.

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