Realização Divina - Vida Nova Cap. LI

PDF por Nova Ordem de Jesus. 16/02/2016 - 18 min leitura
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Atendendo de todo o coração ao chamado de meu mestre ama­do, Nosso Senhor Jesus Cristo, afasto-me por instantes do meu posto multissecular na montanha do Himalaya, para ligar também o meu nome terreno e o meu Espírito de leal servidor do Senhor, a esta obra mediúnica que tanto bem e tanta luz irá derramar pelo mundo inteiro. Disse que me afasto por instantes do meu posto de serviço multissecular para vir até aqui, e disse bem, porque em verdade acabo de traçar uma diagonal entre a velha Índia e o Brasil, país destinado pelas Forças Superiores a servir de farol aos povos de ou­tros continentes no desdobramento dos dias, anos e séculos do porvir. Confesso que, vivendo há muitos séculos naquele meu posto situado em alguma parte da Montanha Sagrada, ainda não havia tido ensejo de conhecer de perto este grande país tão próximo do pólo Sul, porque vivo no extremo Oriente, onde para vós outros pa­rece nascer o Sol todas as manhãs. Vindo então até aqui para es­crever algumas palavras em apoio de quanto vos disseram outros iluminados do Espaço, eu explicarei a quantos o ignoram, o motivo de minha permanência no corpo por todo este tempo, em vez de ir-me embora do plano físico como todos os demais Espíritos que por aqui passaram como vós. Existe para isto uma razão muito forte que eu tentarei explicar em palavras até ao ponto em que a linguagem humana me o permita, visto como a linguagem terrena — qualquer que seja o idioma — é insuficiente para traduzir fatos espirituais com a necessária clareza.Começarei por dizer-vos que o meu e o Espírito do Senhor Jesus, de tão identificados como há milênios se encontram, já se constituem numa Força Espiritual, como se disséssemos uma só En­tidade. Permanecendo então no meu pobre organismo físico numa das numerosas grutas ou covas existentes na Montanha Sagrada, eu desempenho uma importante função auxiliar do governo de Nosso Senhor Jesus, recebendo das regiões superiores do espaço cósmico todas as vibrações dirigidas a este plano físico, e em seguida dis­tribuindo-as ao respectivo destino. Mantenho-me assim no mais estreito contato com os mundos espirituais, para de eles receber quan­to se destine a este plano em qualquer latitude que seja, uma vez que do meio das rochas e clareiras em que permaneço, eu posso entender-me com quantas Entidades se encontram em contato con­vosco, na qualidade de vossos Guias e Protetores.

Direi ainda que, recebendo e distribuindo por toda a Terra as bênçãos provenientes do espaço cósmico, eu sou também incumbido de captar no am­biente terreno e enviar a esse destino, todas as vibrações emitidas neste ambiente, e relacionadas com a felicidade e bem-estar da humanidade. Direi por conseguinte, que de tão complexa, a mis­são que me cabe desempenhar na Terra não me permite conciliar o sono por um instante sequer, nem de tal eu me recordo, em face de uma integração absoluta da minha vida terrena na vida espiritual.

Vou satisfazer um pouco a vossa curiosidade acerca de como me tem sido possível conservar meu corpo físico em plena forma durante os séculos em que o constituí. Se tal explicação me é fácil de dar-vos, muito mais fácil me tem sido conservar o meu corpo terreno. Não desejo fornecer-vos semelhante explicação apenas como elemento de curiosidade para vós, mas principalmente como um ensinamento a todos os encarnados, para que se esforcem em atin­gir por sua vez esse mesmo objetivo. Sabendo como sabeis que ao Espírito incumbe a função, ou obrigação, de construir e conservar o seu veículo de carne no plano físico, para nele viver e se locomover durante suas encarnações, está na vontade e determinação do Es­pírito conservar esse veículo pelo tempo que desejar, e por tanto mais tempo o conservará, quanto mais benéfica para a coletividade possa resultar a sua permanência na carne. E quando essa perma­nência se afirmar por uma vontade resoluta de servir às Forças Superiores junto à coletividade terrena, um interessante fenômeno então se verificará: o Espírito deixará de utilizar-se dos elementos nutritivos provenientes do solo terreno, para manter e alimentar seu veículo físico apenas das emanações oriundas dos planos supe­riores do Universo, atraídas por efeito de sua própria vontade cons­cientemente dirigida.

Todos os viventes humanos do presente momento possuem em estado latente algumas qualidades capazes de conduzi-los a um avanço notável em sua caminhada espiritual, dependendo apenas da vontade de cada um desenvolver e entrar na posse dessas quali­dades. É certo que se torna imprescindível à adoção de certos preceitos para que possam os seres humanos marchar resolutamente por tão bela estrada. Se isto vos parecer empresa difícil nesta lati­tude da Terra, onde a alimentação carnívora, o álcool e o fumo ainda impedem a espiritualização das almas encarnadas, eu posso assegurar-vos que no país em que vivo, aquela bela, sábia e mis­teriosa Índia, como a designais, tal empresa já se tornou realidade  há vários séculos, tendo vivido ali e lá se desenvolvendo espiritual­mente através da Kriya Yoga um número já incontável de Espíritos que se tornaram Grandes Luminares do espaço cósmico. Conheço na Índia muitos milhares de almas cuja maior preocupação consiste em jejuar e orar ao Senhor do Mundo, invocando-o por intermédio de Entidades que viveram e ensinaram as Leis Divinas em muitos lugares daquele país, santificando-os a tal ponto, que para esses lugares se deslocam de grandes distâncias milhares e milhares de peregrinos com o só objetivo de se prostrarem e orarem perante suas santas relíquias. As almas peregrinas que assim se abalam de longe para homenagear as almas dos Mestres que viveram nesses lugares assim procurados, são elas próprias que santificam as povoa­ções às quais se dirigem, pela força da sua fé expressada na pro­fundidade dos sentimentos que exteriorizam e das orações e jejuns a que durante semanas seguidas se entregam.

O Senhor do Mundo regozija-se sobremodo ao registrar quão profundos são os sentimen­tos manifestados pelas almas peregrinas aos lugares de sua predi­leção, constatando ao mesmo passo que nem uma só empreende tão longa e muitas vezes até perigosa caminhada com o mais recôn­dito sentimento de pedir bens, fortuna, progresso material, para si ou os seus . O objetivo precípuo, preponderante em todos os seres humanos que se abalam dos seus próprios lugares em peregrinação aos chamados lugares santos da Índia, consiste exclusivamente na Realização Divina, visa unicamente à purificação de seus dotes es­pirituais desde muito exercitados, na esperança de verem manifes­tar-se perante sua presença, embora de modo fugaz, este ou aquele Instrutor espiritual que haja vivido ou feito de tais lugares o seu centro de pregação e de purificação.

Para felicidade desses milhares de almas peregrinas que se des­locam de seus lares animados de tão belos propósitos, elas jamais voltaram desiludidas ou de mãos vazias. Seus objetivos, que são puros e santos, pois que visam exclusivamente ao desenvolvimento e perfeccionamento de seus Espíritos, encontram invariavelmente o que procuram e às vezes muito mais.

Sucede não raro, num am­biente que permanece impregnado das vibrações mais elevadas e puras, serem os próprios peregrinos guiados aos lugares desejados, por seres espirituais que procuram ajudá-los, conforme este fato que vou narrar sucintamente.

Encontrava-me certa feita em minha gruta situada a um terço da Montanha Sagrada, quando percebi que alguém de muito longe procurava  um  roteiro  que  conduzisse  ao  Himalaya,  pelo só desejo de repousar alguns dias na montanha e respirar os ares que supunha facilitarem sua realização espiritual. Eram cinco ou seis peregrinos que bem pouco conhecimento tinham da região. Observei-os por algum tempo por meio da minha visão espiritual e tentei inspirar-lhes o roteiro a seguirem. Minha inspiração, porém, não fora sufi­ciente, dado o pouco desenvolvimento de suas faculdades mediúni­cas.

Penalizado diante da sinceridade que animava esses peregrinos e das dificuldades encontradas, resolvi eu mesmo ajudá-los e foi isto a solução miraculosa, como disseram então.

Materializei-me na figura de um viajante que se dirigia a uma localidade no sopé da Montanha Sagrada, isto a cerca de seiscentas milhas de distância, e aí me encontrei com os peregrinos. Melhor direi que eles me encontraram porque eu me acostara a uma som­bra benfazeja no caminho que levavam. Ao se aproximarem de mim, dirigiu-se-me o chefe do grupo:

— Amigo que repousas à sombra desta bela árvore: podeis ensinar-nos o caminho mais curto para alcançarmos a Montanha Sa­grada, a nós que há várias semanas o procuramos em vão?

— Que pretendeis porventura alcançar nessa montanha que pro­curais? — indaguei.

— Um quase nada talvez muito, amigo. Nosso objetivo é acomodar-nos lá e orarmos ao Senhor Deus durante uma semana ou dez dias, se lá pudermos chegar — respondeu o chefe do grupo de peregrinos.

— Vejo que estais com sorte, amigos, exatamente porque vou para lá e poderei indicar-vos o caminho — atendi, e prossegui: to­maremos o trem na estação que fica a sessenta milhas daqui e amanhã todos chegaremos ao lugar que procurais.

A alegria que logo se refletiu no semblante dos peregrinos foi imensa. Caminhamos um pouco apressadamente as sessenta milhas para podermos alcançar o trem nessa noite, Os peregrinos foram bastante gentis, pedindo-me licença para comprar também o meu bilhete, e em pouco estávamos todos sentados no trem. Na manhã seguinte desembarcávamos, muito alegres os peregrinos quando lhes apontei o caminho do Himalaya, aí nos despedindo. À tardinha desse dia, ao anoitecer mesmo, pude contemplar os meus amigos acomodados no centro de uma clareira situada a pouco mais de seis milhas da encosta, e notei  com  alegria  que  oravam  ao  Senhor Deus, a  quem suplicavam a misericórdia  de  alcançarem a visão  espiritual  de algum Mestre que pudesse instruí-los de viva voz, acerca de sua realização da Divindade. Um riacho descia do alto da montanha e produzia na alma dos peregrinos um grande bem-estar que os refazia do cansaço da viagem. Soadas as três badaladas das Ave-Marias no carrilhão do Infinito, iniciei uma tênue projeção de luz sobre o local em que se encontravam, logo percebida com sinceras demonstrações de fé e reconhecimento. Continuaram com maior alento a sua oração, agora em agradecimento ao Senhor Deus por haverem sido ouvidos.

Acerquei-me então dos meus amigos peregrinos, não mais na indumentária do viajante da véspera, mas em meu corpo translúcido e falei-lhes:

— Irmãos que vos encaminhastes até aqui para orar ao Senhor Deus, alegrai-vos, porque vossas orações foram ouvidas. Minha pre­sença entre vós, é disso o melhor sinal.

Aquelas boas almas prostraram-se aos meus pés em sinal de agradecimento ao Senhor Deus, supondo que fosse Ele próprio em Espírito. E falei-lhes novamente desta maneira:

— O Senhor Deus não sou eu, mas um Seu enviado. O Senhor Deus deseja que fiqueis sabendo que não existe lugar privilegiado onde se manifeste. Para o Senhor Deus são lugares apropriados à Sua manifestação todos aqueles em que sejam proferidas orações fervorosas como as que acabais de proferir. Nesta montanha, na planície, em vossos lares ou noutra qualquer parte em que se eleve a prece de um filho, o Senhor Deus aí estará e se manifestará sem­pre que solicitado. Ide pois em paz e conservai vossas almas per­manentemente em ligação com o Senhor Deus, e Ele estará para sempre convosco.

Foi com indizível alegria que pude testemunhar a grandiosi­dade do bem que pude proporcionar àquele punhado de peregri­nos que tão sinceramente buscavam a Realização Divina. Este fato, relatado assim sucintamente, pode servir para o momento em que qualquer de vós intente também a sua Realização Divina, o que poderá dar-se em seu próprio lar, sem necessidade, portanto, de se deslocar até à Montanha Sagrada, ou outro local fora do seu próprio ambiente.

Despedindo-me de vós neste ponto, prometo atender pronta­mente a quantos desejarem ver-me ou falar-me, bastando para isso pensarem fortemente, sinceramente, no nome de - BABAJI

 

Not. biogr. — Babaji — As referências que no Ocidente se conhecem a respeito deste Grande Espírito, devem-se ao Paramhansa Yogananda, de cuja autobiografia, d.v., extraio as notas seguintes.

“Os desfiladeiros dos Himalayas, perto de Badrinarayan, são abençoados pela presença vivente de Babaji, o guru (instrutor) de Lahiri Mahasaya. O  solitário Mestre tem conservado sua forma por séculos, quiçá milênios. O estado espiritual de Babaji está muito além de toda compreensão humana —segundo explicou Sri Yukteswar. A raquítica visão humana não pode pene­trar através de sua estrela transcendental.

 “O fato de não existirem referências históricas acerca de Babaji, não deve surpreender-nos. O grande guru nunca apareceu ostensivamente em ne­nhum século; o brilho negativo da publicidade não tem tido lugar nos seus planos milenares. Como o Criador, e único embora silencioso Poder, Babaji trabalha numa obscura humildade. A missão de Babaji na Índia tem sido ajudar aos profetas a levar a cabo o que se lhes encomendou. Assim se pode qualificar o que nas escrituras se denomina Mahavatar (Grande Avatar). Foi Babaji quem deu a iniciação na yoga a Shankara, antigo fundador da Ordem dos Swamis, e a Kabir, famoso santo medieval. Seu principal discípulo no século XIX foi Lahiri Mahasaya, reavivador da quase perdida Kriya Yoga.

“O Grande Avatar encontra-se em comunicação constante com Cristo, e juntos, mandam suas vibrações de redenção e planejaram a técnica espiritual de salvação para esta era. A obra destes dois Grandes Mestres, um em corpo físico e o outro em Espírito, é a de inspirar às nações a desterrar as guerras suicidas, os ódios raciais, os sectarismos religiosos e os males cruciais do materialismo.

Diz ainda Yogananda: “Não se conhecem dados concretos acerca da fa­mília de Babaji ou do lugar de seu nascimento, dados que seriam preciosos para os analistas. Babaji fala geralmente o hindi (idioma falado pela gente culta do Industão) porém pode conversar com facilidade em qualquer outro idioma. Vários títulos lhe têm dado os discípulos de Lahiri Mahasaya, dentre eles os de Mahamuni Babaji Mahardj (Supremo santo extático); Maha Yogi (o maior dos yogis).

“O imortal guru não apresenta sinais de idade em seu corpo; parece ser maior que um jovem de vinte e cinco anos. É de tez clara, estatura e com­pleição medianas. O corpo formoso e forte de Babaji iradia um brilho per­ceptível. Seus olhos são escuros, ternos e serenos. Seu largo e lustroso cabelo é de cor acobreada.”

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